De Belo Horizonte.
Por Vinícius Silveira.
02/12/2012 - Mais um clássico para não ser esquecido. Não há palavras para definir o que foi o jogo de hoje no estádio Independência. Atlético Mineiro e Cruzeiro realizaram partida com belo lances, doação em campo do princípio ao fim. O resultado final seria justo se a vitória fosse para qualquer um dos times. Para encerrar o Campeonato Brasileiro, o Galo venceu o Cruzeiro por 3 a 2 e sacramentou a classificação para fase de grupos da Taça Libertadores da América 2013, já que o Grêmio empatou como Internacional no clássico gaúcho.
O Atlético-MG terminou o campeonato na vice-liderança, com 72 pontos, 20 vitórias durante todo o nacional. O Cruzeiro fechou o competição na 9ª posição, com 52 pontos, 15 vitórias e com a vaga na Copa Sul-Americana do próximo ano.
Além deste ser o último jogo de Celso Roth no comando técnico do Cruzeiro, este é o último clássico entre Atlético-MG x Cruzeiro que apanhará torcida única no estádio. Ano que vem, os jogos entre as duas equipes voltam para o Mineirão. O primeiro jogo já tem data marcada: dia 3 de fevereiro, abertura do Campeonato Mineiro.
Quando a bola rolou...
O jogo começou com o Atlético colocando as cartas na mesa, jogando em seu jeito tradicional. Mais uma vez, Cuca escalou Guilherme na meia direita, fazendo uma função que não é a dele e mostrou ser bem claro. Porém, a jogada do primeiro gol começou com ele, fazendo o cruzamento na grande área. Leandro Guerreiro desviou no meio do caminho e Bernard bateu para o gol de primeira, aos 5 minutos. Com o gol, o Cruzeiro saiu mais para o ataque, variando bem as jogadas, sempre contando com a movimentação constante de Montillo, a presença dos laterais e Martinuccio aberto pela esquerda do ataque. Até o fim do primeiro, o Cruzeiro finalizou cinco vezes, sendo duas com enorme perigo, entre elas, uma bola na trave de Tinga, e apenas duas do Atlético, uma delas resultando em gol.
Aos 37 minutos, Leandro Guerreiro cometeu pênalti em Jô. Claríssimo e indiscutível. Ronaldinho Gaúcho bateu e Fábio fez defesa firme no canto esquerdo. Como o Cruzeiro estava melhor na partida, esta defesa só fez melhorar o ânimo celeste. Aos 46 minutos, aproveitando cruzamento de Montillo pela direita, Martinuccio, outro argentino, veio de trás da defesa e subiu sozinho para cabecear e deixar tudo igual no placar. 1 a 1.
No segundo tempo, esperava-se um inicio mais empolgante do que o da etapa inicial. A empolgação veio só por parte cruzeirense, que alugou o campo de ataque e só parou de pressionar quando fez o gol da virada. Aos 5 minutos, o zagueiro Thiago Carvalho aventurou-se no ataque e fez o passe em profundidade para Everton, que entrou livre na área e tirou do goleiro Victor, fazendo a virada celeste. Depois do gol, veio o diferencial atleticano. Ronaldinho Gaúcho, chamando para si a responsabilidade da criação das jogadas, partindo para o ataque em velocidade, do jeito que todos conhecem.
Para deixar a partida mais nervosa, Tinga e Leandro Donizete trocaram socos em uma dividida e foram expulsos de campo. O sistema de marcação dos dois times ficou desfalcado e quem mais perdeu com isso foi o Cruzeiro, pois Tinga, além de marcar, também descia para o ataque. Aos 14 minutos, Marcos Rocha cobrou escanteio, Leonardo Silva tocou de cabeça e o volante Marcelo Oliveira escorou para dentro do próprio gol. O gol foi dado para Leonardo Silva. O Cruzeiro sentiu o golpe, passou a não atacar como antes, e nas poucas vezes em que foi à frente, parava na marcação atleticana.
Aos 29 minutos, veio o golpe de misericórdia. No cruzamento de Ronaldinho, Réver subiu e cabeceou para dentro do gol, fazendo o gol da vitória atleticana. Para piorar, o Cruzeiro perdeu Anselmo Ramon, expulso. O jogo estava nas mãos atleticanas, podendo até ampliar o marcador. O cansaço era forte de ambos os lados e o resultado se arrastou até o fim do jogo, culminando com a festa dos atleticanos que festejaram, mais tarde, o empate entre Grêmio e Internacional no estádio Olímpico e a vaga direta para Taça Libertadores da América.
Cartões vermelhos: Tinga, Leandro Donizete e Anselmo Ramon.
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