Do Rio de Janeiro.
A sequência de 19 jogos do Unilever/Rio de Janeiro sem perder na Superliga Feminina de Vôlei foi encerrada nessa terça-feira. Jogando em casa, o Vôlei Futuro conseguiu uma virada heróica, na base da superação, e venceu o confronto por 3 sets a 2, após estar perdendo por 2 a 0. As parciais foram 21/25, 21/25, 25/20, 30/28 e 15/12. Apesar do resultado, a posição das duas equipes na classificação não se alterou. As cariocas ainda aparecem na liderança, com 57 pontos, e o Vôlei Futuro em terceiro lugar, com 10 pontos a menos.
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| Vôlei Futuro segue sem perder em seus domínios (Foto: Alessandro Iwata/Vipcomm) |
Em uma noite em que a qualidade técnica se fez ausente em vários momentos, o brilho individual pesou. A ponteira Fernanda Garay, a mais regular da equipe de Araçatuba em quadra, terminou o jogo com 19 pontos, mesmo número de Joycinha, e levou para casa o Troféu Viva Vôlei. Além disso, a campeã olímpica Paula Pequeno teve atuação decisiva, virando bolas difíceis no momento mais importante do jogo.
A partida ainda contou com a volta da líbero Stacy ao time titular de Araçatuba. Apesar das dificuldades pela falta de ritmo, a jogadora cumpriu bem sua função na recepção. Do lado carioca, Regiane saiu como a maior pontuadora, com 21 acertos. Em seguida apareceram Sheilla, com 20, e Mari, autora de 18 pontos.
Na última rodada da fase classificatória, que acontece nessa sexta, o Vôlei Futuro enfrentará o São Caetano, fora de casa, enquanto que o Unilever/Rio receberá o Sollys/Osasco/Nestlé, no Maracanãzinho, no grande clássico do vôlei feminino brasileiro.
O jogo
No início, o Rio demonstrava superioridade, mesmo errando mais do que o tolerável. Mas os pontos entregues às donas da casa tornavam a partida equilibrada, fazendo o Vôlei Futuro passar à frente em 9 a 8, após tentativa de segunda para fora de Fernanda Venturini. Não bastou pressionar a virada de bola carioca, porque logo o Vôlei Futuro também começou a entregar pontos, deixando bolas bobas caírem em sua quadra. Em um set ruim, que contou com lances de indecisão, levantamentos mal executados e duas invasões de Sheilla pela linha dos 3, Joycinha mandou um avião pela saída de rede e o Rio fez 25 a 21, abrindo 1 a 0.
O nível não melhorou muito no segundo set. Levantamentos colados na rede e tentativas desesperadas de manter a bola em jogo continuavam se destacando. Com boa presença de Paula Pequeno na defesa e no ataque, o Vôlei Futuro conseguiu se manter à frente até o 9º ponto. Mas logo o saque forçado das cariocas começou a causar problemas e o time de Araçatuba passou a acumular erros. No comando de Regiane, muito bem nos ataques, e de Sheilla, decidindo pelo fundo, o Rio abriu confortável vantagem de 19 a 15. Em um toque na rede de Joycinha, as cariocas venceram por 25 a 21.
Ainda longe de atingir o nível desejado por Bernardinho, sua equipe iniciou o terceiro set cometendo erros seguidos de saque. Já o Vôlei Futuro, mais concentrado, melhorou na virada de bola e começou a apresentar um padrão de jogo que até então não havia exibido ao torcedor que compareceu ao Plácido Rocha. Em um contra-ataque de Paula, a equipe da casa abriu 15 a 9. Após broncas de Bernardinho, as cariocas reagiram, com um saque forçado, um bloqueio bem posicionado e as boas definições de Regiane. Mas Joycinha entrou no ritmo da partida, definindo bem pela saída de rede, e Andressa, em ataque pelo meio, deu números finais ao set: 25 a 20.
Mais confiante, a equipe de Araçatuba entrou em quadra no quarto set disposta a levar o jogo para o tie break e começou a tirar as adversárias do jogo. As cariocas erravam muito na recepção, o que só fazia com que o Vôlei Futuro tivesse mais liberdade para arriscar. E o crescimento de Joycinha na partida tornava tudo mais tranqüilo para a equipe de Paulo Coco, que abriu 17 a 14. Na reta decisiva, no entanto, o Rio buscou pontos importantes e empatou o jogo em 18 a 18, no bloqueio de Regiane na oposta do Vôlei Futuro. O Rio voltou a pressionar no bloqueio e virou para 23 a 20. Mas quando o torcedor já se encaminhava para deixar o ginásio, Andressa acertou bons saques e a equipe da casa buscou a virada. E ela veio após um rally nervoso, que terminou com um bloqueio de Paula em Sheilla, fazendo 30 a 28.
A partida havia ganhado uma emoção especial e, diante disso, não faltou vontade dos dois lados no tie break. Depois de um bom começo, o Vôlei Futuro entregou pontos de graça e viu o Rio virar com Sheilla, em ataque pela saída, fazendo 8 a 7. Um erro da arbitragem tornou a situação ainda mais complicada para as donas da casa, quando Garay explorou o bloqueio e Anderson Caçador marcou bola direto na antena. Mas o Vôlei Futuro se recuperou num bloqueio de Andressa em Juciely, empatando o jogo. No final, o destaque absoluto foi Paula, que colocou sua equipe na frente e marcou o último ponto do jogo em um lindo contra-ataque, fazendo 15 a 12.
VÔLEI FUTURO:
Começaram: Ana Cristina (2), Joycinha (19); Paula Pequeno (17), Fernanda Garay (19); Andressa (9) e Walewska (9). Líbero: Stacy Sykora
Entraram: Ana Tiemi, Clarisse (2), Fernanda Gritz e Jú Odilon.
Técnico: Paulo Coco
UNILEVER/RIO DE JANEIRO:
Começaram: Fernanda Venturini (3), Sheilla (20); Mari (18), Regiane (21); Juciely (11) e Valeskinha (12). Líbero: Fabí
Entraram: Roberta, Jú Nogueira (1), Amanda e Carol.
Técnico: Bernadinho
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