Matheus de Oliveira,
de Belo Horizonte
Assim cantava a torcida do Vasco e assim aconteceu. Os cariocas não tomaram conhecimento do Avaí, fizeram a melhor partida da temporada e foram superiores do primeiro minuto ao apito final
Vasco e Avaí duelaram pela partida de volta da semifinal da Copa do Brasil. No jogo de ida o placar foi de 1 a 1 no São Januário. Um empate sem gols dava Avaí, um empate por um a um, penais e, empates com dois ou mais gols o Vasco passaria, assim como quem vecesse. Pensando nisso, no decorrer da semana o técnico Ricardo Gomes disse numa coletiva: "vamos pro tudo ou nada". E ele foi.
O Avaí já mostrara ser uma equipe defensiva na sua escalação. Apenas Willian no ataque, três zagueiros e mais um homem no meio campo: Romano. O Vasco, por sua vez, foi no 4-4-2 habitual com dois homens de ligação. Foi sem medo.
O Vasco teve a saída de bola e de imediato começou a exercer uma forte pressão sobre os avainos que não conseguiam tocar na bola que permanecia em campo ofensivo dos cruzmaltinos. O gol não demorou a sair. Aos quatro minutos Revson marca contra de cabeça. Sim, foi ele que marcou um autogol contra o São Paulo no Morumbi. Mas o que é isso, Revson!?
Mesmo após o gol, o Vasco continuou no ataque. Queria logo o segundo para eliminar de vez a possibilidade dos penais e obrigar o Avaí a marcar 3 tentos para conseguir se classificar.
Antes de marcar o segundo gol, o Vasco teve quatro oportunidades claras de balançar as redes. Éder Luís em duas oportunidades com Renan fazendo excelentes defesas e Alecsandro também duas vezes. Uma obrigando Renan a salvar com os pés, noutra chutando por cima dentro da pequena área. O Avaí só conseguiu chegar ao gol de Prass aos 18 minutos numa bola que pouco perigo levou.
A time da casa assiste os cariocas jogarem. A
defesa que já estava desarrumada com a presença de dois volantes "cães de guarda", Marcinho Guerreiro e Acleisson, ficou pior quando Silas sacou este segundo para colocar Rafael Coelho no ataque, já que precisava de marcar gols.
Aos trinta e seis, Julinho acerta a trava de Fernando Prass. Mas ficou apenas nisso. O Vasco toma uma postura inteligente. Não agrede o adversário e esperar nos contragolpes armadinhos com Éder Luís esperando no meio pra sair em velocidade.
Foi num desses contragolpes que surgiu o segundo gol. Alecsandro saiu com rapidez da marcação enquanto a defesa estava desatenta rolou pra Diego Souza cara a cara que meteu por cima de Renan. Golaço! Vasco 2x0 Avaí.
No segundo tempo incrivelmente quem tomou a iniciativa foi o Vasco. Logo aos nove minutos Diego Souza acerta a trave de Renan. O Avaí começa a tentar jogar na base da vontade, mas o Vasco se posta bem no campo de defesa preenchendo os espaços. Não dá chances pros caterinenses. O time local sequer arma jogadas pro ataque. Marquinhos quando pega na bola é bem marcado pelo Rômulo, Marquinhos Gabriel erra passes infantis e William não pegou na bola.
Pelo Vasco Filipe é o maestro do time. Desenvolve as jogadas com inteligência, toca a bola com consciência. Diego Souza numa vontade que não via desde o Palmeiras, deu até chapéu. Mas, só percebi que o Vasco estava numa noite anormal quando vi Alecsandro fazer a sua melhor partida com a camisa cruzmaltina (e não marcou gol).
A partida ficou morna. O Vasco sem precisar atacar e o Avaí sem conseguir. O Vasco quando tem a bola envolve, a defesa avaiana era batida com grande facilidade. Silas tem um grave problema pro Brasileirão: arrumar o sistema defensivo. Por ali tudo começa.
Na final o Vasco encara o Coritiba que venceu em casa o Ceará por um a zero. É a segunda final da história vascaína. Em 2006, perdeu a decisão pro Flamengo no Maracanã.
Fotos: Marcelo Sadio/Site oficial do Vasco e Ag. Estado
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