sábado, 7 de janeiro de 2012

No Maracanãzinho lotado, Minas consegue virada espetacular sobre o RJX

De Belo Horizonte.

Estreia em casa e ginásio lotado. Combinação perfeita para uma vitória do dono da casa. Certo? Errado. Com 4700 pessoas jogando contra no ginásio do Maracanãzinho, o Vivo/Minas Tênis Clube conseguiu bater o RJX por 3 sets a 2, numa das melhores partidas da atual edição da Superliga Masculina de Vôlei. O RJX, que estreou em casa na Superliga, venceu as duas primeiras parciais, por 25/23 e 28/26, mas o Minas conquistou reação espetacular nos últimos três emocionantes sets: 25/20, 25/23 e 20/18. O jogo foi válido pela sexta rodada da competição.

Como se pode perceber pelas parciais, o equilíbrio predominou durante a maior parte do jogo. A equipe do RJX pagou pela instabilidade ainda verificada durante períodos da partida, o que não pode acontecer em uma grande equipe. Como o placar final foi 3 a 2, o vencedor (Minas) soma dois pontos e o perdedor (RJX) soma um. O Minas Tênis Clube chega a 11 pontos na competição, enquanto a equipe do Rio de Janeiro  chega a 10.

Marcelinho, levantador do Minas, foi escolhido o melhor jogador e levou o Troféu Viva Vôlei pra casa. Prêmio merecido. Marcelinho é o cérebro desta equipe mineira e vem demonstrando muito entrosamento com seus companheiros. O maior pontuador também foi do Minas, o oposto tcheco Filip Rejlek, que cresceu em momento importante do jogo, passando segurança e confiança a seus companheiros. Ele saiu de quadra com 28 pontos.

A próxima rodada acontece na próxima quarta-feira (11), quando o RJX vai à São Bernardo do Campo enfrentar o BMG/São Bernardo às 19 horas, e o Vivo/Minas receberá a equipe do Vôlei Futuro, líder da competição, às 19h30, em partida que terá cobertura do Boleiros da Arquibancada.

Atletas do Minas comemoram um dos pontos contra o RJX.
(Foto: Alexandre Arruda / CBV)

O jogo

Nos dois primeiros sets, um mesmo cenário. O Minas começou jogando melhor, se mostrando uma equipe mais equilibrada, mas contando com a força de seu torcedor, o RJX conseguia virar e conquistou a vitória nos dois primeiros sets. Em ambos, vantagem mínima. No primeiro, o placar foi de 25/23. No segundo, 28/26. Podemos destacar a boa atuação do oposto Théo, que fez o ponto decisivo no primeiro e apareceu com bons bloqueios na reta final do segundo set, além de uma boa passagem pelo saque. Apesar do 2 a 0, o Minas vendia caro a derrota, jogando "de igual pra igual".

A igualdade prosseguiu no início do terceiro set. O que pesava contra o RJX eram os muitos erros de saque. O Minas estava mais atento e fazia um bom trabalho na defesa. O time do Rio não conseguia jogar, se mostrando muito instável ao longo do set. Com muita tranquilidade, deu Minas: 25/20.

O Minas voltou jogando com muita vontade, mas o Rio melhorou seu rendimento, mais equilibrado em quadra. A equipe carioca chegou a abrir 3 pontos, quando o Minas cometia alguns equívocos. Os minas-tenistas cresceram no jogo quando o oposto tcheco Filip Rejlek chamou a responsabilidade nas chamadas "bolas de segurança". Quando o ponteiro Lucarelli também resolveu jogar, o Minas passou à frente. O levantador Marcelinho também merece menção honrosa. RJX apresentava um passe péssimo, o que prejudicou muito. Minas também fez um bom trabalho no saque. Apesar de tentar reagir no final, o RJX não conseguiu encaixar uma sequência no saque e o Minas fechou o quarto set em 25/23.

No tie-break, os erros de recepção do Rio continuaram, enquanto Filip Rejlek prosseguiu muito bem no jogo, virando todas. Após um tempo técnico solicitado por Marcos Miranda, RJX cresceu e Minas passou a errar mais. Os cariocas reagiram espetacularmente e, empurrados pelo grande público no Maracanãzinho, virou o jogo após estar três pontos atrás. O jogo ficou tenso, emocionante. Rio carregou a vantagem de dois pontos até o 14º ponto, quando Minas reagiu e empatou. Após os donos da casa terem quatro chances de fechar a partida, o Minas Tênis Clube conseguiu vencer em 20 a 18. Virada heroica da equipe mineira: 3 a 2.


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