De Belo Horizonte.
Num jogo de muita marcação no início e velocidade ao fim do jogo, Grêmio e Atlético Mineiro empataram em 2 a 2, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Mais uma vez, o Atlético saiu atrás do placar e demonstrou gigante poder de reação para buscar o resultado.
O Grêmio esteve à frente do placar por duas oportunidades, mas sofreu com a dupla reação do Atlético, que jogou melhor e teve muitas chances de vencer o jogo. Vezes salvas pelo brilhantismo da defesa gremista, vezes perdidas por falta de capricho.
André: Única novidade do Galo na partida. (Foto: AE)
O Galo vinha a campo apenas com uma mudança se observarmos a equipe que venceu o Palmeiras, no sábado. André entrou na vaga de Jonatas Obina. Já o Grêmio também vinha com mudança. Mas fora das quatro linhas. O novo diretor-executivo, Paulo Palaipe, chegou tentando dar uma injeção de ânimo em seu torcedor e, consequentemente, em sua equipe. E isso não se refletiu no número de torcedores presentes ao Olímpico, que contou com cerca de 9 mil torcedores colorindo de preto, azul e branco as arquibancadas do estádio situado na fria Porto Alegre.
O Grêmio marcava sob pressão com dois de seus três volantes avançando quando tinham o domínio da bola. Já o Atlético começou levando perigo em jogadas aéreas. À altura dos 10 minutos, o Galo avançou suas linhas de marcação e finalizava mais de fora da área. Sem muito perigo, Richarlyson tentou por duas vezes.
Aos 17, o lance de maior perigo do jogo, até então. Eron lançou Patric de forma sensacional. O lateral-direito apareceu com muita liberdade, penetrou a área, driblou o goleiro Victor e finalizou. Tudo certo. Mas Rafael Marques estava em cima da linha, fazendo a cobertura e salvando o Grêmio.
Três minutos depois, Magno Alves recebeu o passe em profundidade e finalizou. Victor salvou o Grêmio. Pleno domínio alvinegro na partida.
As duas equipes priorizavam o toque de bola e a saída em velocidade. O jogo tinha poucas faltas.
O setor defensivo do Atlético esteve muito bem na primeira etapa. Solidez, antecipação e boa saída. Faltava apenas um pouco mais de capricho para marcar o primeiro gol e abrir o placar.
Incrível chance perdida por Patric. (Foto: Roberto Vinícius / Futura Press)
Para a segunda etapa, o técnico Julinho Camargo queria um Grêmio mais veloz e ofensivo. O treinador gaúcho colocou o garoto Leandro na vaga do volante Adílson. Jogo aberto e Grêmio pra cima do Atlético no início da segunda etapa. O Grêmio voltou muito mais agressivo e Leandro entrou incendiando o jogo.
A primeira boa oportunidade do segundo tempo foi do Grêmio. Leandro pegou a sobra com liberdade e cruzou na cabeça de Vílson que cabeceou, mas não com a força desejada. Giovanni defendeu.
Leandro marcou seu gol aos 5 minutos. Recebeu o passe de Rochemback e finalizou cruzado. Golaço. Grêmio à frente. 1 a 0.
Mas o Atlético, que já havia demonstrado forte e rápido poder de reação na partida contra o Palmeiras, repetiu a dose no duelo de hoje. No mesmo minuto, André recebeu a bola e soltou a bomba, no ângulo. O Atlético empatou o jogo também aos 5 minutos do segundo tempo. 1 a 1.
Aos 20 minutos, Leandro deu um soco no rosto de Eron, numa disputa de bola. O lateral-esquerdo alvinegro foi atendido no gramado, sangrando bastante. Ele sofreu uma hemorragia e fratura no nariz e a ambulância entrou em campo para obter um atendimento com maior cuidado. Leandro sequer amarelo levou. A partida ficou parada por 5 minutos. O meia Giovanni Augusto entrou para o lugar do lesionado Eron.
Julinho Camargo também mudou. E colocou mais um jogador veloz. Diego Clementino substituiu a André Lima. Os gaúchos também mudaram seu armador: Marquinhos veio a campo para o lugar de Escudero.
Aos 33 minutos, Rochemback deu belo passe para Mário Fernandes que entrou na área e caiu. O árbitro Guilherme Cereta foi na onda do lateral gremista e marcou a penalidade. Rochemback foi para a cobrança e marcou. Canto direito, rasteiro, sem chances para Giovanni. Grêmio de novo em vantagem. 2 a 1.
E o Atlético quase empatou nos dois lances seguintes, a exemplo do que acontecera no primeiro gol. Dessa vez, Neto Berola foi lançado, driblou o goleiro Victor e Lúcio salvou a finalização em cima da linha. Após a cobrança do escanteio, Lima cabeceou firme e Victor voou para defender espetacularmente.
Mas a pressão era tão grande que o Grêmio não a suportou. O Galo teve escanteio pela esquerda e Leonardo Silva nem precisou subir para soltar uma verdadeira pancada de cabeça. Léo empatou em um dos últimos suspiros no jogo. 2 a 2.
A exemplo do que sempre acontece, o Atlético se acomodou com o empate e não partiu pra cima mais. Ao fim da partida, o sentimento de frustração e o sentimento de poder ter feito um pouco a mais do que foi feito predominou entre as duas equipes.
FICHA DO JOGO | |||
GRÊMIO (2) | (2) ATLÉTICO-MG | ||
1 | Victor | 1 | Giovanni |
13 | Mário Fernandes | 4 | Leonardo Silva |
14 | Vílson | 6 | Lima |
4 | Rafael Marques | 22 | Werley |
11 | Lúcio | 2 | Patric |
3 | Gilberto Silva | 20 | Richarlyson |
5 | Fábio Rochemback | 7 | Serginho (21-Toró) |
8 | Adílson (21-Leandro) | 38 | Caio |
24 | Escudero (19-Marquinhos) | 39 | Eron (28-Giovanni Augusto) |
18 | Miralles | 11 | Magno Alves (40-Neto Berola) |
99 | André Lima (16-Diego Clementino) | 90 | André |
Técnico: Julinho Camargo | Técnico: Dorival Júnior | ||
Estádio: Olímpico, em Porto Alegre. Público Pagante: 9.022 Renda: R$ 133.236,00 | |||
Horário: 19h30 (Horário de Brasília) | |||
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima, de São Paulo. Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior, de São Paulo. Anderson José de Moraes Coelho, de São Paulo. |
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