De São Paulo.
No último jogo de 2011, a seleção brasileira encarou o Egito. A temporada deixou algumas marcas de como será o trabalho de Mano Menezes até a disputa da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, e nos trás grandes preocupações. O jogo final teve resultado favorável, mesmo sem os jogadores atuantes em time brasileiros.
Nos confrontos anteriores, a equipe conquistou vitórias apenas sobre seleções de nível fraco, como Gabão e Costa Rica, ou mediano, como o México. Entretanto, quando encarou times tradicionais não teve o mesmo aproveitamento no placar, obtendo derrotas para Alemanha, Argentina (com time completo) e França.
Atuando sem estrelas, o maior jogador da equipe era Hulk, destaque do Porto. O atacante caia por um lado do campo, enquanto Hernanes apoiava a criação pelo outro. Mano voltou ao 4-2-3-1 tão usado atualmente, com Bruno César completando o trio do meio para frente e Jonas de centroavante. Por sinal, boa atuação do camisa nove.
Em dois lances que teve, o atacante do Valencia aproveitou as chances e garantiu a vitória para a equipe. Na primeira jogada, Hulk teve todo o mérito do gol, quando invadiu a área pela direita, esperou Jonas se movimentar nafrente do gol e tocou para o nove apenas direcionar para as redes de pé esquerdo. O segundo foi aproveitando rebote do goleiro em cabeceio de Fernandinho.
Sem problemas na bola e com o piso da partida (bom gramado, por sinal), o Brasil venceu, mas segue fazendo apenas o essencial, demonstrando pouca vontade em campo. Diferente de times como Espanha e Vasco (com suas diferenças, obviamente), que não param de buscar mais gols. Contra o Aurora foi uma mostra deste jogo ofensivo do time brasileiro. Já a seleção espanhola faz isso a todo o momento, como o Barça, base da equipe.
Treinamento, foco e amistosos de alto nível, falta isto a seleção. Amistosos apenas ‘amistosos’ dentro de campo não levam a nada, é só vermos este jogo com o Egito. O que o time agregou com a partida? Apenas mais uma vitória para a sua história e dois gols no currículo de Jonas com a amarelinha. Se bem que Hernanes e Hulk demonstraram mais uma vez que merecem a vaga que conquistaram, mas nada proveitoso no coletivo.
Partidas contra seleções com maior entrosamento mesmo não tendo maior habilidade servem para a seleção aprender a jogar em grupo. Entrosar um time não é somente jogar junto, é conseguir fazer com que cada jogador saiba até onde vai o seu limite e o de seu companheiro, ficando assim mais fácil de criar jogadas eficientes e forçar outras equipes a se empenharem o máximo quando nos enfrentarem.
Mano está deixando a desejar, não só por sua culpa. A CBF contribui para o pequeno aproveitamento dos amistosos da equipe amarela. Como formar um time eficiente sem poder contar com todas as peças quando se pode jogar? Fica complicado, mas mesmo assim o treinador chamou e insistiu em nomes questionáveis e que não rendem, Jadson é prova disso.
Realmente 2014 é um sonho complicado. E para piorar, por hoje é um sonho impossível. Como disse o jornalista do Esporte Interativo Vitor Sérgio Rodrigues, “Mano termina o ano com cinco vitórias seguidas, cumpre o objetivo de tirar a pressão (garantir o emprego), mas mantém o cenário ruim para 2014”. Para o futuro ser promissor, o próximo ano da seleção brasileira precisa ser diferente deste que se encerra hoje. O problema é que mano insiste no erro. Após o jogo ele declarou: "O caminho é esse". É amigos, pelo jeito o vexame é logo ali...
Fotos: Mowa Press / Reuters / AP
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