sábado, 13 de abril de 2013

''Boleiros da Arquibancada'' entrevista: Priscila Heldes

De São Paulo.
Por Eduardo do Carmo.

13/04/2013 - O B.A. entrevista de hoje recebe uma das gratas surpresas do voleibol feminino brasileiro. Com bom desempenho durante a Superliga 2012/13, a jovem levantadora Priscila Oliveira Heldes, 21, do Vôlei Amil, chamou a atenção e figurou entre as melhores da posição.

A mineira teve um grande teste na temporada ao substituir a campeã olímpica, Fernandinha, que se contundiu ainda na fase de classificação da Superliga. E a levantadora de 1,77 m de altura deu conta do recado, conquistando elogios de José Roberto Guimarães, técnico do clube e da Seleção Brasileira. O bom serviço de saque foi o diferencial da atleta nos jogos da equipe de Campinas.


Foto: Felipe Christ/Amil

B.A.: Como surgiu o interesse pelo vôlei?

Pri Heldes: Comecei brincando com amigas. Daí, resolvi levar a sério.


B.A.Quais as dificuldades enfrentadas no início da carreira?
Pri Heldes: O clube não dava dinheiro para condução e também não tinha salário. Então, meus pais tiveram que bancar tudo desde uniforme até passagem de ônibus.


B.A.Qual a principal conquista profissional até o momento?
Pri Heldes: Chegar ao profissional e os títulos de campeã mundial infanto juvenil.


B.A.Como é trabalhar com jogadoras de alto nível e um técnico experiente como o Zé Roberto?
Pri Heldes: É uma experiência maravilhosa, porque além de estar ao lado deles, pude aprender muito e evoluir.

B.A.Com a lesão da Fernandinha, a chance de titularidade veio. Após dar conta do recado, espera uma convocação para a seleção?
Pri Heldes: É o que almejo. Todo mundo quer chegar lá, mas se não vier agora, vou continuar trabalhando.

B.A.Qual a receita do Vôlei Amil, que em sua primeira Superliga já fez uma boa campanha?
Pri Heldes: Acho que muita dedicação e treinamento, pois tivemos desfalques importantes, mas conseguimos superar e fazer uma boa companha.


B.A.Durante a temporada, vimos algo incomum: uma levantadora especialista no saque. Muito treino ou foi algo que simplesmente aconteceu?
Pri Heldes: É uma das coisas que gosto de fazer e, quando começou a dar certo, procurei focar mais nos treinos.


B.A.Ao contrário do futebol brasileiro, o vôlei consegue ter os principais atletas na liga nacional. A Superliga é o melhor campeonato do mundo?
Pri Heldes: Com certeza está entre os melhores, e espero que cresça a cada temporada.


B.A.Tem vontade de atuar em outras ligas ou prefere seguir no Brasil?
Pri Heldes: Tenho vontade sim, mas no futuro. Não acho que está na hora de sair do Brasil.

B.A.Como você vê o atual momento do vôlei no país?
Pri Heldes: Com o ouro em Londres, ficou mais valorizado, mas acho que podemos melhorar e ter mais times no campeonato.


B.A.Qual é o seu sonho na vida pessoal e profissional?
Pri Heldes: Na vida pessoal, é poder sempre ajudar minha família. Na profissional, participar de uma Olimpíada.


B.A.O que a Pri Heldes costuma fazer nas horas vagas?
Pri Heldes: Quando posso, não dispenso estar com minha família, mas também gosto de um cineminha e estar com meus amigos.


B.A.A culinária mineira é uma de suas paixões?
Pri Heldes: Sim. Amo! Para me agradar não precisa de muito. Gosto de coisas simples e uma bela comidinha mineira vai muito bem.


B.A.Acompanha algum outro esporte? Se sim, torce para alguma equipe?
Pri Heldes: O que mais acompanho é o futsal pelo meu namorado (Dieguinho, ex-Minas, agora do Dínamo de Moscou). No futebol, torço para o Cruzeiro.


B.A.Na TV, qual tipo de programa prende a sua atenção? Qual estilo de música favorito?
Pri Heldes: Gosto de uma novelinha e filmes também. E música, não dispenso um pagodinho.


B.A.O que significa ou pode significar a Olimpíada 2016 para você?
Pri Heldes: Se tiver a oportunidade de estar lá, seria um sonho e, com certeza, o auge da minha carreira.

B.A.Qual o seu ídolo no esporte?
Pri Heldes: Fofão (Unilever).


B.A.Como você encarou a mudança de Minas Gerais para o interior de São Paulo. Se adaptou facilmente?
Pri Heldes: Sim. Adorei a cidade (Campinas).


B.A.Qual foi a melhor jogadora que você já teve no mesmo time? E contra?
Pri Heldes: Esse ano estou tendo a oportunidade de estar com a Walewska, Soninha e Fernandinha, além de jogar contra todas da Seleção Brasileira.


B.A.Quais são as metas para a sequência da carreira?
Pri Heldes: Continuar jogando a Liga e, de preferência, como titular. Sempre evoluir e chegar à Seleção Brasileira adulta.

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