quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Em noite de americanos, Bauru vence Minas em BH

De Belo Horizonte.

Nesta noite de quinta-feira (12), Minas Tênis Clube e Bauru entraram em quadra na Arena JK em Belo Horizonte para disputar partida válida pela 13ª rodada do Novo Basquete Brasil. O Minas apresentou momentos de altos e baixos (mais baixos do que altos) no jogo, enquanto Bauru se manteve estável durante maior parte do jogo, com exceção do quarto final. A equipe do interior paulista venceu os mineiros por 78 a 70, em noite de estrangeiros, como iremos destacar a seguir. Essa foi a décima vitória do terceiro colocado Bauru em 12 jogos, e foi a oitava derrota do 11º Minas em 12 jogos no NBB.

O pivô americano Jeff Agba, de Bauru, foi o cestinha do jogo com 17 pontos. Também pela equipe paulista, destaque para o armador, também americano, Larry Taylor, que saiu de quadra com 13 pontos e 7 assistências. Pelo lado do Minas, o principal pontuador foi o Mark Borders (outro americano, vejam só) com 16 pontos. Luciano González (esse não é americano, é argentino), que começou a partida na reserva, também fez boa partida e saiu de quadra com 13 pontos.

O Minas encontrou do outro lado da quadra um adversário mais equilibrado em todos os fundamentos e que tem nos americanos Larry Taylor e Jeff Agba grandes destaques. Minas ainda se desespera ao ver o placar adverso e tentar decidir a partida de qualquer maneira e, todos sabemos, que não é bem assim que as coisas vão mudar. Esse tipo de postura vem prejudicando a equipe mineira. Em matérias seguintes, você vai poder ouvir as explicações dos atletas e do técnico minas-tenista Raul Togni para esse tipo de postura, assim como também irá ouvir as palavras dos atletas e do treinador de Bauru, Guerrinha.

Pela 14ª rodada, Minas e Bauru jogam no sábado. Bauru entra em quadra mais cedo, às 17 horas, quando enfrentará o Brasília no Distrito Federal. O Minas receberá a Liga Sorocabana em Belo Horizonte. A partida está marcada para às 18 horas.


Apesar da derrota, Mark Borders foi bem pelo lado do Minas. O americano anotou 16 pontos e foi o cestinha da equipe de BH.
(Foto: Alexandre Guzanshe / Diários Associados)

Quando a bola subiu...

O técnico Raul Togni, do Minas, apostando numa possível melhora em seu setor defensivo, escalou o ala/pivô Rodrigo como titular, formando um quinteto com Mark Borders, Cauê, Leandro e Cristiano Felício. Com isso, o argentino Chuzito Gonzalez começou na reserva. Gonzalez tinha antes da rodada a melhor média de pontos do Minas, mas sua eficiência na defesa é menor e seu índice de erros é grande. Para o jogo de hoje, Minas teria que privilegiar um sistema defensivo mais agressivo, tendo visto que do outro lado viriam Larry Taylor e Jeff (3º e 4º mais eficientes do NBB, antes da rodada).

A nova tática de Raul não deu certo no início de partida. Jeff, pivô de Bauru, jogava com extrema liberdade e era "o dono" do garrafão. Com cinco minutos de jogo, Raul colocou Gonzalez em quadra. O time do Minas melhorou bastante, à princípio, mas passou a errar bastante ofensivamente com o decorrer do jogo. A defesa seguiu marcando passivamente e Bauru se mostrava uma equipe mais equilibrada. Os paulistas venceram o primeiro quarto por 23 a 15.

No segundo quarto, Minas voltou forçando muitos arremessos. Conseguiu ter êxito em alguns lances de três pontos, com Mark, Leandro e Rodrigo. A equipe mineira melhorou substancialmente seu setor defensivo e, aos poucos, foi tentando (e conseguindo) diminuir a vantagem de Bauru. O técnico Jorge Guerra, o Guerrinha, preocupado com o crescimento de seu adversário, pediu dois tempos ao longo da parcial. Bauru equilibrou novamente as coisas e foi para o intervalo com 9 pontos de vantagem. 32x41. O segundo quarto, mais equilibrado, foi vencido por Bauru por 18 a 17.

Na volta do intervalo, o índice de erros das duas equipes era algo impressionante. Com quase quatro minutos disputados no terceiro quarto, o Minas só havia convertido uma cesta com Mark Borders da linha de três pontos e, por sua vez, o Bauru havia errado todos os arremessos. Foi aí que a equipe paulista investiu na individualidade. Douglas Nunes colocou a bola embaixo do braço e foi o melhor do terceiro quarto, com nove pontos. Apesar de apresentar marcação um pouco mais forte, o time do Minas cometia vacilos. Bauru abriu vantagem de 16 pontos ao final do quarto vencido por ele por 18 a 11.

Com 16 pontos de vantagem para retirar (43x59) e sem muita coisa a perder, o Minas foi com tudo para o quarto decisivo. A equipe da casa abriu 5x0 na parcial com menos de 50 segundos. Bauru sentiu o jogo. Minas conseguiu abrir 18x7 no quarto decisivo, se mantendo por cinco pontos atrás da equipe paulista. O argentino González empatou o jogo para o Minas a três minutos do fim, naquele tipo de jogada em que o atleta "se consagra". Primeiro ele conseguiu uma bela infiltração e sofreu a falta, convertendo os dois lances livres. No lance seguinte, ele esperou a defesa se formar e, quando todos esperavam o passe, o armador arremessou e converteu uma cesta de três pontos. Mas, como já é comum na equipe mineira, o desequilíbrio voltou à tona. Bauru voltou ao jogo em desatenções da equipe mineira e com Larry Taylor inspirado, conseguiu interromper a reação do Minas. Apesar de ter vencido o quarto por 27 a 19, Minas perdeu para Bauru: 70x78.

Ficha do Jogo:

Minas Tênis Clube 70x78 Itabom/Bauru
1º tempo: 32x41 (15x23 e 17x18)
2º tempo: 38x37 (11x18 e 27x19)

MINAS:
Começaram: 4-Mark Borders
(16 pontos), 17-Cauê (13), 11-Leandro (10), 15-Cristiano (7) e 23-Rodrigo (2). 
Entraram: 7-Bruno (não pontuou), 8-González (14), 9-Otávio (5), 10-Jordan (1), 55-Guilherme (2) e 18-Tobias(não pontuou)
Técnico: Raul Togni. 

BAURU: 
Começaram: 4-Larry (13 pontos), 11-Pilar (7), 13-Douglas Nunes (12), 14-Fischer (12) e 42-Jeff (17). Entraram: 5-Thyago Aleo (2), 6-Gaúcho, 9-Gui (12), 21-Alex e 31-Andrezão (3). 
Técnico: Jorge Guerra (Guerrinha). 

Local: Arena JK, em Belo Horizonte(MG)
Público: 293 torcedores

Cestinhas: Jeff Agba (Bauru) - 17 pontos
Mark Borders (Minas) - 16 pontos

Arbitragem: Marcos Benito (SP), Joaquim Feitosa (DF) e Márcio Ruziska (PR)

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