De São Paulo.
Vindo de mau momento, o Manchester United acumulava duas derrotas no campeonato nacional e inicio ruim de temporada, encarava as oitavas de final da Copa da Inglaterra como decisiva, ainda mais pelo adversário pela frente, o rival Manchester City no Etihad Stadium. No último duelo, o time azul aplicou goleada histórica de 6x1 em pleno Wembley, placar que ainda pesava na cabeça dos Red Devils que, Liderados por Rooney, contaram com erro do árbitro para garantir a vitória e a passagem para a próxima fase.
Com muitos meio-campistas lesionados, Sir Alex Ferguson teve que apelar para reforçar a equipe. Paul Scholes, ídolo do time que se aposentou há oito meses se colocou a disposição e ficou no banco para ajudar o time. No gramado os desfalques não contaram tanto, pois o visitante aderiu ao clima de decisão do jogo e apostou na vontade para superar o melhor time inglês desta temporada.
O começo foi todo do City. Agüero e companhia se mantiveram no ataque por praticamente dez minutos ininterruptos, dando a entender que a partida seguiria daquela forma por um bom tempo. Porém, um contra-ataque rápido chegou a Rooney, que tocou para o lateral cruzar e foi para a área cabecear e abrir o placar do jogo. A insistência era do anfitrião, mas a eficiência clássica do United nos últimos anos falou mais alto.
Um minuto após o gol o lance que comprometeu toda a partida. Em lance com Nani, o defensor Kompany, capitão do City, entrou forte e acertou a bola. Para confirmar isso, o meia português nem se desequilibrou no lance. Só que na visão do árbitro, o camisa quatro foi excessivamente forte no lance, merecendo o cartão vermelho direto, causando a suspensão de três jogos do jogador em qualquer campeonato na Inglaterra.
O amarelo estava de bom tamanho para Kompany,
mas não no entendimento do árbitro Chris Foy
Em desvantagem no placar e com um a menos no campo, a vida do City ficou difícil e deu brecha para os vermelhos abrirem o jogo e começar a partir com mais intensidade para o ataque. Não foi o que aconteceu. Apesar da vantagem total, o United seguia preocupado em aplicar contra-ataques, jogando no erro do adversário. E num erro de De Jong, que deixou de colocar o pé na jogada, o atacante Welbeck se adiantou e marcou o segundo gol.
Welbeck também participou do terceiro gol, aos 40 da etapa inicial. Também em ataque rápido, o jovem atacante invadiu a área e foi derrubado por Kolarov. Penalidade assinalada e mais uma vez Rooney para a cobrança. No gol, Pantilimon acertou o canto e defendeu a cobrança, mas não contou com a mesma sorte na sequência, onde nenhum defensor isolou a bola e Wayne cabecear para o gol. A torcida do United já sonhava em devolver os seis levados em Wembley.
Tentando acertar defensivamente o time, Roberto Mancini sacou Johnson e David Silva para a entrada do zagueiro Savic e o argentino Zabaleta. O resultado veio rápido, mas não atrás e sim no placar. No primeiro lance ofensivo, em cobrança de falta, o mesmo Kolarov que cometeu o pênalti em Welbeck bateu bem e marcou o gol de honra do City. Seria apenas o gol para cravar o 6x1 de antes?
Depois disso a torcida dos Red Devils se levantou e começou a aplaudir de pé. Isso porque Paul Scholes estava na beira do campo, pronto para substituir Nani e manter o placar com seu já conhecido bom passe. Mas, em um erro do volante o time azul chegou ao seu segundo gol, quando Zabaleta cruzou da direita, Agüero mandou de primeira, mas marcou apenas depois do rebote de Lindegaard. 3x2 com o time da casa se defendendo bem e sabendo sair no contragolpe. Seria agora a vez de uma virada memorável?
Não. Nem a devolução dos 6x1 de outubro nem um placar favorável ao City, que tentou empatar até o último lance. A entrada do brasileiro Anderson contribuiu para manter o marcador intacto. Junto com o ex-aposentado Scholes, Anderson trocou passes e manteve a posse de bola com o United, evitando perigo lá atrás.
Apesar dos pesares, como diria, a partida foi de alto nível emocional. Um primeiro tempo não espetacular, mas com o United dominando no quesito eficiência. Já o segundo o inverso, com os Red Devils tendo a posse de bola e sofrendo com as investidas rápidas do City, que quase conseguiu igualar o placar com um jogador a menos. Agora os alvos estão definidos. City tem como carro chefe do ano o campeonato inglês e pelas bordas a Europa League, onde também se encontra o United, que deve apostar na Copa da Inglaterra para se reajustar após este momento de turbulência interna.
Fotos: Getty Images / AFP
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