De Belo Horizonte.
"O Atlético Mineiro apresentará dez caras novas em Janeiro". Não, isso não pôde ser escutado nessa temporada. Ainda bem. Pra 2012, o Galo aposta na manutenção da equipe base que fez papel relativamente bom após a chegada do técnico Cuca, na metade da temporada passada.
Como eu mesmo já cobrei em outras oportunidades, essa é uma das medidas fundamentais se o Atlético quiser voltar a despontar entre as grandes equipes do Brasil, brigando por títulos nacionais. Buscando algumas peças importantes, como um bom camisa 10, posição que ainda acho que faz falta nesse elenco já que Daniel Carvalho não deve permanecer, as coisas começam a se desenhar positivamente para o Atlético.
As investidas iniciais do Atlético no mercado vem sendo importantes. A diretoria já assegurou a chegada do volante Leandro Donizete, que apresentou regularidade pelo Coritiba, e também garantiu o retorno do bom meia-atacante Danilinho. Contratações importantes. O lateral-direito Marcos Rocha, destaque do América, também retorna ao Galo após o empréstimo. Aliás, nem sei porque foi emprestado. Grande jogador. Nos próximos dias, o Atlético pode confirmar a chegada de outros dois bons nomes: o lateral-esquerdo Ávine, do Bahia, e o atacante Escudero, do Boca Juniors e que disputou o Brasileirão pelo Grêmio. O Atlético vem contratando o necessário, e apostando em nomes de qualidade.
Gosto sempre de citar o que vou dizer agora, para reforçar essa tese de que não apostar em sequência de trabalho é o primeiro passo para o fundo do poço. No ano de 2009, após muitas temporadas brigando na parte baixa da tabela (chegando a ser rebaixado em uma oportunidade), o Atlético brigou pelas primeiras colocações no Campeonato Brasileiro durante boa parte da competição. O técnico Celso Roth contava com um elenco limitado, barato, mas o time conseguia jogar. Na reta final da temporada, o Atlético perdeu alguns jogos e ficou sem a vaga na Libertadores. Aquele era o momento para se apostar numa sequência do treinador, do elenco, ajustando alguns setores da equipe com as chamadas "contratações pontuais" e alguns meninos da base. Ao contrário, o presidente Kalil demitiu Roth e mandou muita gente embora, além de ter apostado no "pojeto" do caro "pofexô" Luxemburgo. Resultado? Ano sofrido para o torcedor, assim como esse 2011.
Parabenizo a diretoria do Atlético Mineiro pela aposta na continuidade do trabalho do treinador Cuca, que conseguiu definir um padrão de jogo nessa equipe no segundo semestre do Brasileirão. Não é certeza de que as coisas vão dar certo em 2012, mas um grande passo já foi dado. Agora a bola está contigo, Cuca. Basta treinar.
Um abraço!
João Vitor Cirilo.
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