quarta-feira, 8 de junho de 2011

Futebol conservador e sorte dão vitória ao São Paulo em Minas

João Vitor,
de Belo Horizonte.

Jogando em Sete Lagoas, Atlético e São Paulo fizeram partidas diferentes em cada tempo. O primeiro de amplo domínio tricolor. O segundo de domínio alvinegro. A tática conservadora de Carpegiane resultou em vitória dos paulistas, por 1 a 0, num gol de Casemiro. A ansiedade e nervosismo dos mineiros ajudou.
Foto: Gil Leonardi / Lancenet

O primeiro tempo foi amplamente favorável ao São Paulo.

O Atlético errava muitos passes, o que comprometia a armação de jogadas.

Além disso, o Galo jogava muito pelo meio. Quando os laterais dominavam a bola, rapidamente fechavam pelo meio. Postura equivocada. Carpegiane armou um São Paulo com um meio-campo altamente congestionado. Não é preciso ser nenhum catedrático para enxergar isso. Jogar pelo meio contra o Tricolor não dá.

Outro problema que detectei no Atlético: Mancini destoava do resto da equipe. Errava passes bobos, infantis.

O São Paulo conseguia dominar o jogo. Os bons volantes do tricolor organizaram a jogada do gol. De Wellington para Casemiro, que finalizou bonito, no ângulo de Renan Ribeiro. 1 a 0.

Com o gol sofrido, o Atlético adiantou bem seus volantes. Em determinado momento, Fillipe Soutto jogava à frente de Giovanni Augusto, único armador do Galo.

Patric simulou um pênalti de forma pífia ao fim da primeira etapa. Driblou dois marcadores e estava de frente para o gol. Hesitou dois segundos e preferiu pular.

Ainda daria tempo de Lucas acertar o travessão de Renan Ribeiro, em mais um contragolpe.

Veio o segundo tempo e Dorival Júnior tratou logo de queimar a regra três. Fillipe Soutto, Toró e Mancini. O primeiro saiu devido à uma entorse no joelho. Entraram Serginho, Dudu Cearense e Neto Berola. Os paulistas voltaram à segunda etapa, incialmente, com a mesma formação.

Dorival apostava na velocidade para vencer o jogo. Neto Berola entrou para pôr fogo no jogo mas, só fez fumaça. Nada de muito produtivo. A marcação do São Paulo, de início, era boa. Mas erravam em demasia na saída de bola, o que fazia com que o Atlético retomasse a bola rapidamente e pudesse criar chances.

Com o tempo, essas chances foram aparecendo. Leonardo Silva cabeceou uma bola no travessão de Ceni. Foi o bastante para levantar a torcida nas cadeiras da Arena.

Carpergiane adotou uma tática um tanto quanto conservadora ao colocar o zagueiro Bruno Uvini em campo. Galo crescendo e ele recuando ainda mais seu time.

Daí para frente, pressão e domínio total do Atlético. Berola caía pelos lados do campo, os volantes avançavam e a defesa também. Resultado: Marlos recebeu a bola na direita, costurou a zaga e só não marcou porque não quis. Ao tentar tocar a bola para Dagoberto, o mesmo entrou em contradição. "Marlos" e "passe" são substantivos distintos. Ele tentou tocar e perdeu.

Ceni evitou gol de Richarlyson, quando fez uma defesa em dois tempos. No lance, se chocou com o volante alvinegro e a partida ficou paralisada por muito tempo. Foram acrescidos 9 minutos.

O Atlético insistiu, mas o São Paulo suportou a pressão e venceu por 1 a 0.

Num jogo em que se destacavam os meio-campos, o com mais componentes venceu.

Ficha do jogo:

Atlético: Renan Ribeiro; Patric, Réver, Leonardo Silva e Leandro; Richarlyson, Fillipe Soutto (Serginho), Toró (Dudu Cearense) e Giovanni Augusto; Mancini (Neto Berola) e Magno Alves.
Técnico: Dorival Júnior.

São Paulo: Ceni; Jean, Xandão, Luiz Eduardo e Juan; Rodrigo Souto, Wellington, Casemiro (Bruno Uvini), Carlinhos PB e Lucas (Marlos); Dagoberto (Willian José).
Técnico: Paulo César Carpegiani.

A arbitragem foi do sempre contestado Sandro Meira Ricci, que foi auxiliado por César Augusto de Oliveira Vaz e Carlos Emanuel Manzolilli, ambos do Distrito Federal.

Jogo realizado na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, que contou com um público de
17.397 pagantes, que geraram uma renda de 190.475,00.

O Galo volta a jogar no domingo, às 16 horas, contra o Bahia, em Salvador. O Tricolor enfrenta o Grêmio, no Morumbi, no sábado, às 18h30. Ambas as partidas contarão com cobertura do blog Boleiros da Arquibancada.

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