domingo, 12 de junho de 2011

Ilusão Alvirrubra

Náutico faz dois gols, mas no final cede empate ao Bragantino

Por Mike Torres,
do Recife

Na tarde deste sábado, no estádio Eládio de Barros Carvalho, o Náutico recebeu o outrora perigoso e hoje figurante Bragantino.

O título desta matéria remete ao fato ocorrido nos Aflitos. Os comandados de Waldemar Lemos pareciam ter ganho fõlego novo e fizeram a melhor partida do clube vermelho e branco neste Campeonato Brasileiro da Série B. Contudo, sabe aquela história de complicar o que parece fácil? Pode até ser meio clichê, mas foi o visto por pouco mais de 5 mil pagantes,

Ao começar a partida de forma avassaladora, o Timbu deu a entender que finalmente agradaria até a seus torcedores críticos mais ferrenhos, fazendo um gol logo após a bola rolar. Isto ia se ratificando ainda mais com o segundo gol dos pernambucanos no início da etapa complementar. Ledo engano. O Braga diminuiu e tornou o jogo complicado para a equipe de Rosa e Silva, o que virou um desastre quando, aos 45 do segundo tempo, "ao apagar das luzes", o time paulista, vice-lanterna da competição, faz mais um, decretando um resultado em ritmo de ebulição.

Vamos ao jogo em si:

Já ao começar, o Náutico mostra suas cartas. Assim que o árbitro deu o apito inicial, a defesa do Bragantino comete falta próxima à grande área. O bom lateral-esquerdo Airton se encarregou de efetuar a cobrança, cujo destino foi ser mal-interceptada pelo goleiro Gilvan, que deu sobra, e o jovem Rogério complementa para o fundo das redes.
Gol relâmpago nos Aflitos.

Quem achava que a partir daí os recifenses iriam emplacar um baita futebol envolvente, goleador e humilhante, quebrou a cara. Depois deste momento instaurou-se um jogo chato, morno, truncado, pelo menos até 30 minutos da primeira etapa, quando foi possível identificar faíscas na discussão os atletas de ambas as equipes. Resultado: amarelo para Kieza e George.

Antes de o juiz apitar o fim do primeiro período, os únicos lances louvavéis por ambos os lados foram um chute perigoso de Rogério e um cabeceio de Luís Mário, defendido por Glédson.

O começo do segundo tempo, entretanto, acordou a torcida. Assistência de Derley, finalização de Kieza. Bola rente ao gramado, sem chance para o goleiro, quase impedida por um zagueiro: 2 a 0. Novamente durante os minutos iniciais da etapa.

Após esse lance, começou o festival de passes errados e de, principalmente, gols perdidos. Nunca vi a velha máxima "quem não faz, leva", ter sido tão válida. Peter fez um favor não tão agradável à torcida alvirrubra: perdeu a bola ao cortar mal um cruzamento de Andrezinho, e a mesma sobrou para o atacante Juninho Quixadá, que não desperdiçou sua chance e balançou as redes. 2x1.

Por mais que tivesse ficado revoltada com a falta de atitude do time, a torcida julgava que aquele era um bom resultado, até que, quando a partida chegava a seus minutos finais, bobeira dos alvirrubros. Os defensores pernambucanos ficaram assistindo Bruno, que entrara no decorrer do jogo no lugar de Luis Mário, receber a bola de um lançamento de Léo Jaime, avançar pelo meio livremente, entrar na área e largar o pé, um petardo sem chances de defesa para o arqueiro Glédson.

Vaias e mais vaias após a partida ser encerrada. Críticas ao técnico e ao grupo, que fizeram o Náutico ocupar a amarga 13ª colocação. O próximo desafio dos pernambucanos é contra os conterrâneos do Salgueiro dia 14, no estádio Ademir Cunha, em Paulista, já que o Carcará está impossibilitado de jogar no Sertão.

O Bragantino receberá o Vila Nova-GO, também na terça-feira.

FICHA TÉCNICA

NÁUTICO: Gledson; Peter, Marlon,Ronaldo Alves e Airton; Everton (Helder); Elicarlos, Derley e Eduardo Ramos; Kieza (Alexandro) e Rogério (Daniel Caiçara).
Técnico: Waldemar Lemos

BRAGANTINO: Gilvan; Júnior Lopes, Carlinhos e Felipe (Léo Jaime); Andrezinho; Diego, Mineiro, Murilo Henrique e George (Felipe Moreira); Juninho Quixadá e Luís Mário (Bruno). Técnico: Marcelo Veiga

Local: Estádio dos Aflitos (Recife).
Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva (SE).
Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Edmo Oliveira Santos (SE).
Gols: Rogério e Kieza (N); Juninho Quixadá e Bruno (B).

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