domingo, 6 de novembro de 2011

Fúlvio tentou impedir, mas deu Pinheiros no segundo jogo da final do Paulista de Basquete

De Belo Horizonte.

Em partida realizada no Ginásio do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, a equipe da casa venceu o São José por 93 a 86, no segundo jogo da série de cinco da final do Campeonato Paulista de Basquete. Com a vitória, Pinheiros abre 2 a 0 na série e está a uma vitória do título (Ontem, Pinheiros também bateu o São José jogando em casa).

As duas equipes fizeram uma grande partida e quem teve a oportunidade de acompanhá-la se empolgou com as viradas e grandes lances ao longo do jogão. Pinheiros aproveitou bem o mando de campo e venceu as duas primeiras partidas da série e jogou a responsabilidade toda para São José, que terá que vencer todas as partidas restantes da final do Paulista se quiser ser campeão, impedindo que a equipe da capital paulista conquiste o título pela primeira vez em sua história.

Fúlvio, de São José, foi o cestinha do jogo, marcando 36 vezes e distribuindo 6 assistências. Sem dúvida alguma, ele foi o destaque absoluto do grande jogo de hoje, mas Shamell também merece uma menção. O americano da equipe de Pinheiros decidiu a partida, entrando no jogo na hora certa e ajudando Pinheiros a conquistar mais uma importante vitória. Destaco também o fator coletivo da equipe da capital, que prevaleceu sobre a individualidade da equipe do Vale do Paraíba.



Se Pinheiros vencer na terça, se sagrará campeão do Paulista pela primeira vez na história.
(Foto: Luiz Pires / Divulgação)


Pinheiros começou muito bem no jogo. São José marcava mal e o técnico Régis Marrelli se mostrou preocupado com isso. Além disso, a equipe do interior paulista se mostrava muito dependente das jogadas de Murilo Becker. Pinheiros era melhor tanto individualmente quanto coletivamente. Outro fator de destaque eram os rebotes, em maioria da equipe da capital paulista. Ao fim do primeiro quarto, Pinheiros se manteve à frente por 10 pontos: 24 a 14.

No segundo quarto, a equipe de Pinheiros voltou com a mão calibrada nas bolas de três pontos. Shamell, Figueroa e Olivinha aproveitaram a fraca marcação da equipe joseense, que preferia marcar em zona do que individualmente. Assim como no primeiro quarto, Marrelli parou o jogo, mas não alterou a marcação. A chuva de bolas de três prosseguiu e a vantagem de Pinheiros foi se expandindo. Só que a equipe de Pinheiros afrouxou sua marcação na reta final do primeiro tempo e ainda estourou seu limite de faltas coletivas. Mais confiante e melhor na marcação, São José cresceu no jogo, muito disso devido ao armador Fúlvio, que foi decisivo no quarto marcando 14 pontos. A vantagem de Pinheiros que chegou a ser de 19 pontos, terminou em 9, apenas. 51x42.

São José prosseguiu sua reação no início do segundo tempo. Murilo voltou marcando duas bolas de três pontos, e Matheus uma. Ambas as equipes apresentavam marcações muito frágeis, propiciando chutes de longa e média distância sempre com espaço para que isso acontecesse. Uma prova disso foi a enormidade de chutes de três pontos e de arremessos não forçados que caíam. Do apagão momentâneo da equipe de Pinheiros, se salvava o armador Figueroa, pontuando bastante no jogo, e essa aliás não é uma característica dele, assim como também não é a do armador de São José, Fúlvio, que realmente desequilibrava a partida, praticamente jogando sozinho. Em lances individuais de Fúlvio (duas bolas de três) e um chute de três sensacional de Matheus, o São José chegou a passar à frente de Pinheiros. O técnico Cláudio Mortari deu uma dura na equipe de Pinheiros, que estava totalmente desligada no jogo. O fator coletivo existente no primeiro tempo, passou a nulo no terceiro quarto. Apesar disso, o terceiro quarto ainda terminaria empatado em 69 pontos.

As equipes voltaram trabalhando melhor as jogadas no quarto final. Prova disso foi a ausência de pontos no primeiros dois minutos. Pinheiros voltou com uma defesa mais consistente e o ataque de São José marcando bobeira e cometendo faltas no setor. São José ainda tinha Fúlvio, ainda decidindo as coisas lá na frente. Ele pegava rebotes, marcou duas cestas de três pontos e chegou a colocar a equipe joseense à frente no placar. O problema é que só o camisa 11 jogava. Pinheiros seguiu no jogo com um trabalho forte no garrafão, tanto defensiva como ofensivamente. Todo o time de Pinheiros, especialmente americano Shamell, cresceu na reta final de partida e assegurou importante vitória, novamente em casa. 93 a 86, abrindo 2 a 0 na série de cinco jogos.

O terceiro jogo da série de cinco partidas acontecerá na próxima terça-feira, às 20h, em São José dos Campos, interior paulista, com cobertura do Boleiros da Arquibancada.


Ficha do Jogo:

Pinheiros 93x86 São José
1º tempo: Pinheiros 51x42 São José (24x14 e 27x28)
2º tempo: Pinheiros 42x44 São José (18x27 e 24x17)

PINHEIROS:
7-Figueroa
11-Marquinhos
16-Olivinha
21-Bruno Fiorotto
24-Shamell
Entraram: 8-Morro, 9-Paulinho, 12-Mineiro, 13-Renato
Técnico: Cláudio Mortari

SÃO JOSÉ:
4-Laws
6-Matheus
8-Dedé
11-Fúlvio
21-Murilo Becker
Entraram: 5-Ricardo Fischer, 20-Paulão, 7-Chico
Técnico: Régis Marrelli



Arbitragem: Sérgio Pacheco, Carlos Renato e Fábio Cover

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