quinta-feira, 30 de junho de 2011

Deixem o homem trabalhar

Matheus de Oliveira,
de Belo Horizonte

Dorival Júnior não tem sossego.
O treinador chegou ao Atlético no fim do ano passado para livrar a equipe que Luxemburgo conduzia ao rebaixamento e conseguiu. Deu um novo ânimo à equipe que estava desestabilizada.

No início desta temporada Dorival tinha um bom grupo às mãos, mas que precisava de entrosamento para vingar. Porém, no decorrer do Campeonato Mineiro, foi perdendo os principais atletas da equipe. Diego Tardelli, Obina, Jobson, Zé Luíz e Ricardinho. Não, Diego
Souza não conta, ele não queria mais atuar pelo clube e fez o que pode para sair. No decorrer da competição o técnico teve de remontar a equipe com o que restou. Os reforços que aos poucos chegavam em maioria não tinham condições físicas de jogo ou só podiam atuar no Brasileirão.
Estamos na sétima rodada do torneio e Dorival não conseguiu repetir o time titular uma vez sequer. Em algumas ocasiões por suspensão, noutras por contusão. O time ainda perdeu Richarlyson e Felipe Souto que protegiam a defesa e, ficou evidente na partida contra o Flamengo que, principalmente Richarlyson faz muita falta à equipe e não tem substituto à altura. O setor esquerdo ficou desguarnecido com a ausência do volante. Mas aí vai um erro de Dorival. Voltar com Guilherme Santos ao time titular, sendo que Leandro fazia boas atuações.
Dos sete jogos, o Atlético só não jogou bem contra o Flamengo e razoavelmente contra o Atlético-GO. Está na média e, com o que Dorival tem em mãos não dá pra fazer melhor. Todos os times viverão altos e baixos no campeonato, até mesmo o campeão. O Atlético vive um momento em que a bola não quer entrar. O time cria e muito, mas o treinador não tem como entrar pra fazer um gol e nem mesmo contratar o nove dos sonhos, afinal, todos querem um.

Vamos com calma, pessoal. Antes de falar da boca pra fora, analisemos todas as situações em torno dos problemas e avaliemos onde é a raiz do problema. Na avaliação que faço, o problema não é na comissão técnica, é dentro de campo, é na hora de balançar as redes. Dos torcedores é justificável a cobrança excessiva, mas da imprensa não, afinal, ela sim deveria analisar com a razão.
Aqui em Minas a situação em grande parte dos casos é atípica, o torcedor é quem forma a opinião da imprensa. E já não é de hoje.

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