domingo, 26 de junho de 2011

Carroça desembestada faz nova vítima

Arthur Stabile,
de São Paulo.

(26/06/11) Pior defesa do campeonato contra o vice-líder ainda invicto no brasileiro. O time do Ceará recebeu em seus aposentos o Palmeiras de Felipão querendo se reajustar no nacional. Sem vencer uma partida sequer em casa o time nordestino queria fazer o mesmo jogo contra o São Paulo, mas não o mesmo resultado, quando jogou muito bem mas perdeu em jogadas individuais. Deu certo.


No primeiro tempo o Palmeiras dominou. No primeiro lance, aos 2 minutos, Rivaldo deu assistência para Wellington Paulista cabecear e aquecer o goleiro Fernando Henrique, que fez boa defesa e mandou a bola pra escanteio. Depois dessa jogada os dois jogadores do time paulista não jogaram mais nada a favor do Palmeiras. Disse a favor, pois Rivaldo foi o décimo terceiro jogador do Ceará, numero sugestivo e exatamente o de sua camisa, sendo o décimo segundo a torcida alvinegra que deu show.

Bola lançada para o ataque cearense, ela iria sair pela lateral, porem Rivaldo resolveu pegá-la e perdeu para o jogador do Ceará. No final não deu em nada, apenas um escanteio para o anfitrião. Apenas? Se enganou quem pensou assim. Washington, ex-atacante do próprio Palmeiras não bobeou, igual fez a zaga, e completou a cobrança, acertando o canto esquerdo de Marcos, sem chances para o pentacampeão.


Até este momento os paulistas eram melhores, entretanto, sentiram o gol sofrido e praticamente deixaram de atacar. Cicinho, lateral direito, sentiu lesão e foi substituído por Patrik, fazendo o volante polivalente Marcio Araújo ser deslocado para a lateral. Outros dois jogadores que nem apareceram em campo. Patrik entrou e se escondeu em qualquer marcador. Araújo ficou na defesa, que tomou sufoco e contra-ataques na etapa final.

Antes do final do primeiro tempo o golpe final, fatal e ideal de Thiago Umberto na reação e nos ânimos do Palmeiras antes do fim da etapa inicial. Aproveitando confusão na área, após a subida de Vicente, o atacante completou bola que sobrou para ele livre, que mandou para o canto de Marcos. 2x0 e fim de papo. Pelo menos antes da pausa para o lanche e para a bronca de Felipão.

No intervalo Lincoln saiu e deu lugar a Adriano Michael Jackson. O atacante maratonista correu, correu e morreu na grande área. Até que conseguiu melhorar o ataque verde, mas também pudera, estavam abaixo de zero as chances de gols e finalizações alviverdes, contrastando com a alta temperatura de Fortaleza. Em compensação o Ceará ia pra cima nas (muitas) bobeiras da zaga visitante e incomodava com os laterais, somados a Oswaldo e Washington, que depois deu lugar a Iarlei.

Por sinal os laterais do alvinegro mais pareciam alas hoje, estavam toda hora presentes no ataque, pressionando a defesa e fazendo Marcos trabalhar. Não era de se esperar outra coisa. A zaga do Palmeiras estava perdida hoje. Mesmo com vinte volantes no meio campo o time não foi bem defensivamente e ter tomado de dois foi pouco, agradeçam ao goleiro santo por isso.

Felipão pouco falou no segundo tempo, viu que
era inútil gritar com seus jogadores

Nada de emocionante aconteceu no complemento do jogo, somente a manutenção do resultado pelos dois times, já que o Palmeiras não teve forças para reagir e o Ceará estava contente, até demais, com o placar conquistado.

Com a primeira vitória em casa a recuperação no Brasileiro começa a nascer. Vagner Mancini tem mais calma agora para trabalhar com o time, que se desajustou com a eliminação da Copa do Brasil para ao Vasco, porém, tem tudo para ser uma pedra no sapato de muitos times grandes neste nacional. No outro lado o jeito é levantar o astral no próximo jogo, contra o Atlético – GO, no Canindé, estádio que da grande sorte aos alviverdes.

Fotos: LC Moreira

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