De Aracaju.
Terça-feira decisiva para o Vasco na Libertadores. Depois de perder na primeira rodada em casa para o Nacional do Uruguai, para o Gigante da Colina uma vitória contra o Alianza Lima seria vital. Se perdesse, veria seus adversários se distanciando na tabela e amargaria a última posição do Grupo 5.
Com a necessidade de vitória em mente, o técnico Cristóvão Borges escalou um time sem muitas novidades em relação à equipe dos últimos jogos. O Alianza Lima tentou a sorte com uma formação defesiva e meio de campo bem povoado (4-5-1).
Jogo importante, uniforme à altura. O Vasco foi para o jogo com a camisa azul, comemorativa. O ambiente era bom e a torcida apoiava o time carioca. Em contrapartida, a torcida visitante era muito escassa, mas igualmente festiva.
Charquero abre o placar para o Alianza Lima |
Com a bola rolando, o Vasco, apesar de repetir o nervosismo da primeira rodada, tocava melhor e criava as melhores chances. O Alianza não conseguia ficar muito tempo com a bola e isso favorecia o time de São Januário, que diante das dificuldades, vez ou outra se aproveitava dos buracos na zaga adversária. Contudo, após chutão da defesa peruana para o ataque, Rodolfo, com a marcação adiantada, foi enganado pelo quique da bola e o jovem atacante Charquero, aos 16, dominou, adiantou de cabeça e tocou na saída de Prass, emudecendo São Januário e fazendo o carnaval peruano.
A reação do Vasco foi ligeira e não demorou muito para o empate chegar. Diego Souza, da entrada da área, deu bom passe para Barbio, que levantou a cabeça e buscou Alecsandro, mas antes de a bola chegar no camisa 9 vascaíno, Ramos, zagueiro do Alianza, desvia e marca contra, três minutos após sua equipe abrir o placar. O empate embalou a torcida que imediatamente cantou que "o Vasco é o time da virada e do amor".
Depois do empate, teve início a inusitada noite de Alecsandro. Ainda no primeiro tempo, bola cruzada na área e ele marca de cabeça, sai comemorando, mas interrompe a celebração quando vê a bandeira levantada, num impedimento claro. Mais tarde, aos 40, em jogada parecida como gol do empate, Barbio cruza rasteira e o artilheiro do Vasco na temporada tenta dar de letra, mas é cortado no momento exato pela zaga, a poucos metros do gol.
O drama do atacante continuou na volta do intervalo. Com o jogo ainda empatado, a torcida ainda cantando, e o Vasco ainda jogando melhor, aos 4 minutos, mais uma vez jogada de Barbio, que dessa vez chutou a gol. O goleiro espalmou, mas a bola tocou no braço do defensor peruano Carmona. O juiz marcou pênalti e também expulsou o zagueiro. Alecsandro pegou a bola, ajeitou na cal, mas na hora da cobrança seu pé de apoio escorregou e o chute foi forte no travessão. Não era a vez da virada. Ela só chegaria dez minutos mais tarde. Fágner cobrou escanteio, Dedé se antecipou na primeira trave e tocou de cabeça no outro canto. A bola ainda tocou na bate na trave antes de entrar. A vantagem só não foi ampliada dois minutos depois porque Alecsandro, embora tenha balançado as redes, teve gol invalidado, de novo, em posição de impedimento.
O gol do atacante vascaíno não saía. O Vasco era soberano no jogo e conseguiu mais um pênalti. Dessa vez, Fágner recebeu falta dentro da área. De novo Alecsandro na bola, pé de apoio certinho, mas o goleiro Libman defendeu. A bola ainda tocou na trave e voltou para suas mãos. Dois pênaltis perdidos e dois gols anulados na mesma partida.
Juninho marca o gol do alívio vascaíno |
O 2-1 era um placar perigoso para o Vasco, que apesar de criar mais chances, sobretudo depois da entrada de Felipe no meio de campo, poderia facilmente ser surpreendido, assim como foi no primeiro tempo. Precisava de mais um gol para matar a partida. E ele chegou, em mais um pênalti, o terceiro da noite, depois de Nilton ser agarrado dentro a área. Juninho Pernambucano pediu a bola - ou Alecsandro quis ceder. O camisa 8 mandou no canto esquerdo, o goleiro ainda tocou, mas o chute forte terminou nas redes. Gol essencial para a vitória vascaína, pois aos 40 minutos, pane na zaga do Vasco e Ibáñez diminui para o Alianza. 3 a 2, placar final.
Com a vitória, o Cruz-Maltino sobe para a segunda colocação do grupo 5, com três pontos. Está atrás do Libertad do Paraguai, 100%, com seis, e à frente do Nacional uruguaio, que apesar de ter o mesmo número de pontos e saldo igual, tem menor número de gols marcados. O lanterna é o próprio Alianza Lima que ainda não pontuou.
O próximo jogo do Vasco é no Paraguai contra o Libertad, dia 14 de março. O outro jogo do grupo acontece em Lima, com o Alianza recendo o Nacional, dia 20 de março.
Imagens: Agência Lance
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