Ruim para os dois, pior para o Cruzeiro

De Belo Horizonte.


Avaí e Cruzeiro permaneceram num empate sem gols num jogo sofrível na Ressacada. O Avaí foi melhor, finalizou mais e ainda foi prejudicado pela arbitragem, com um gol legal anulado. O Cruzeiro apresentou um futebol digno de vergonha de seu torcedor.


Na próxima rodada, o Avaí vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Vasco, sábado, às 19h. O Cruzeiro receberá o Atlético-PR, na Arena do Jacaré, domingo, às 17h. Todos os ingressos para o jogo já foram comprados pela torcida celeste, em 4 horas.

Foto: Diário Catarinense

Cruzeiro prendendo a bola no ataque, mantendo a maior posse, e o Avaí saindo em velocidade, sobretudo explorando as costas do lateral-direito Vitor, da Raposa. Esse era o jogo em seu início. Em uma dessas escapadas do Avaí pela esquerda, Lincoln saiu livre por lá e foi derrubado por Victorino. Ele cobrou a falta em direção à área e a bola foi desviada antes de entrar para o gol. O bandeira Fábio Pereira marcou impedimento de forma irregular, sendo que William, que desviou a bola para as redes, estava em condição legal. Era o Avaí sendo prejudicado aos 14 minutos.


E os catarinenses cresceram no jogo. Apesar de jogar com três volantes, a marcação do Cruzeiro à frente da zaga era uma lástima. Os mesmos espaços vistos na partida contra o Internacional, prosseguiram a aparecer. O Avaí também ganhava todas pelas laterais do campo, mas também ganhou confiança para finalizar de fora da área. Aos 19 minutos, Cléverson fez Fábio trabalhar com uma belo chute de fora.


O Cruzeiro perdeu o zagueiro Léo, por lesão, aos 28 minutos. Naldo o substituiu. Como a lesão de Léo foi muscular (fisgada na coxa esquerda), dando um rápido diagnóstico, a impressão é de que ele não enfrenta o Atlético-PR domingo. Antes disso, Victorino também havia recebido o terceiro cartão amarelo e está suspenso. Mais um quebra cabeça para Mancini. Enfim, voltemos ao jogo.


Como o ataque do Avaí levava certa vantagem sobre a defesa do Cruzeiro, os mineiros começaram a cometer algumas faltas mais duras na reta final do primeiro tempo. Primeiro tempo que, na verdade, foi um tanto quanto sofrível para quem assistiu. Avaí e Cruzeiro saíram de campo para o intervalo sob vaias e gritos de "time sem vergonha".

Foto: Diário Catarinense

O jogo se reiniciou e muitas faltas eram cometidas no início do segundo tempo. O jogo não fluía. Aliás, antes também já não fluía. Para tentar melhorar seu poder ofensivo, Vágner Mancini modificou o setor no Cruzeiro. O paraguaio Ortigoza substituiu ao lateral Vitor. Era o Cruzeiro mais ofensivo? Sim. Era o Cruzeiro mais eficiente? Longe disso. O time até veio pra cima, conseguiu algumas jogadas, mas a falta de recursos técnicos é evidente.


Fábio continuou salvando o Cruzeiro na etapa final e se tornou um personagem do jogo. Quem salvou o Cruzeiro também ao longo da etapa final foi a trave, por duas oportunidades. Uma com William e outra com Diego.


O Avaí continuou pressionando pelo lado esquerdo de marcação do Cruzeiro que, chefiado por Diego Renan, era um convite aos ataques avaianos. E o Cruzeiro ainda perdeu Naldo, expulso. Mais um zagueiro está fora da próxima partida.


O Avaí teve mais chances claras, finalizou mais e melhor, mas também não teve eficiência. Avaí e Cruzeiro permaneceram num empate sem gols, em Florianópolis. O Avaí praticamente já se foi para a Série B. O Cruzeiro ainda tem esperanças e só depende dele para se salvar, o que pode acontecer já no domingo. Mas o que tem que melhorar é o futebol, pífio mais uma vez.

Ficha do Jogo:

Avaí 0x0 Cruzeiro

AVAÍ:

1-Felipe

7-Diogo Orlando (17-Maurício Alves)
4-Gian
5-Cláudio Caçapa
27-Fernandinho
41-Junior Urso
28-Bruno
43-Robinho (39-Marcos Paulo)
99-Lincoln
18-Cleverson (45-Diego)
9-William
Técnico: Édson Neguinho


CRUZEIRO:
1-Fábio
2-Vitor (17-Ortigoza)
3-Léo (16-Naldo)
4-Victorino
6-Diego Renan
5-Fabrício
8-Leandro Guerreiro
10-Marquinhos Paraná
7-Roger
9-Wellington Paulista
11-Farias (18-Anselmo Ramon)
Técnico: Vágner Mancini


Estádio: Ressacada, em Florianópolis, Santa Catarina.


Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (RJ)
Auxiliares: Fábio Pereira (TO) e Lilian da Silva Fernandes Bruno (RJ)


Cartões amarelos: Diogo Orlando, Cláudio Caçapa e Lincoln (Avaí); Victorino, Diego Renan e Leandro Guerreiro (Cruzeiro)


Cartões vermelhos: Naldo (Cruzeiro)