Time brasileiro anula Scola e cia., tira "pedra no sapato" do Mundial e vai encarar a Sérvia na próxima quarta-feira (10)
De Belo Horizonte.Por João Vitor Cirilo.
07/09/2014 - Quase perfeito. Essa expressão define o segundo tempo da seleção brasileira masculina de basquete neste fim de domingo em Madrid, na Espanha, no último duelo das oitavas de final da Copa do Mundo. Contra a Argentina, nossos eternos rivais e carrascos em várias oportunidades recentes, o Brasil fez apenas um primeiro quarto ruim e já começou a melhorar seu desempenho no segundo período. No segundo tempo, a atuação foi irrepreensível. Jogando com inteligência e uma defesa forte, o Brasil virou o placar e construiu uma vitória imponente, por 85 a 65.
O Brasil segue firme na Copa do Mundo.
(Foto: FIBA/Divulgação)
Destaque para o show de Raulzinho, responsável por 21 pontos, com 9-10 nos chutes de quadra. Junto a ele, Anderson Varejão aproveitou nove rebotes e foi o retrato da intensidade com que jogou a equipe na segunda etapa. Marquinhos também foi bem, com 13 pontos e oito rebotes. Tiago Splitter siau de quadra com 10 pontos e oito bolas recuperadas. Do lado argentino, nosso carrasco Luis Scola fez apenas nove pontos, sendo cinco em lances livres. Pablo Prigioni fez 18 pontos, mas 15 deles apenas no primeiro tempo.
O próximo desafio da seleção de Rubén Magnano será na próxima quarta-feira (10), às 13h (de Brasília), contra a Sérvia, seleção já derrotada pelos brasileiros na primeira fase. Os europeus eliminaram a Grécia nas oitavas, vencendo por 90 a 72.
Quando a bola subiu...
O Brasil começou liderando o placar, mas um pouco ansioso, definindo as jogadas sem pensar muito. Os argentinos apostavam nos chutes longos, já que dentro do garrafão a única aposta era Luis Scola. E nessa estratégia os hermanos abriram quatro pontos de vantagem, com Prigioni e Gutierrez (8 a 4). Ajeitando sua defesa e com uma boa transição, o Brasil buscou o empate em 10 a 10. No fim, os argentinos mantiveram sua estratégia, acertaram mais três chutes longos com Prigioni (duas vezes) e Campazzo e abriram 21 a 13.
Magnano voltou com Guilherme Giovannoni no segundo quarto e o camisa 12 acertou a primeira de três pontos. Depois, quem entrou foi Raulzinho. Poderia ser interessante para o Brasil, além da melhora na marcação do perímetro, forçar o jogo na área pintada. Mas o time seguiu insistindo nos chutes longos e mais um de Guilherme caiu, reduzindo o prejuízo para apenas três pontos na metade do período (27 a 24). Com um pouco mais de inteligência e muita luta, o Brasil não dava folga ao adversário. Ao intervalo, 36 a 33.
Varejão foi um monstro na marcação.
(Foto: FIBA/Divulgação)
A seleção brasileira retornou muito bem para o terceiro quarto. Marcando bem e forçando o jogo mais físico, levava clara vantagem e ia abrindo folga. Foram várias as jogadas de cestas feitas com faltas sofridas. Do outro lado, a Argentina errava tudo. Luis Scola conseguiu errar quatro lances livres seguidos. Atento, jogando com vontade e inteligência, o Brasil abriu 44 a 39 na metade do quarto. A vantagem aumentou ainda mais quando Raulzinho chutou de três (51 a 42). Os chutes longos argentinos voltaram a cair, mas a equipe verde e amarela manteve a tranquilidade para seguir dominando. Com 24 a 13 a seu favor, o Brasil abriu 57 a 49.
E o ritmo seguiu o mesmo no último período. Raulzinho comia a bola e o time apresentava sintonia incrível. Marquinhos e Alex, a dupla de alas, também era perfeita. Não havia como segurar o imparável Brasil. A vantagem chegou a 20 (75 a 55), a mesma no fim da partida: 85 a 65. O período final foi vencido por 28 a 16. Seguimos vivos.
Oitavas de final - Copa do Mundo FIBA:
República Dominicana 61x71 Eslovênia
Estados Unidos 86x63 México
Nova Zelândia 71x76 Lituânia
Turquia 65x64 Austrália
França 69x64 Croácia
Espanha 89x56 Senegal
Sérvia 90x72 Grécia
Brasil 85x65 Argentina
Quartas de final *:
Terça (9), às 12h:
Lituânia x Turquia
16h:
Eslovênia x Estados Unidos
Quarta (10), às 13h:
Sérvia x Brasil
17h:
França x Espanha
* Horário de Brasília
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