Náutico faz dois gols, mas no final cede empate ao Bragantino
Por Mike Torres,
do Recife
Na tarde deste sábado, no estádio Eládio de Barros Carvalho, o Náutico recebeu o outrora perigoso e hoje figurante Bragantino.
O título desta matéria remete ao fato ocorrido nos Aflitos. Os comandados de Waldemar Lemos pareciam ter ganho fõlego novo e fizeram a melhor partida do clube vermelho e branco neste Campeonato Brasileiro da Série B. Contudo, sabe aquela história de complicar o que parece fácil? Pode até ser meio clichê, mas foi o visto por pouco mais de 5 mil pagantes,
Ao começar a partida de forma avassaladora, o Timbu deu a entender que finalmente agradaria até a seus torcedores críticos mais ferrenhos, fazendo um gol logo após a bola rolar. Isto ia se ratificando ainda mais com o segundo gol dos pernambucanos no início da etapa complementar. Ledo engano. O Braga diminuiu e tornou o jogo complicado para a equipe de Rosa e Silva, o que virou um desastre quando, aos 45 do segundo tempo, "ao apagar das luzes", o time paulista, vice-lanterna da competição, faz mais um, decretando um resultado em ritmo de ebulição.
Vamos ao jogo em si:
Já ao começar, o Náutico mostra suas cartas. Assim que o árbitro deu o apito inicial, a defesa do Bragantino comete falta próxima à grande área. O bom lateral-esquerdo Airton se encarregou de efetuar a cobrança, cujo destino foi ser mal-interceptada pelo goleiro Gilvan, que deu sobra, e o jovem Rogério complementa para o fundo das redes.
Gol relâmpago nos Aflitos.
Quem achava que a partir daí os recifenses iriam emplacar um baita futebol envolvente, goleador e humilhante, quebrou a cara. Depois deste momento instaurou-se um jogo chato, morno, truncado, pelo menos até 30 minutos da primeira etapa, quando foi possível identificar faíscas na discussão os atletas de ambas as equipes. Resultado: amarelo para Kieza e George.
Antes de o juiz apitar o fim do primeiro período, os únicos lances louvavéis por ambos os lados foram um chute perigoso de Rogério e um cabeceio de Luís Mário, defendido por Glédson.
O começo do segundo tempo, entretanto, acordou a torcida. Assistência de Derley, finalização de Kieza. Bola rente ao gramado, sem chance para o goleiro, quase impedida por um zagueiro: 2 a 0. Novamente durante os minutos iniciais da etapa.
Após esse lance, começou o festival de passes errados e de, principalmente, gols perdidos. Nunca vi a velha máxima "quem não faz, leva", ter sido tão válida. Peter fez um favor não tão agradável à torcida alvirrubra: perdeu a bola ao cortar mal um cruzamento de Andrezinho, e a mesma sobrou para o atacante Juninho Quixadá, que não desperdiçou sua chance e balançou as redes. 2x1.
Por mais que tivesse ficado revoltada com a falta de atitude do time, a torcida julgava que aquele era um bom resultado, até que, quando a partida chegava a seus minutos finais, bobeira dos alvirrubros. Os defensores pernambucanos ficaram assistindo Bruno, que entrara no decorrer do jogo no lugar de Luis Mário, receber a bola de um lançamento de Léo Jaime, avançar pelo meio livremente, entrar na área e largar o pé, um petardo sem chances de defesa para o arqueiro Glédson.
Vaias e mais vaias após a partida ser encerrada. Críticas ao técnico e ao grupo, que fizeram o Náutico ocupar a amarga 13ª colocação. O próximo desafio dos pernambucanos é contra os conterrâneos do Salgueiro dia 14, no estádio Ademir Cunha, em Paulista, já que o Carcará está impossibilitado de jogar no Sertão.
O Bragantino receberá o Vila Nova-GO, também na terça-feira.
FICHA TÉCNICA
NÁUTICO: Gledson; Peter, Marlon,Ronaldo Alves e Airton; Everton (Helder); Elicarlos, Derley e Eduardo Ramos; Kieza (Alexandro) e Rogério (Daniel Caiçara).
Técnico: Waldemar Lemos
BRAGANTINO: Gilvan; Júnior Lopes, Carlinhos e Felipe (Léo Jaime); Andrezinho; Diego, Mineiro, Murilo Henrique e George (Felipe Moreira); Juninho Quixadá e Luís Mário (Bruno). Técnico: Marcelo Veiga
Local: Estádio dos Aflitos (Recife).
Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva (SE).
Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Edmo Oliveira Santos (SE).
Gols: Rogério e Kieza (N); Juninho Quixadá e Bruno (B).
0 comentários :
Postar um comentário