Confira a entrevista completa:
Edu Carmo – Qual sua faculdade de formação? Há quantos anos trabalha na profissão?
Mauro Cezar – Facha, no Rio de Janeiro (o que é pouco relevante, faculdade não forma ninguém jornalista. No Brasil, os professores são, em sua maioria, fracos ou conhecem pouco o mercado, o trabalho na prática, alguns escapam). Trabalho no jornalismo desde 1983, me formei em 1986.
Edu Carmo - Como surgiu a paixão pelo Jornalismo e quando optou pela área esportiva?
Mauro Cezar – Aos 9, 10 anos, fazia uma revista e um jornal com papel de caderno, caneta, tesoura, cola e revistas e jornais para recortar. Neles, “publicava” minhas “matérias” com a cobertura dos campeonatos de futebol de botão que jogava. Evidentemente narrava e comentava os jogos. E dizia que seria jornalista. Na profissão, percebi que não seria apenas jornalista esportivo, mas sim jornalista, independentemente da área de atuação, tanto que trabalhei em muita coisa diferente nesses quase 28 anos.
Edu Carmo – Qual a maior dificuldade enfrentada em sua carreira?
Mauro Cezar – O começo, quando você não conhece ninguém na profissão e não tem experiência. Dado o primeiro passo, os demais vieram naturalmente.
Edu Carmo – Cite um evento esportivo que você participou e que mais te marcou?
Mauro Cezar – Falar na Copa do Mundo seria óbvio. Sendo muito sincero, curto demais o que faço, não consigo apontar um evento único.
Edu Carmo - Além do futebol, quais esportes você acompanha com maior frequência?
Mauro Cezar – Automobilismo e basquete.
Edu Carmo - Qual o episódio mais inusitado ou engraçado que já passou em alguma transmissão?
Mauro Cezar – Não inusitado nem engraçado, mas assustador. Saímos da cabine às pressas após a eliminação do Coritiba na Copa do Brasil de 2009, em Curitiba, onde o time venceu o Internacional e saiu porque precisava de mais um gol (terminou 1 a 0, gol de Ariel). A torcida das numeradas, aliás, parte dela, começou a ofender os jornalistas das cabines, os que eram de outros Estados. Alguns elementos nos xingavam sem saber quem éramos nós, eu e o narrador Paulo Andrade. O Sportscenter daquela noite ficou sem a nossa participação pós-jogo, mas sobrevivemos.
Edu Carmo – O que acha do momento atual do Jornalismo no Brasil?
Mauro Cezar – Preocupante. Há, claro, ótimos profissionais e veículos sérios, mas tem muita gente preocupada apenas com o entretenimento e o jornalismo impresso precisa se reinventar, não dá mais para ler o jornal de segunda- feira com o resultado do clássico de domingo ou a nova taxa Selic quando a internet disponibiliza a mesma informação há várias horas. O jornal tem que ir adiante, projetar, antecipar, esse tem que ser o desafio.
Edu Carmo – Qual seu maior sonho profissional?
Mauro Cezar – Seguir trabalhando com lucidez por muito tempo e numa casa independente como a ESPN.
Edu Carmo – Espaço para uma mensagem à todos aqueles que estão em busca do sucesso no Jornalismo.
Mauro Cezar – Jornalista tem que ser jornalista, não apenas jornalista de uma área. Tem que gostar de ler, de escrever, procurar ser repórter dos bons no começo da carreira e jamais perder tal característica. Tem muito garoto querendo entrar na profissão para ser comentarista. Um equívoco. O cara tem que ser repórter e depois, dependendo do perfil, assumir outras posições e responsabilidades. Se for capaz de emitir boas opiniões, possivelmente um dia terá espaço para isso. Caso contrário, é querer começar pelo fim.
´´´casa independente como a ESPN ``, desde quando ser dependente dos europeus é ser independente ? Fraca entrevista, não perguntaram pra ele porque ele acha que só existe futebol na Argentina e na Europa, porque ele persegue os times paulistas e por que ele não aceita que discordem dele.
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