De Belo Horizonte.
Estreando pela Copa Sulamericana, Atlético e Botafogo jogaram em Ipatinga, Minas Gerais. Eficiente, o Botafogo venceu por 2 a 1, aproveitando as chances que teve. O Atlético prossegue na fase ruim, mesmo com a mudança de treinador.
Com esse resultado, o Botafogo pode até perder por 1 a 0, jogando no Rio de Janeiro. O Atlético precisa vencer por 2 gols de diferença para se classificar ou por 1 gol de diferença, se marcar por 3 ou mais vezes.
Foto: Sérgio Roberto/Futura Press
O Botafogo foi à campo poupando três de seus titulares. O lateral Cortês, o volante Renato e o meia Elkesson foram poupados pelo técnico Caio Júnior.
Na estreia do técnico Cuca, o Atlético entrou com algumas mudanças em relação à equipe que vinha sendo escalada pelo antigo treinador, Dorival Júnior. Réver retornou à zaga e Guilherme Santos À lateral-esquerda. Além deles, Toró entrou para cumprir o papel de marcação do meio-campo, desfazendo assim o esquema de 3-5-2 que vinha sendo utilizado e retornando ao 4-4-2.
Apesar das mudanças na composição da equipe, o problema de qualidade não se resolveu no Atlético. A equipe girava a bola na intermediária, os laterais avançavam para os cruzamentos, mas nenhum pé salvador aparecia para empurrar para as redes.
O Galo errou um passe com Patric em uma saída de bola. Maicosuel segurou a bola, esperou a passagem de Márcio Azevedo que cruzou para a área. A zaga não conseguiu cortar e Herrera finalizou. Giovanni nem se mexeu. Botafogo 1 a 0, com 6 minutos de bola rolando.
Mesmo após o gol, o jogo segui da mesma maneira. Só o Atlético tinha a bola nos pés. Mas a tinha em vão. Já o Botafogo raramente passava do meio-campo tocando a bola.
Como as coisas não se modificavam em campo e o Atlético só atacava por um setor: o direito. E por lá, como nos últimos jogos, Patric esteve muito mal. Aos 26 minutos, Cuca resolveu retirá-lo de campo. Serginho passou a jogar pela lateral e Wesley entrou no meio-campo, para dar velocidade e dividir a responsabilidade na armação de jogadas com Caio. O Atlético começou a finalizar com maior perigo. Aos 27 minutos, com André e aos 35, com Richarlyson, após cobrança ensaiada de falta.
O Atlético tinha o domínio do jogo, mas o contragolpe do Botafogo estava muito bem armado. Bastou André prender demais a bola no ataque para a a zaga carioca recuperar e sair em velocidade. Marcelo Mattos colocou Maicosuel para correr e o camisa 7 deixou Réver na saudade, batendo no canto esquerdo baixo do gol defendido por Giovanni. O Botafogo marcou o segundo aos 38 minutos. Um banho de água fria no torcedor que apoiava o time até então. O que se passou a ouvir das arquibancadas eram os cânticos como "time sem-vergonha".
Mas o time mineiro seguiu pressionando e marcou um gol importante. O cruzamento da direita foi completado para o gol num carrinho de Richarlyson. A bola subiu e pegou na trave, antes de entrar caprichosamente. Um lance de sorte, um minuto depois de André também mandar a bola na trave, mas com a bola saindo depois. Atlético 1x2 Botafogo.
O número de finalizações da primeira etapa demonstrou bem o que era o jogo até então: Dez do Atlético e duas do Botafogo. Justamente as finalizações dos gols.
Foto: Pedro Vilela / Esp. EM /D.A. Press
No segundo tempo, as primeiras chances de perigo foram do Atlético. A maior delas, num belo contragolpe puxado pelo setor direito. André recebeu o passe completamente sozinho na área, mas Jefferson evitou o gol de empate do Galo, aos 10 minutos.
O técnico Cuca fez duas mudanças na primeira parte da etapa. Neto Berola entrou para fazer as jogadas em velocidade pelo setor direito e Mancini entrou para fazer o mesmo pelo lado esquerdo. Saíram Magno Alves e Guilherme Santos, passando Richarlyson para a lateral-esquerda.
No primeiro lance perigoso de Mancini, ele recebeu na esquerda, invadiu a área e chutou. Lá estava Jefferson para evitar novamente o gol.
O Galo se lançou ao ataque, de forma totalmente desordenada e sem sucesso. As chances se encerraram quando Toró foi expulso aos 40 minutos, ao matar o contragolpe do Botafogo e receber o segundo cartão amarelo. A inferioridade numérica do Atlético complicaria ainda mais as coisas.
O Atlético ainda perdeu uma preciosa chance com Caio, aos 45 minutos.
A vitória do Botafogo demonstrou o sucesso da estratégia de Caio Júnior, que trouxe uma proposta de jogar com eficiência e conseguiu. A derrota do Atlético mostra que uma mudança radical tem logo que ser feita. A equipe que jogou hoje não tem as mínimas condições de fazer uma campanha apresentável no Campeonato Brasileiro.
FICHA DO JOGO | |||
Copa Sul-Americana | |||
Atlético Mineiro (1) | (2) Botafogo | ||
1 | Giovanni | 1 | Jefferson |
2 | Patric (15-Wesley) | 2 | Alessandro |
5 | Réver | 3 | Antônio Carlos |
4 | Leonardo Silva | 4 | Fábio Ferreira |
3 | Guilherme Santos (14-Mancini) | 6 | Márcio Azevedo (16-Léo) |
20 | Richarlyson | 5 | Marcelo Mattos |
21 | Toró | 11 | Lucas Zen |
7 | Serginho | 7 | Maicosuel (18-Alexandre Oliveira) |
16 | Caio | 10 | Felipe Menezes |
11 | Magno Alves (17-Neto Berola) | 17 | Herrera (20-Alex) |
19 | André | 13 | Abreu |
Técnico: Cuca | Técnico: Caio Júnior | ||
Estádio: João Lamego Neto, “Ipatingão”, em Ipatinga, Minas Gerais. Público Pagante: 9.583 Renda: R$43.270,00 | |||
Horário: 21h50 | |||
Árbitro: Paulo César de Oliveira (FIFA-SP) Auxiliares: Roberto Braatz (FIFA-PR) e Carlos Berkenbrock (FIFA-SC) | |||
Cartões Amarelos: Toró (Atlético); Lucas Zen (Botafogo). Cartões Vermelhos: Toró (Atlético). |
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