Teodosic brilha e nem ótimo final de jogo da França é suficiente para impedir que sérvios cheguem à final contra o poderoso EUA, que bateram a Lituânia na outra semi
De Aracaju.
Por Henrique Ferrera.
12/09/2014 - A Sérvia vai ter a chance de escrever uma nova página na história do basquete iugoslavo, graças à campanha que culminou na classificação à final da Copa do Mundo de Basquete 2014, após a vitória sobre a França nesta sexta (12), por 90 a 85. O adversário pelo título serão os atuais campeões mundiais e invictos Estados Unidos, no domingo (14).
Milos Teodosic marcou 24 pontos para a Sérvia, enquanto Bogdan Bogdanovic marcou mais 13. O trio Stefan Markovic, Nenad Krstic e Miroslav Raduljica marcaram 11 cada, enquanto Nemanja Bjelica terminou com 10 pontos, sete rebotes e cinco assistências na vitória que permitiu aos balcânicos chegarem à sua primeira final de Mundial sob a bandeira da Sérvia - em sua segunda competição.
A Iugoslávia venceu cinco títulos mundiais - os últimos em 1998 e 2002, as últimas de uma sequência de 10 campeonatos mundiais seguidos chegando ao pódio da então potência do leste europeu.
Teodosic mais uma vez foi o grande nome sérvio. (Foto: FIBA/Divulgação) |
A França teve 35 pontos só de Nicolas Batum - 17 deles no quarto quarto - e 13 de Boris Diaw. Os campeões europeus chegaram a estar 18 pontos atrás, mas conseguiram ainda fazer jogo duro na reta final da partida.
A França enfrentará a Lituânia no sábado, valendo o bronze. Um terceiro lugar seria a melhor campanha da história francesa, que não conseguiu resgatar a magia do jogo das quartas, onde bateu a anfitriã Espanha em uma das maiores surpresas da história do basquete internacional.
Quando a bola subiu...
Teodosic começou seu grande jogo logo no primeiro quarto, marcando seis pontos de onze seguidos marcados pela Sérvia, abrindo 20 a 10 de vantagem. E a diferença após 10 minutos era de 21 a 15. Ele continuou sua magia no segundo período com mais 10 pontos, e a Sérvia marcou nove pontos seguidos construindo uma vantagem de 30 a 15. Mais uma sequência de sete pontos sem resposta, e a vantagem subiu para 43 a 25, e no intervalo, a Sérvia vencia por 46 a 32.
O time de Sasha Djordjevic tinha uma resposta para cada tentativa da França de voltar ao jogo, mas os Bleus conseguiram diminuir para 53 a 41. O time dos Bálcãs continuou tranquilo, e após três quartos vencia por 61 a 46. Os Bleus não desistiram e rapidamente cortaram a diferença para apenas 10 pontos: 61 a 51, com 9:20 de jogo restantes. Então Diaw, Batum e Fournier acertaram bolas de três para diminuir a vantagem sérvia para 65 a 61 com cinco minutos para o final.
Bogdanovic apareceu com uma grande bola de três e uma bandeja para manter a França a uma boa distância, antes de Teodosic meter uma bola de fora do arco para fazer 77 a 68 com três minutos para acabar. Batum, Diaw e Heurtel mais uma vez vieram com bolas de três, deixando o jogo em 82 a 79, mas Krstic acertou do outro lado com 48 segundos no relógio.
A Sérvia fez falta em Heurtel, que acertou um par de lances livres, deixando a desvantagem em três pontos. Teodosic errou um arremesso com 23 segundos e fez falta em Heurtel, mandando-o de volta para a linha do lance livre onde desta vez, o armador francês só acertou um dos dois. 84 a 82. Nikola Kalinic e Bjelica acertaram cada um um arremesso, deixando a Sérvia na frente por 6: 88 a 82, com 7.3 segundos.
Batum correu e acertou um belo chute de três que fez o placar ficar 88 a 85, mas a Sérvia esfriou o jogo quando Marko Simonovic acertou dois lances livres com um segundo sobrando, selando o placar.
Estados Unidos x Lituânia
Na quinta-feira (11), Klay Thompson ajudou os atuais campeões mundiais, os Estados Unidos, a se recuperar de um início modorrento para vencer por 96 a 68 a Lituânia pela semifinal do Mundial de Basquete e retornar a final do evento FIBA pela segunda vez consecutiva. Os EUA agora viajam a Madrid para enfrentar a França no domingo, no Palacio de los Deportes.
A Lituânia, terceira colocada no Mundial de 2010, também vai para a capital, para jogar neste sábado (13) pela medalha de bronze. O país báltico segurou os EUA o primeiro tempo todo, assim como fez a Eslovênia, mas bastou Coach K dar mais espaço aos coadjuvantes, e o segundo tempo se tornou novamente uma aula de basquete.
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