domingo, 8 de maio de 2011

Atlético vence clássico e inverte vantagem celeste

Lucas Fernando,
de Belo Horizonte.

O primeiro jogo da decisão do Campeonato Mineiro de 2011, serviu para o Atlético reverter a vantagem do Cruzeiro de jogar por dois resultados iguais. O time alvinegro superou o maior rival por 2 a 1, na Arena do Jacaré, e agora pode empatar no próximo domingo para conquistar o título.

Os gols da vitória atleticana foram marcados por Mancini e Patric, enquanto Wallyson descontou para os cruzeirenses. Ainda abatido pela eliminação na Libertadores, o Cruzeiro não reencontrou seu futebol e foi superado facilmente por um Atlético muito motivado e empurrado por sua torcida, que era única. No domingo que vem, torcida 100% cruzeirense.

1º tempo

No inicio do jogo, o Atlético foi para cima e quase abriu o placar logo no primeiro minuto. Mancini tocou para Magno Alves, a defesa celeste parou e Fábio saiu bem, atrapalhando a conclusão do atacante. Estava desenhada ali a estratégia do Atlético, chegar com velocidade às laterais, já que o adversário tinha dois jogadores improvisados, Pablo, na direita, e Everton, na esquerda. O Atlético manteve o ritmo nos primeiros minutos e saiu na frente aos quatro minutos, em jogada que Mancini recebeu falta pela esquerda, aparecendo bem nas costas de Pablo. O próprio Mancini cobrou e mandou a bola para as redes de Fábio, que ficou apenas assistindo e não esboçou reação, 1 a 0.

O gol deixou a torcida ainda mais animada, mas o Cruzeiro, experiente, não se abalou. A equipe celeste procurou sair jogando ao seu estilo, dominando o meio-campo na base do toque de bola. O time celeste começou a incomodar mais os alvinegros, como no chute de Gilberto, bem defendido por Renan. Os azuis cresceram na partida, aproveitando os espaços deixados pelos volantes atleticanos.

Montillo, que estava totalmente apagado no jogo, começou a aparecer mais e levou o Cruzeiro ao empate. Aos 26 minutos, ele puxou contra-ataque pelo meio e deixou Wallyson em condições de marcar. O atacante dominou e chutou no canto direito de Renan Ribeiro, 1 a 1.

O Cruzeiro tentou manter o predomínio no meio-campo, mas a defesa celeste se complicou em alguns lances e dava sinais de insegurança, principalmente com um dos principais responsáveis pela eliminação na Libertadores, o Pablo. Em várias ocasiões, os atacantes alvinegros surgiam na frente de Fábio. E foi em um lance desse tipo que o Galo voltou a ficar em vantagem. Aos 36 minutos, Magno Alves, que apareceu com bons passes no primeiro tempo, descobriu Patric penetrando livre pela direita. O lateral chutou cruzado, à direita de Fábio, e calou as vaias da torcida com o segundo gol , 2 a 1.


O jogo ficou parado em alguns instantes, depois que Wallyson foi atingido por uma bateria de celular que veio das cadeiras, atitude lamentável. Quando a partida recomeçou, o panorama não mudou. O Atlético continuou insistindo nas laterais, enquanto o Cruzeiro procurava chegar no toque de bola. Na última oportunidade, Mancini recebeu na entrada da área e chutou forte, por sobre o gol de Fábio.

2º tempo

O Cruzeiro voltou a campo com uma alteração. Cuca mandou a campo Leandro Guerreiro, sacando Pablo, que havia feito novamente um pífia partida. A substituição até surtiu efeito, já que o time celeste reforçou a marcação pelo lado direito da defesa, setor bem explorado pelo Galo no primeiro tempo. Os azuis aumentaram o ritmo em busca do empate, enquanto os alvinegros retornaram sem o mesmo ímpeto da etapa inicial, procurando cuidar mais do combate. Mais seguro, o Cruzeiro atacou mais, mas sem levar muito perigo ao gol de Renan Ribeiro. Do lado atleticano, Mancini e Magno Alves já não conseguiam incomodar como no primeiro tempo. A tática do Galo ainda era explorar os contragolpes, mas faltava um homem de área para concluir os lances. Tanto que Dorival Júnior apostou na velocidade de Neto Berola, lançado no lugar de Magno Alves. A ordem era ter uma opção para jogar pelos flancos.

Cuca mexeu novamente, trocando Ortigoza por Fabrício, substituição um tanto quanto “maluca”, já que o time perdia e precisava buscar o empate. Fabrício entrou em campo disposto a arrumar confusão, por causa das provocações e entradas mais ríspidas. O Cruzeiro teve mais posse de bola, mas sem objetividade, já que não conseguia penetrar na defesa adversária. Na melhor oportunidade, Gilberto acertou a trave de Renan Ribeiro e Montillo não aproveitou o rebote. Em outra chegada perigosa dos azuis, Wallyson desviou de cabeça, mas não o suficiente para vencer Renan Ribeiro, que defendeu firme. O time celeste ainda perdeu o argentino Montillo, expulso depois de falta mais forte em Giovanni. A expulsão do Argentino gerou muita reclamação do time celeste.

Enquanto a torcida alvinegra comemora mais esta vitória em clássicos, a torcida celeste deve estar de perguntando: “Aonde está o futebol do time do Cruzeiro ?”

Antes do jogo, a introdução do clássico na Arena do Jacaré:

Introdução do clássico Atlético 2x1 Cruzeiro by joaovitorcirilo

Os comentários e os gols com Matheus de Oliveira e João Vitor:

Análise de Atlético 2x1 Cruzeiro by joaovitorcirilo

FICHA DO JOGO

ATLÉTICO 2 X 1 CRUZEIRO

Atlético: Renan Ribeiro; Patric, Réver, Leonardo Silva e Guilherme Santos; Serginho, Fillipe Soutto, Giovanni e Bernard (Daniel Carvalho); Mancini (Wendel) e Magno Alves (Neto Berola)
Técnico: Dorival Júnior

Cruzeiro: Fábio; Pablo (Leandro Guerreiro), Gil, Victorino e Everton; Marquinhos Paraná, Henrique, Gilberto (Dudu) e Montillo; Ortigoza (Fabrício) e Wallyson
Técnico: Cuca

Motivo: primeiro jogo da final do Estadual
Estádio: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas
Data: domingo, 8 de maio
Gols: Mancini, 4min, Wallyson, 26, Patric, 34min do 1ºT
Árbitro: Paulo César de Oliveira (Fifa-SP)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Roberto Braatz (Fifa-PR)
Cartões amarelos: Serginho, Neto Berola (ATL); Ortigoza, Fabrício (CRU)
Cartão vermelho: Montillo
Pagantes: 17.729
Renda: R$ 120.640

(Fotos: Washington Alves/VIPCOMM)

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