quinta-feira, 30 de junho de 2011

Inter depena Galo sem dó nem piedade

Matheus de Oliveira,
de Belo Horizonte

O Inter foi com um objetivo à Sete Lagoas, mas alcançou mais do que esperava. Jogando no erro atleticano, o Inter aproveitou todos eles e sequer deu chances para uma reação alvinegra.

Atlético começou com maior posse de bola, mas quem criou mais situações foi o Internacional. Zé Roberto fazia uma grande partida e arrumava uma algazarra na defesa atleticana. Os laterais do Atlético jogam ofensivamente e o time sofre na retaguarda porque o meio não dá conta do recado. Internacional pressiona o Atlético que sente dificuldades em saída de bola. Inter marca com 10 jogadores atrás da linha da bola e tenta sair num erro do Atlético.

Aos poucos o time da casa conseguiu se acertar defensivamente e conter os avanços do Inter que resguarda muito bem. Apesar de um jogo agradável, nenhuma grande oportunidade de marcar foi criada pelas equipes. Quando descia, o Inter tentava explorar as laterais para jogadas aéreas, mas também foi pouco efetivo. Os times jogam muitas bolas pra dentro da área que não são aproveitados pelo ataque. Os atleticanos como não conseguem penetração tentam chutes de fora da área, mas que ficam fáceis pra Muriel ou erram o alvo.

Inter atuava num 4-5-1. Começou com Zé Roberto na direita e Oscar na esquerdo e no decorrer do jogo inverteram posição. Com a bola, são pontas e sem ela voltam pro meio. Guiñazul e Tinga tem o papel apenas de marcar o meio campo atleticano. Galo com três volantes, Dudu Cearense quase não pegou na bola e o time sentia dificuldades de ligar o meio com o ataque. Mesmo assim a equipe melhorou no decorrer da primeira etapa e, no fim dela esteve melhor que os colorados.

No início do segundo tempo já uma grande oportunidade em cobrança de falta na meia lua. Daniel Carvalho meteu na trave, no rebote, Wendel foi pego de surpresa e a bola bateu em seu peito com o goleiro já caído e foi pela linha de fundo. Mas foi só impresão. O Inter retomou as rédias da partida e chegava mais à área atleticana e conseguiu abrir o placar aos nove. D'Alessandro cobrou falta e Renan espalmou nos pés de Leandro Damião que mandou pro fundo do gol. Falha do arqueiro atleticano.
Dois minutos depois o segundo gol. Kléber chegou à linha de fundo e cruzou para Zé Roberto testar no primeiro pau. Dois a zero. Apagão no Atlético muito bem aproveitado pelo Internacional. A partida já estava liquidada.

Dorival Júnior resolve mudar. Coloca Mancini no lugar de Wendel que acabara de entrar e Jonatas Obina estreando na equipe no Campeonato Brasileiro no lugar de Magno Alves. O garoto Wendel saiu de campo muito irritado, e não era pra menos. Além de queimar o garoto, Dorival Júnior jogou uma substituição fora. O Atlético tentava chegar mais na base da vontade pela pressão de jogar em casa do que na qualidade. Impediu que o Inter continuasse atacando para marcar o terceiro, mas também não criou situações de gol.

Quando o Atlético ainda permanecia mais em campo de ataque, mais um apagão atleticano em um contragolpe colocarado. Oscar arrancou pelo meio e lançou para D' Alessandro penetrar sozinho pela direita e bater cruzado no canto esquerdo de Renan Ribeiro.
A primeira vez que o Atlético chegou com maior perigo foi num chute do Mancini de fora da área batendo no canto esquerdo de Muriel passando com perigo. O Inter, por sua vez, atacava com eficácia. A bola sobra para Oscar na entrada da área, após chute de Damião e rebote de Renan Ribeiro, o meia ajeitou livre, livre e colocou no canto esquerdo de Ribeiro.

O Atlético ainda tentou chegar ao gol com Guilherme num arremate dentro da grande área passando muito perto da trave esquerda de Muriel. Pouco tempo depois o lateral-esquerdo Guilherme Santos foi expulso após chutar o adversário. Saiu de campo vaiado pela torcida e fez gestos obcenos levando a mão ao órgão genital.
O Inter não queria mais nada no jogo e o Atlético nada conseguiu fazer. A torcida ao final da partida gritou: "Adeus, Dorival".

Ficha do Jogo:

Atlético: Renan Ribeiro; Patric, Leonardo Silva, Réver e Guilherme Santos; Richarlyson, Serginho, Dudu Cearense (Wendel) (Mancini) e Daniel Carvalho; Magno Alves (Jonatas Obina) e Guilherme. Técnico: Dorival Júnior

Internacional: Muriel; Ney, Bolívar, Juan e Kléber; Guiñazul, Tinga (Bolatti), Oscar, D' Alessandro e Zé Roberto (Fabrício); Leandro Damião. Técnico: Paulo Roberto Falcão.

Local: Arena do Jacará/Sete Lagoas-MG

Árbitro: Paulo Godoy Bezerra
Auxiliares: Carlos Berkenbrock e Marco Antônio Martins

Público: 7.595 pagantes
Renda: R$ 73.705,00


Fotos: globo.com/superesportes.com.br

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