Do Rio de Janeiro.
Por Bernardo Peregrino.
Celso Roth tem a fama de ser
retranqueiro, e quando ele escala três volantes, como nesse sábado
(23), não se pode dizer que a fama não tem fundamento. Porém,
também é inegável que a estratégia vem dando certo, já que o
Cruzeiro vinha de 3 vitórias consecutivas. A quarta da série
aconteceu nessa 6ª rodada do Brasileirão, com a vitória do time
celeste por 3 a 1, contra o Vasco, em São Januário. O resultado
deixa o Cruzeiro como líder do campeonato, com 14 pontos. O Vasco é
o segundo, com 13.
Montillo foi o melhor jogador em campo
(Foto: Cleber Mendes / Lancenet)
Quem esperava um jogo aberto entre o
líder e o vice-líder teve as pretensões frustradas pelo esquema
montado por Celso Roth: fiel à sua tradição, ele escalou três
volantes no meio para evitar ao máximo que o Vasco ameaçasse o time
celeste. A estratégia funcionou em parte, porque o Vasco quase não
criou chances de gol, mas o Cruzeiro não conseguia encaixar
contra-ataques. O mais perto do gol que o time da casa chegou foi aos
36, quando Diego Souza foi ao fundo pela esquerda e cruzou para
Alecsandro. O atacante não viu Fellipe Bastos livre na direita e
tentou girar em cima dos zagueiros, acabando por chutar prensado.
Na primeira chance do Cruzeiro, a bola entrou. Fernando Prass lançou para Éder Luis, que não dominou e ofereceu o contra-ataque para o time celeste. Na sequência da jogada, Wellington Paulista tentou completar o cruzamento que veio da direita, mas a bola explodiu na zaga e sobrou para Montillo. O meia, então, emendou um canhão de pé esquerdo, que entrou no ângulo de Fernando Prass, aos 40. O Vasco ainda tentou responder em duas jogadas pelas pontas, mas a primeira etapa terminou com a vantagem para o visitante.
Depois do intervalo, o jogo ficou mais aberto, principalmente porque o Cruzeiro passou a sair mais. Logo aos 8 minutos, Wellington Paulista deixou Dedé no chão, mas bateu para fora. O time da casa respondeu cinco minutos depois, com Fágner driblando para o meio e chutando de canhota, para a defesa de Fábio. Mas o goleiro do Cruzeiro iria se assustar mesmo aos 16, quando Fágner cruzou para Alecsandro se livrar do zagueiro e cabecear na trave. Dois minutos depois, o time celeste ampliou a vantagem: Montillo fez um belo passe para Wellington Paulista ganhar de Rodolfo na corrida e dar um lindo toque por cima de Fernando Prass.
O Vasco passou a dar sinais de desânimo, mas Fábio tratou de ajudar a pôr fogo no jogo. O arqueiro saiu mal numa bola pelo alto e a bola sobrou limpa para Rodolfo, de cabeça, tocar para o gol vazio. A partir daí, o cruzmaltino se animou e veio para cima do Cruzeiro. Porém, o time mineiro reservava o golpe de misericórdia. Aos 35, Tinga tabelou pela direita e bateu mascado para o gol. A bola ganhou altura, foi para o segundo poste e encontrou Anselmo Ramon, que tinha acabado de entrar, sozinho para empurrar para o fundo do barbante, dando números finais ao placar e derrubando a invencibilidade do Vasco.
Vasco: Fernando Prass, Fágner, Dedé,
Rodolfo e Felipe; Rômulo, Nilton, Fellipe Bastos (Thiago Feltri) e
Diego Souza (Willian Barbio); Éder Luis (Carlos Alberto) e
Alecsandro. Téc.: Cristóvão
Cruzeiro: Fábio, Léo, Mateus,
Victorino e Everton; Leandro Guerreiro, Charles, Willian Magrão
(Tinga) e Montillo; Fabinho (Souza) e Wellington Paulista (Anselmo
Ramon). Téc.: Celso Roth
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