sábado, 23 de julho de 2011

Peru garante 3º lugar com goleada

de Belo Horizonte.


O Peru encontrou certa resistência no início do jogo, mas com o passar do tempo foi conquistando a superioridade e mostrou que a Venezuela ainda tem muito o que aprender. Ao fim do jogo, a Seleção Vinotinto deixou o Peru á vontade para golear e garantir de vez o 3º lugar.

A decisão do terceiro lugar desta Copa América não era como um terceiro lugar qualquer, onde as equipes jogam apenas pra cumprirem um regulamento.


Peru e Venezuela tinham boas justificativas e motivações para lutarem dentro de campo em busca da honrosa terceira colocação. A seleção peruana, tradicional por ser uma das que mais incomodam os grandes favoritos, não chegava a uma semifinal desde 1997. A Vinotinto faz até então, sua melhor exibição em todas as edições, com uma vitória e quatro empates, já que em toda a história a Seleção havia conseguido vencer apenas uma vez no torneio.

Foto: EFE
Nos minutos iniciais o Peru tomou a iniciativa do jogo e tentava abafar a Venezuela pro campo de defesa, mas a primeira oportunidade na partida foi criada justamente por isso. Uma bobeada da seleção peruana resultou no contragolpe rápido da Venezuela com Maldonado arrematando por cima da meta de Fernandez. A partir de então, esperava-se um jogo mais aberto. Mas não aconteceu. As equipes ficaram se estudando e esperando o momento certo de atacar. Na primeira metade da partida as melhores oportunidades foram em bola parada. As defesas encontravam dificuldades em jogadas aéreas.
Com a posse de bola equilibrada, a Venezuela tentava chegar com troca de passes e um meio campo se aproximando bem ao ataque, diferentemente do adversário que deixava Guerreiro, seu centroavante, mais isolado. Porém, aos vinte e seis o Peru chegou com Chiroque obrigando Vega a mandar para escanteio. A Venezuela continuava superior, tanto que, criou duas boas oportunidades de abrir o placar e chegou a balançar as redes, mas em situação de impedimento. Aos trinta e três, em lance lega, Fedor arriscou chute e Fernandes teve de aparecer mandando para córner.

O primeiro tempo parecia se encaminhar pra um zero a zero quando, aos 41 minutos, Chiroque recebe após roubada de bola, tem Guerreiro à sua direita e três marcadores à sua frente. O atacante passa pra Guerreiro que leva a marcação dos três que, ingênuos, deixam Chiroque livre no segundo pau para receber o chute cruzado de Guerreiro e empurrar com tranquilidade pro fundo do gol.
Todos os gols saíram em falhas grotescas da defesa Venezuelana
A segunda etapa começou quente. As duas equipes oferecendo perigo nos contra-ataques, mas nenhuma queria se expor totalmente. Uma esperava o erro da outra para tentar algo. Com o passar do tempo a Venezuela resolveu atacar, já que estava atrás no placar, mas o Peru marcava muito bem e não dava brechas. Além de precisar marcar gols, a seleção Vinotinto teve que encarar outro problema a partir dos 13 minutos, quando o volante Rincón foi expulso após carrinho em Lobatón.

Cinco minutos após ficar com um homem a menos, a Venezela levou o segundo gol. Com a defesa desarrumanda, Guerreiro passa para Chiroque que, ao inverso do primeiro gol, este levou a marcação e deixou Guerreiro livre pra receber e com tranquilidade, sem ninguém a marcá-lo mandar pro fundo da rede. Precisando agora marcar pelo menos dois gols, a Venezuela foi pra cima, mesmo que expondo sua defesa. O Peru, porém não deu oportunidades pros venezuelanos finalizarem e Fernandez sequer foi testado. Era uma pressão apenas territorial.
O cara do jogo: Guerreiro - Foto: Terra

Quando finalmente conseguiu uma oportunidade clara, a Venezuela marcou. Aos 32, Arango que entrara durante o segundo tempo no lugar de González recebe excelente passe de Orozco. O venezuelano domina e bate sem chances para Fernandez. Quatro minutos depois veio a oportunidade do empate. Após falta cobrada na intermediária, Cichero ficou cara a cara com o arqueiro peruano, mas no susto, pegou de primeira e mandou pela linha de fundo.

A partida encaminhava-se para minutos finais de tensão, mas o Peru deu jeito nisso e não queria sofrimento. Aos quarenta e quatro Guerreiro, o homem do jogo, pegou um chutão de sua defesa já na entrada da área, deu uma meia lua em Vizcarrondo e bateu cruzado para marcar o gol que selaria o terceiro lugar. Este gol selaria, pois veio outro. A Venezuela já estava com os nervos à flor da pele e os jogadores mal sabiam o que fazer com a bola, quando o apareceu Guerreiro novamente. Com a defesa aberta, como nos outros três gols, o centroavante nem teve muito trabalho. Só esperou a definição de Vega pra botar no canto direito. Goleada em La Plata!

Com a vitória o Peru conquistou a terceira posição no maior torneio continental entre seleções pela 6ª vez na sua história. E tem, até então, o artilheiro da competição. Guerreiro marcou 5 gols em 6 partidas.

Ficha do Jogo:

Peru: Fernández Valverde; Renzo Revoredo, Ramos, Rodríguez e Aldo Corzo; Yotún, Balbín, Lobatón (Guevara) e Cruzado; Chiroque e Paolo Guerrero. Técnico: Sérgio Markarián

Venezuela: Vega; Rosales, Rey, Vizcarrondo e Cíchero; Tomás Rincón, Luis Seijas (Lucena), Orozco e González (Juan Arango); Maldonado e Nicólas Fedor (Rondón. Técnico: César Farias

Local: estádio Único, La Plata

Árbtiro: Wilmar Roldán

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