domingo, 10 de julho de 2011

Contestados marcam e Brasil empata novamente

Matheus de Oliveira,
de Belo Horizonte

Seleção joga mal diante do Paraguai que merecia ter vencido, mas conseguiu empate salvador com Fred no fim da partida. Confira os gols do jogo na voz de João Vitor Cirilo:


Foto: Superesportes

O Brasil entrou em campo com uma alteração em relação à última partida. Mano Menezes resolveu entrar com o meia Jadson no lugar de Robinho. Foi uma boa do Mano tirar um atacante que não resolvia para a entrada de um meia auxiliando Paulo Henrique Ganso tem mais chances de resolver. A pergunta que o torcedor faz é: por que não entrar com Lucas? Só pode responder o próprio treinador ou quem acompanha diariamente os treinos da Seleção. Se Lucas está mal, se ele sente o peso da amarelinha ou qualquer outra justificativa.

Os Paraguaios começaram marcando sob pressão a saída de bola brasileira que não conseguia contorná-la de forma efetiva. Os paraguaios assim tiveram a primeira grande oportunidade da partida, quando Roque Santa Cruz saiu na cara de Júlio César na primeira bobeada da defensiva brasileira. A sorte foi que o atacante errou o alvo, mas assustou a torcida e os jogadores do Brasil. Com a dificuldade na saída de bola, uma das opções encontradas pelo zagueiro Thiago Silva foi a ligação direta com Alexandre Pato. Jogada combinada entre os jogadores, que utilizam quando atuam pelo Milan. Mas não dava resultados.

Foto: Mowa Press

A Seleção Brasileira aos poucos conseguiu sair mais pro jogo e o Paraguai já marcava mais à distância, o que facilitava pra saída de bola, mas quando chegava na intermediária, a equipe não conseguia acertar os passes, fazer uma tabela, tentar uma infiltração. Não foi só incompetência dos brasileiros, mas eficiência dos guaranis. O Brasil conseguiu chegar á meta adversária pela primeira vez aos vinte minutos quando Ganso faz belo lançamento para Pato. O atacante tenta driblar o goleiro Villar que é mais esperto e dá um tapa na bola.

O Brasil tinha enormes dificuldades de criação, mesmo com mais um armador na equipe. O primeiro gol brasileiro foi um retrato do que era a partida, truncada, muito mais na insistência desordenada do que na técnica dos potenciais craques de seleção que temos. Jadson perde a bola no meio, Ramires insiste e retoma pro Brasil. O volante toca pra Ganso que vê Jadson na direita e toca pro contestado camisa vinte. O meia percebe um espaço na defensiva paraguaia e chuta rasteiro no canto esquerdo de Villar para abrir o placar. Na comemoração colocou a mão na orelha e correu para a torcida que pegava no pé da equipe. Assim como Mano Menezes desabafou pros torcedores que tanto o atormentavam, batendo palmas pra eles. Esse não deve ser o espírito de um jogador e muito menos de um comandante da Seleção, por outro lado, ninguém tem sangue de barata. E no lado do torcedor, estavam corretos em achar que a equipe apresentava um futebol muito abaixo do esperado.

Foto: Agência AFP

Pra segunda etapa Mano resolve tirar Jadson pra entrada de Elano. Começou a especular se a saída de Jadson foi pelo cartão amarelo sofrido e pela falta que merecia ter levado o segundo amarelo e quem amarelou na realidade foi o árbitro, ou se pela comemoração do gol em resposta á torcida. Uma outra possibilidade é Mano ainda ter dúvidas sobre quem colocar no lugar de Robinho ou até mesmo se volta com o atacante contra o Equador, e ainda querer fazer testes com no time. O Brasil começou a atacar sem organização e sem necessidade, afinal, estava vencendo por um a zero e o Paraguai é quem deveria correr em busca do gol. A surpresa, porém, foi que os paraguaios mantiveram a tática do decorrer do primeiro tempo em sair nos contra-ataques.

Deu certo! O Brasil sempre descia com os dois laterais que deixavam os zagueiros quase sempre no mano a mano em contragolpes dos adversários. E foi numa dessas bobeadas que saiu o gol de empate. Nas costas de Daniel Alves, Estigarribia cruzou rasteiro da ponta esquerda pra entrada da área, onde Roque Santa Cruz vencendo na corrida dos zagueiros tocou no canto esquerdo de Júlio César. Os paraguaios continuavam melhor, mesmo que defensivos. O Brasil mal na frente como nos últimos jogos, mas a surpresa foi estar mal defensivamente. E o mais temido aconteceu.
Após uma bola lançado pro campo de ataque, Daniel Alves veio pro domínio, mas cochilou e tomaram-lhe a bola. Roque Santa Cruz rolou para Valdés chutar. A bola tocou em Lúcio, na barriga de Valdéz e foi pro fundo das redes.

Foto: EFE

Lucas chegou a entrar na equipe em lugar de Ramires dando mais ofensividade, logo depois, Neymar é sacado pra entrada de Fred. No desespero, Mano Menezes queria bolas chuveiradas pra grande área já que se aproximava o fim da partida. Assim pedido e assim feito. O Brasil tentava mais jogadas de linha de fundo ou cruzamentos mesmo na intermediária, mas a defesa do Paraguai se portava muito bem. Os guaranis ainda levavam certo perigo nos contra-ataques, mas foi o Brasil quem marcou. Aos quarenta e quatro, Ganso recebe e passa de primeira pra Fred que gira e bate na entrada da área. Mesmo pegando mal na bola, ela foi fraquinha no canto direito de Villar, pego de surpresa.

Na última rodada desta fase de grupo o Brasil enfrenta o Equador, quarta, às 21h45. O Brasil tem a mesma pontuação (dois pontos) e estão empatados em todos os critérios de desempate, com isso, se houver empate tanto de Brasil como de Paraguai, classifica-se em segundo quem marcar mais gols e o terceiro, concorreria com os terceiros dos outros dois grupos para saber quem são os dois melhores na posição.


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