quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Coluna "A bola está comigo": Mesmo que permaneça na A, a falta de planejamento prossegue

De Belo Horizonte.



Na noite de hoje, o Atlético-MG venceu o Coritiba, em Sete Lagoas. A vitória praticamente garantiu o Galo na primeira divisão do ano que vem, já que chega à 42 pontos e, na pior das hipóteses, precisaria de um ponto para se manter. Logo mais, você poderá conferir os detalhes do jogão com Lucas Fernando.

Mesmo que o Galo permaneça na Primeira Divisão nacional, como sinaliza a atual situação, o fato de os atletas terem "se superado" e mais blá blá blás que sempre ouvimos em fim de temporada não elimina a campanha pífia que o Atlético fez em mais uma temporada.
 É claro que o mérito dessa equipe praticamente nova que foi montada para a reta final de temporada tem que ser reconhecido. Mas o ponto a ser destacado nessa coluna não é esse.

O mesmo torcedor que hoje esteve apoiando a equipe em grande número em Sete Lagoas, e mesmo aquele que acompanha do sofá de casa, tem que ter a consciência de que o planejamento de sua equipe tem que ser modificado. Entra ano, sai ano, o cenário é o mesmo. "Ingressos promocionais, precisamos do seu apoio, torcedor". E todo ano o torcedor é enganado com esse discurso e, o pior, se contenta com isso.

A falta de planejamento no Atlético é bem evidente. Exemplo? Em 2009, o Galo fez uma boa campanha no Brasileirão, se manteve na Zona da Libertadores durante certo tempo e deu uma "escorregada" na reta final do Campeonato. Celso Roth era o treinador e fazia bom papel. Aliás, o fazia com um time praticamente sem estrelas, tanto tecnicamente como financeiramente falando. Dentre as equipes concorrentes ao título na época, o Galo tinha um dos elencos mais baratos. Pois bem. O Atlético fez um trabalho digno na temporada, apesar do fim. Qual seria a lógica? Celso seguir o seu trabalho, com a confiança da diretoria, e serem feitos alguns ajustes no elenco, na famosa "renovação", aproveitando um menino da base aqui, outro ali. E o que fez o presidente Alexandre Kalil? Demitiu Celso Roth e contratou 950 atletas  no outro ano. Ah, além de apostar no "pojeto" do "pofexô" Vanderlei Luxemburgo. O resultado já é conhecido. Em 2010, o Atlético lutou contra o rebaixamento novamente. Não soube digerir a decepção que veio após um momento de esperança. O clube não soube entender seu real tamanho nos dias atuais.

Quando alguns colegas dizem que o Atlético não é time grande hoje em dia, concordo plenamente. Na verdade, o Atlético é um time que tenta voltar a ser grande. O Atlético se tornou uma equipe mediana devido à comandantes medianos. E continuará sendo um time mediano enquanto não houver uma diretoria que planeje o ano do clube com inteligência e coerência, sem contratações em demasia e com bons ajustes no elenco. Querem um exemplo de time mediano que faz digno trabalho nessa temporada? O Figueirense. Me apontem só duas estrelas do Figueirense? Pois é. Um time bem treinado, ajustado, planejado dentro de seus limites e condições. Que tal pegar o exemplo, Kalil? Aposto que o torcedor atleticano não se importará.

Hoje a bola esteve comigo, João Vitor Cirilo. Amanhã, o parceiro Matheus de Oliveira dará sequência às colunas semanais.

Abraço à todos.

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