segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Fim do Pré-Olímpico das Américas de Basquete! Argentina conquista vitória sensacional na final

De Belo Horizonte.

12/09/11 - Num espetáculo de jogo, cheio de alternâncias e emoção, a Argentina venceu o Brasil na finalíssima do Pré-Olímpico das Américas de Basquete por 80 a 75, em Mar del Plata, Argentina. Uma partida que demonstrou a incrível capacidade dessas duas gigantes seleções que tanto mereceram (e conquistaram!) as vagas olímpicas.

Parabéns aos campeões Carlos Delfino, Emanuel Ginóbili, Leonardo Gutiérrez, Hernán Jánsen, Juan Gutiérrez, Guilhermo Kammerichs, Dario Leiva, Andrés Nocioni, Fabrício Oberto, Pablo Prigioni, Alfredo Quinteros, Juan Sánchez e Luís Scola, cestinha da final com 32 pontos e MVP do torneio (confira a seleção abaixo). Parabéns à Júlio Lamas, técnico. Parabéns argentinos, que escreveram outro capítulo dourado na história dessa bela geração de atletas.
(Foto: AP)


E parabéns também aos craques brasileiros que, mesmo perdendo a final, não deixam apagar o brilho de uma conquista tão valiosa para o esporte no nosso país. Valeu à Marcelinho Huertas (armador da competição), Alex, Marquinhos, Guilherme Giovannoni, Tiago Splitter, Marcelinho Machado, Rafael Hettsheimeir, Benite, Rafael Luz, Augusto, Nezinho e Caio Torres. Valeu Rubén Magnano. Parabéns Brasil!
(Foto: AP)

A América chega forte para as Olimpíadas de 2012, em Londres.

Confira a seleção da competição em 2011:
Marcelinho Huertas (Brasil), Carlos Arroyo (Porto Rico), Emanuel Ginóbili (Argentina), Luís Scola (Argentina) e Alfredo Horford (República Dominicana). O MVP do torneio foi Luís Scola, com média de 21, 4 pontos por jogo e 6,3 rebotes em média.

O terceiro lugar da competição ficou para a equipe da República Dominicana, que venceu Porto Rico por 103 a 79.

Final melhor? Só se o Brasil vencesse.

As duas equipes já haviam se encontrado na competição. Na segunda fase, o Rafael Hettsheimer apareceu como um verdadeiro monstro em quadra, sendo fundamental na vitória do Brasil por apenas dois pontos de diferença.

O início do jogo deixou bem claro quem poderia ser o diferencial à favor da Argentina. Nos primeiros cinco minutos de partida, apenas Luís Scola pontuou para os anfitriões. Nesses primeiros minutos, a marcação brasileira não falhou tanto e Marquinhos brilhou, ofensivamente. Na segunda metade do quarto, os chutes brasileiros passaram a não cair mais, o Brasil não ganhava no garrafão e a Argentina passou a marcar mais forte, pegando rebotes e se dando bem nos contra-ataques, acertando lances de três pontos. Magnano foi obrigado a parar o jogo, mas não deu resultado. Os vacilos brasileiros na marcação e a ansiedade no ataque fizeram os argentinos terem vantagem de doze pontos ao fim do primeiro quarto, vencendo por longos 21 a 9.

O argentino Rubén Magnano, técnico da Seleção Brasileira, teve trabalho durante a partida.
(Foto: Reuters)

Puxão de orelha dado, o Brasil voltou mais atento para o segundo quarto. Fortaleceu a marcação e começou a atacar com mais qualidade. O Brasil vencia o quarto por 11 a 4, quando o técnico argentino Julio Lamas parou o jogo. E a Argentina voltou a jogar bem, disparando no placar novamente. Fator de desequilíbrio? Luís Scola. O principal destaque desta geração do basquete argentino voltou à quadra impecável no garrafão. Só no primeiro tempo, foram 18 pontos dele, mais da metade do total de pontos. 35 a 27 para a Argentina ao fim do primeiro tempo.

A Argentina voltou errando no início do segundo tempo. As falhas na marcação brasileira não apareciam mais e os hermanos se enervaram com a arbitragem e esse foi um dos motivos pelos quais Lamas parou o jogo novamente. A vantagem, que era de oito pontos, não existia mais. Uma defesa forte e um ataque certeiro fizeram o Brasil chegar à frente do placar em determinado momento do terceiro quarto, mas a Argentina terminou com vantagem de apenas dois pontos. 50 a 48.

Marcelinho Huertas, o melhor do Brasil na competição, foi um dos melhores na final, juntamente com Marquinhos, que foi o cestinha brasileiro com 17 pontos.
(Foto: AP)

O Brasil voltou arrasador à quadra, no mesmo ritmo do terceiro quarto. Abriu 8 a 0 no quarto. A Argentina só foi converter os dois primeiros pontos após mais de dois minutos e meio decorridos . E daí surgiram erros cruciais. O Brasil pecou em dois passes, cedendo dois contragolpes e colocou o adversário no jogo novamente. A Argentina foi no embalo do torcedor para retomar a frente do placar e não largar mais. O Brasil lutou, lutou e lutou mais um pouco. Mas também errou bastante. E a Argentina tinha Scola e Prigioni, que achou uma bola de três pontos no momento certo, abrindo sete pontos de vantagem.

Restou ao Brasil tentar parar o relógio cometendo faltas. A vantagem argentina foi sendo diminuída e os últimos segundos foram dramáticos. O Brasil apostou muito nos erros argentinos e por pouco não se deu bem. A Argentina tinha três pontos de vantagem e a última posse de bola, faltando cinco segundos para o fim do jogo, era brasileira. O passe foi muito forte para Alex e o título ficou impossível. De forma sensacional, a Argentina tornou-se a campeã do Pré-Olímpico das Américas de Basquete em 2011. Um prêmio merecidíssimo para essa geração de gigantes argentinos. Luís Scola, um gigante em quadra, pontuou por 32 vezes.

Como marcar Luís Scola? Tiago Splitter também não soube responder. 32 pontos para o monstrou argentino.
(Foto: AP)

Toda a nação brasileira está orgulhosa em poder ver uma equipe tão forte, aguerrida, de qualidade. Foi emocionante poder acompanhar essa equipe brasileira, comandada por um baixinho gigante argentino, chamado Rubén Magnano.

Grite, brasileiro: "Estamos de volta!". Fica um até breve. Até Londres. Até 2012.

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