De São Paulo.
Por Eduardo do Carmo.
12/04/2013 - Há muito tempo a Libertadores da América não recebia tantos brasileiros favoritos ao título. Na atual edição, Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio e São Paulo, mesmo antes da estreia, eram apontados como principais forças da competição. O Palmeiras, que entrou desacreditado por conta dos acontecimentos na temporada passada, mostrou a sua força e garantiu classificação antecipada. Considerado o time com maior determinação e raça até o momento, o alviverde, aos poucos, conquista a confiança dos torcedores e apresenta uma das principais características para vencer o continental: a garra.
E se o Verdão passou de carta fora do baralho para equipe com algum poder, os tricolores transferiram a condição de favoritos para possíveis eliminados ainda na fase de grupos. A situação mais complicada é a do São Paulo. Fora da zona de classificação do grupo 3, o time do Morumbi precisa de uma vitória contra o Atlético-MG - primeiro colocado geral com cinco vitórias - e torcer por um tropeço do Strongest, da Bolívia. O time aurinegro é o segundo colocado com seis pontos, dois a mais que o tricolor paulista.
sábado, 13 de abril de 2013
Coluna: Tricolores em risco
00:09
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No jogo de ida, Ronaldinho Gaúcho conversa com Ganso, que será o responsável pela armação tricolor na quarta.
(Foto: Marcus Desimoni/UOL)
Uma derrota dos bolivianos não está fora da normalidade, pois encara o Arsenal de Sarandí, que ainda tem chances mínimas de classificação, fora de casa. No entanto, o embate contra o arrumado time do Galo é o grande desafio. A equipe mineira está muito bem, tem um ataque poderoso (16 gols em cinco jogos) e Ronaldinho Gaúcho inspirado. Um problema que se torna ainda maior para o São Paulo, já que a defesa é a grande preocupação de Ney Franco. Para piorar, Jadson e Luís Fabiano são desfalques para o setor ofensivo.
Os duelos contra brasileiros vem sendo um tormento para o São Paulo na Libertadores. Após o título em 2005 contra o Atlético-PR, foram cinco eliminações importantes para compatriotas. Em 2006, perdeu para o Internacional na decisão. No ano seguinte, eliminado pelo Grêmio nas oitavas. Contra o Fluminense, em 2008, a eliminação aconteceu nas quartas. Em 2009, mais uma vez nas quartas, o algoz foi o Cruzeiro. Nas semifinais, um ano depois, o Internacional foi a pedra no sapato novamente. O São Paulo ficou fora da Libertadores por dois anos (2011 e 12) e pode ter uma volta indigesta.
Grêmio e Fluminense precisam de empate em seus respectivos jogos para garantirem a vaga.
(Foto: Paulo Sérgio/Lancenet)
Os outros dois tricolores estão no grupo 8. O Fluminense está na liderança e precisa de um empate na última rodada, contra o Caracas (VEN), no Rio de Janeiro, para confirmar a classificação. Algo teoricamente fácil, mas não para essa chave. Dos dez jogos do grupo, apenas duas vitórias dos mandantes. Nas duas partidas anteriores em casa, o Fluminense não venceu: 3 a 0 para o Grêmio e empate por 1 a 1 contra o Huachipato (CHI). Os chilenos recebem o time gaúcho e precisam de uma vitória simples para a vaga (empate é do Grêmio). Na estreia, em plena Arena do Grêmio, o Huachipato saiu com os três pontos ao fazer 2 a 1.
O ótimo elenco do Grêmio foi montado apenas neste ano. O técnico Vanderlei Luxemburgo poupou os titulares no Campeonato Gaúcho, mas esqueceu que a formação da equipe era recente. Sem entrosamento, a equipe gremista passa sufoco e pode ficar fora das oitavas.
Na próxima semana, o derradeiro capítulo terá a sua definição. Resta saber se será o último da primeira fase ou do torneio para as equipes tricolores. Mais do que nunca, o São Paulo precisa ser soberano, o Grêmio imortal e o Fluminense atuar como um time de guerreiros. Caso contrário, o ano pode ter início sombrio para as três cores, sejam elas quais forem.
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