De Serrinha.
O Barcelona chegou pressionado para a partida de hoje. O adversário, o Valencia, é complicado e já dera trabalho para os catalães nas semi-finais da Copa do Rei havia pouco tempo. Um tropeço dentro de casa significaria para o Barça ver suas chances do título espanhol ainda mais distantes - o Real Madrid abriria 13 pontos de vantagem. E além do mais, a fase não era das melhores: o futebol envolvente estava decadente nas últimas exibições.
O Camp Nou estava como nas melhores noites e teve uma boa audiência. Os culés ainda sonham com o título, e pelo visto Pep Guardiola também não jogou a toalha. Escalou, na medida do possível, um time competitivo e sem surpresas. Apenas Daniel Alves e Xavi, do suposto time titular não foram a campo (o primeiro estava suspenso e o segundo voltava de contusão), em seus lugares, jogaram Montoya e Pedro. Do outro lado, Unai Emery não pôde contar com Banega, baixa para o restante da temporada, e por decisão técnica colocou a revelação Jordi Alba no banco.
Piatti comemorando o gol ché |
Com a bola em jogo, o time azul-grená tratou de imprimir seu jogo de passe e posse, e foi claro dominador dos primeiros minutos. Porém, o Valencia adiantou sua marcação e já começava a obter sucesso em tal investida. Tanto que numa bola dominada pela direita, aos 9, Feghouli acertou um belo cruzamento para Piatti, que, aproveitando pane defensiva de Piqué e Montoya e má saída de um precipitado Valdés, concluiu para as redes. Silêncio no Camp Nou.
Iniesta num detalhe de qualidade |
Contudo, o gol teve efeito benéfico para os de Guardiola: o time acordou, foi pra cima, e, para má fortuna do Valencia, o ataque estava num ótimo dia. Numa das ações ofensivas, Fàbregas deixou Pedro confortável para driblar um defensor e cruzar para Messi, que aproveitou o erro da zaga e tocou com frieza na saída de Diego Alves para empatar o jogo aos 22 minutos. Daí em diante, jogo de ataque contra defesa - e raros contra-ataques. Iniesta estava eloquente e seus passes eram ordens claras de gol. Num deles, possibilitou que Abidal cruzasse na medida para Messi virar o jogo, cinco minutos depois do empate. O primeiro tempo só não teve mais gols para os mandantes porque o goleiro ex-Galo fez jus a sua recente convocação para a Seleção e executou defesaças.
Messi marcando um dos seus quatro gols no jogo |
No segundo tempo, mais filosofia cruyffiana: passe e posse no jogo ofensivo. O Barça era óbvio dono do jogo. Mas o Valencia dava mostras que a qualquer momento poderia colocar a em risco a parca vantagem local no marcador. Foi quando aos 20 minutos, depois de rebote do goleiro, Messi marcou seu terceiro gol no jogo: 3-1. E só dava Barça. A defesa do Valencia corriqueiramente batia cabeça, o marcador só não era ampliado graças a mais e mais defesas de Diego ou erros de conclusão dos atacantes blaugranas. Mais tarde, aos 39, Busquets dá passe genial do meio do campo e deixa Messi livre para tocar de cobertura, e marcar o quarto do Barça e dele. Como se não bastasse, Xavi que entrou no finzinho, aproveitou outro vacilo da zaga ché e chutou elevado para marcar o quinto.
As boas sensações voltaram ao Camp Nou. Esta é a versão do Barcelona que encantou o mundo. Má sorte para o Valencia, vítima da vez.
Apesar do bom futebol apresentado, a tarefa do Barça é dificílima. O Real Madrid está numa regularidade incrível e dificilmente perderá tantos pontos no que resta do Campeonato, além de contar com a sorte de um calendário mais equilibrado.
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