De São Paulo.
Por Eduardo do Carmo.
26/04/2013 - O rugby é um dos esportes que mais crescem no mundo. E no Brasil, a história não é diferente. Por conta do desempenho positivo da seleção brasileira nas últimas temporadas, os torcedores cada vez mais acompanham a modalidade. Aproveitando o bom momento, a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) se organizou e elaborou metas para o crescimento. Entre elas, a principal é a vaga para a Copa do Mundo de 2019 (no Japão). No entanto, a evolução foi tão rápida que o selecionado masculino, mesmo não favorito, pela primeira vez disputa uma eliminatória com chances reais de classificação.
Seleção Brasileira venceu o México em seu último teste antes do Sul-Americano.
(Foto: Eduardo do Carmo/Boleiros da Arquibancada)
Acompanho o rugby (não só brasileiro) desde o ano de 2011. Pouco tempo, mas já o suficiente para criar uma forte ligação. No início, assim como em todo esporte, não entendia as regras, jogadas e esquemas táticos. Com o tempo, passei a compreender e não ''larguei'' mais o rugby. Em relação ao Brasil, os Tupis, além do que era apresentado em campo, o fator externo também chamou a minha atenção. Ao contrário do que é visto em algumas confederações por aqui, a CBRu apresenta várias ações pró-rugby. O esporte em primeiro lugar e todo o resto em segundo plano. Modo de agir e pensar que deu, dá e dará muitos frutos. Cursos, eventos, locais para treinamentos e palestras são alguns dos serviços oferecidos como atrativos para quem quer conhecer ou praticar o rugby. Uma forma de acolhimento ao público.
Com isso, não vejo outro futuro que não seja o promissor esperado pelos amantes do esporte da trave em formato da letra ''H''. O trabalho está sendo feito da melhor forma e nas mãos das pessoas certas. Na última semana, o México visitou o Brasil para dois amistosos. Foi a primeira vez que uma seleção fora da América do Sul veio ao país para uma partida oficial. Evolução no campo. Muitas empresas de grande porte e com histórico no mercado mundial apoiam o Brasil no rugby. Reconhecimento fora do gramado.
Outro fator positivo é o intercâmbio com o país que domina o cenário atual: a Nova Zelândia. Impossível não lembrar dos All Blacks quando o assunto é rugby. Os técnicos Scott Robertson, Jason Ryan e Brent Frew acreditaram no projeto e desenvolvem os atletas brasileiros. Uma nova geração já está integrada ao mais experientes e terão treinamentos específicos com estes treinadores.
Passada essas informações, hora de falar do que está por vir neste fim de semana. O Sul-americano, Consur A, que será disputado no Chile e Uruguai. Estas duas seleções serão as concorrentes à vaga para a eliminatória das Américas. A Argentina também participa, mas já tem vaga garantida para o Mundial. O Brasil está pulando uma fase. Mas se teve o pulo, teve confiança e pensamento positivo. O que era esperado apenas para 2019, pode acontecer já em 2015. Não será fácil alcançar a vaga para a Copa do Mundo na Inglaterra, porém nada é impossível para nossos guerreiros Tupis.
Em confrontos contra o Chile, o Brasil perdeu 17 e empatou uma partida. Quando o assunto é Uruguai, o retrospecto é de 16 derrotas e três vitórias. Ano a ano, no entanto, a diferença nos placares diminui. O progresso é contínuo. Hoje, o Brasil não entra em campo apenas para jogar, mas sim para buscar a vitória.
O título da coluna tem função de promover reflexão e discussão sobre o tema. Acredito que a vaga para o Mundial não seja apenas um sonho. O trabalho foi realizado da melhor forma. Amistosos de alto nível testaram a capacidade dos jogadores. O apoio da torcida brasileira mostrou que os Tupis não estão sozinhos nesta batalha. E o principal: a confiança. Os atletas sabem que, apesar da dificuldade, o desafio está lançado. Tudo foi muito difícil para que o rugby brasileiro chegasse até aqui . O Sul-americano será apenas mais uma barreira para ser ultrapassada. Caso não seja esse ano, aguardaremos ansiosos a próxima oportunidade para tal feito. Força, Brasil!
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