Por Wanderley Mendes da Fonseca.
twitter.com/Wanderleley
07/04/12
De quantas alegrias se veste uma camisa,
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07/04/12
De quantas alegrias se veste uma camisa,
Façamo-nos atletas sem chutar pra longe a razão e sem entrar de sola contra a arte e a paixão.
Uma escolha não pode escalar a crueldade nem a covardia pode desfilar sua cor. As cores de um manto não podem manchar o escudo da esportividade porque o infortúnio não escolhe camisa.
Uma escolha não pode escalar a crueldade nem a covardia pode desfilar sua cor. As cores de um manto não podem manchar o escudo da esportividade porque o infortúnio não escolhe camisa.
Em campo deve-se driblar a tristeza, tabelar com o respeito e vencer pela boa vontade aqueles que jogam pra escanteio o bom-senso, a dignidade e o caráter.
Não respeitar diferenças é torcer pra insanidade e fuzilar as próprias redes com a marca da ignorância.
Faz gol-contra quem vai ao ataque sem entender as regras e não reconhece os limites do jogo. Digno de cartão vermelho que não por acaso tem cor de sangue. Sangue que é sinônimo de vida, mas que se derramado denota a selvagem fraqueza humana e merece penalidade máxima.
A vitória não merece a mácula da intolerância e muito menos a derrota merece a irascível justificativa da violência.
No campeonato da existência vencem mais aqueles que são comandados pela sabedoria e com técnica realizam suas jogadas, sempre pensando em equipe. Somos um só time na esfera do mundo, aos olhos do Criador.
Não se faz vencedores com armas e camisas; nascem perdedores com mediocridade e túmulos.
Torcer, vibrar, soltar o grito da garganta é pra extravasar a emoção do gol e corroborar o orgulho de ser campeão, nunca para desclassificar a paz coletiva.
A paz merece prorrogação. Benditos aqueles que torcem pela vida.
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