De São Paulo.
Muitos especialistas garantiam que a melhor tabela nessa reta final rumo ao título era a do Corinthians. Por enfrentar times na ‘zona maldita’, em teoria, teria maior facilidade para conquistar as vitórias, mas por enquanto estas equipes vêm complicando sua vida. Ontem à noite, o Ceará teve a sua chance e manteve difícil a série de jogos dos paulistas.
Desde o começo o Corinthians foi dominado pelo Ceará, que apostava na velocidade pelos cantos para conquistar a vitória e fugir da zona da degola. No ataque, Oswaldo criava as melhores chances pelo lado direito, onde a marcação de Fábio Santos era praticamente nula. A linha de quatro defensores do timão não conseguia segurar os ataques.
Se os zagueiros não barrava o atacante, sobrou para o goleiro Julio Cesar intervir para segurar o zero no marcador. Na chance mais clara, João Marcos cabeceou no contrapé do camisa 1, que teve reflexo para conseguir voltar no canto direito e espalmar para escanteio. Quando o alvinegro não tinha o que fazer, tentou fechar o ângulo do atacante Felipe Azevedo, que saiu livre na frente do gol. Ele tentou tirar do goleiro, mas mandou forte por cima.
Com pouca criação, pelo mal desempenho de Danilo, Emerson Sheik era a arma do time na busca pelo gol, sendo que não conseguiu fazer nada. A melhor oportunidade do visitante veio em cobrança de falta de Fábio Santos, que tentou cruzar na área, mandou forte, quase acertando o ângulo esquerdo do gol defendido pelo goleiro Fernando Henrique, ex-Fluminense.
Depois do intervalo, Liédson ficou no banco por desgaste, dando lugar para Morais. Isso deixou claro que Tite viu a má atuação do meio campo e interviu para melhorar. No começo, o meia não conseguiu mudar o jogo. Aos poucos foi entrando e alterando o jogo. Ele deu início a um bom lance, quando chutou de fora da área e Fernando Henrique espalmou para o lado. Leandro Castán aproveitou a bobeira e tentou mandar de primeira, mas acertou a trave e a redonda foi para fora.
Fábio Santos teve jogada parecida com a de Felipe Azevedo no primeiro tempo. A diferença é que chegou em velocidade na frente do goleiro cearense, que saiu rápido da meta e defendeu o chute do lateral. Depois a zaga fez o serviço de tirar o perigo. Pouco depois o troco, no chute de fora de Oswaldo, que passou rente o ângulo direito do gol paulista.
A mudança decisiva no jogo veio graças à outra intervenção do treinador corintiano, quando sacou Danilo, que nada produziu para a entrada do peruano Ramirez, pouco utilizado na equipe. A eminente falta de ritmo não apareceu, pelo contrario. O meia estava entrosado com os companheiros. Em contra-ataque rápido, o jogador partiu pela esquerda, cortou o zagueiro por dentro, ganhou na corrida e deu um toque rasteiro igual de atacante, direcionando a pelota no limite do canto direito. Gol de alivio, gol de titulo (será?).
Baita partida complicada essa do Corinthians no PV. Dois fatores contribuíram para o drama, sendo eles a má atuação do conjunto paulista e o desespero total do Ceará em fugir do Z-4. Apesar do futebol distante do ideal, o Corinthians venceu, conquistando o objetivo mais importante, somar os três pontos. De quebra, com a ajuda do Palmeiras que empatou com o Vasco, o alvinegro abriu dois pontos de vantagem para a equipe do Rio de Janeiro.
E não menos importante. Matematicamente, o Corinthians confirmou presença na Libertadores da próxima temporada. Mais um sonho na lista de espera dos torcedores.
Fotos: Tom Dib / Agência Estado
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