De Belo Horizonte.
América e São Paulo fizeram um jogo de momentos diferentes na Arena do Jacaré. O primeiro tempo, de amplo domínio do América, terminou em 0 a 0. O segundo tempo, favorável ao São Paulo, terminou em 1 a 1, com ambos os gols marcados "na bacia das almas". Aos 41 e aos 42 minutos do segundo tempo. Com o resultado, o São Paulo se mantém em 3º, com 33 pontos. O América, segue na lanterna, com 12.
Equipes perfiladas para o hino nacional. Na imagem, percebe-se o quão ruim foi o público ruim para América e São Paulo, em Sete Lagoas.
(Foto: Jorge Gontijo / DM / D. A. Press)
As duas equipes duelaram numa Arena do Jacaré com público muito ruim, brigando por objetivos diferentes. O Tricolor se viu obrigado a vencer para não se distanciar do Corinthians, que venceu o Atlético Mineiro por 3 a 2. Sem falar na possibilidade de o Flamengo também vencer seu jogo, no mesmo horário de Coelho e Tricolor. O América necessitava muito de uma vitória, para passar o Avaí, que perdeu para o Vasco, e encostar no Atlético.
E o São Paulo já começou assustando. Aos 3 minutos, Rivaldo já mandou uma bola na trave, após jogada construída por Cícero e o corta-luz de Lucas. O América também oferecia perigo nas decidas velozes, nos contra-ataques e lançamentos.
Chances claras de gol, não apareciam. As equipes tocavam muito a bola e a marcação era forte.
O América não tinha nada a perder e veio pra cima. Um verdadeiro sufoco passado pelo São Paulo aos 34 minutos. Marcos Rocha levou a bola à linha de fundo e cruzou para Alessandro, que entraria com bola e tudo, não fosse o desvio providencial de Cícero. No escanteio, Amaral cobrou na cabeça de Micão, que testou com muita força e viu Rogério Ceni operar um verdadeiro milagre. No rebote, Rodriguinho soltou a bomba e a bola passou por cima do gol.
O primeiro tempo sem muitas alternativas dos paulistas, poderia ter terminado com melhor sorte ao América, que chegou mais vezes, sobretudo quando investiu na bola aérea. Está certo que o São Paulo mandou uma bola na trave, mas o Coelhão finalizou nove vezes na primeira etapa.
Rivaldo é perseguido por Willian Rocha.
(Foto: Leonardo Simonini / Globoesporte)
Para a segunda etapa, Givanildo e Adílson resolveram manter os mesmos jogadores que terminaram o primeiro tempo. O jogo recomeçou movimentado. São Paulo chegou primeiro, num chute de Lucas, à esquerda. O América continuou oferecendo perigo nas jogadas aéreas.
E Lucas voltou ligado. Neneca também. O goleiro americano falhou no primeiro lance e soltou nos pés de Rivaldo, que rolou para Lucas soltar a bomba. Neneca saltou e defendeu. Daí pra frente, foi o São Paulo que montou a blitz. E usou da arma americana para tentar marcar. Por duas oportunidades antes dos 10 minutos, o Tricolor assustou em jogadas de bolas aéreas.
O São Paulo era amplamente melhor nesse segundo tempo. Fernandinho entrou para botar fogo no jogo. Mas entrou no lugar de Dagoberto. O torcedor paulista vaiou e chamou Adílson de "burro" por um momento. Isso até o camisa 12 do São Paulo começar a infernizar a defesa do América, quando começaram a ovacioná-lo. Adílson também colocou Marlos em campo, sacando Rivaldo. Mas quem o torcedor queria e entoava seu nome durante todo o segundo tempo, era Cañete.
Virou jogo de uma equipe apenas. Só deu São Paulo na segunda etapa. Na altura dos 30 minutos, Cícero e Fernandinho perderam chances incríveis, dentro da área. Os dois brigaram com a bola e perderam oportunidades claríssimas de gol. Faltava capricho ao Tricolor.
E num lance em que claramente faltou capricho e técnica de Fernandinho, o São Paulo fez o gol que poderia definir a partida. Aos 41 minutos, Marlos deixou Fernandinho dentro da pequena área. Ele se atrapalhou com a bola e isso fez com que Neneca fosse encoberto. A zaga do América salvou em cima da linha mas a bola sobrou para Marlos, que aproveitou a queda de Neneca para marcar o gol que abriu o placar.
Mas para quem achou que o jogo estaria definido, se enganou. Kempes empatou o jogo, num golaço de bicicleta, um minuto depois. Num gol parecidíssimo com os vistos no futebol inglês, Marcos Rocha cobrou o lateral da direita, a zaga paulista desviou e Kempes emendou de bicicleta. Belo gol. 1 a 1.
FICHA DO JOGO | |||
América (1) | (1) São Paulo | ||
| 1 | Neneca | 1 | Rogério Ceni |
| 3 | Micão | 23 | Ivan Piris |
| 4 | Gabriel | 4 | Rodolpho |
| 6 | Willian Rocha | 13 | Xandão |
| 2 | Marcos Rocha | 6 | Juan |
| 5 | Dudu | 5 | Wellington |
| 8 | Amaral | 20 | Carlinhos Paraíba |
| 10 | Rodriguinho (16-Netinho) | 16 | Cícero |
| 11 | Gilson | 10 | Rivaldo (11-Marlos) |
| 7 | Léo (18-Kempes) | 7 | Lucas |
| 9 | Alessandro (17-Fábio Júnior) | 25 | Dagoberto (12-Fernandinho) |
| Técnico: Givanildo Oliveira | Técnico: Adílson Batista | ||
| Estádio: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, Minas Gerais.
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| Horário: 21h | |||
| Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (FIFA-RS) Auxiliares: Carlos Berkenbrock (FIFA-SC) e Tatiana de Freitas (RS) | |||
| Cartões Amarelos: Dudu, Amaral (América); Juan, Lucas (São Paulo) | |||
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