Matheus de Oliveira,
de Belo Horizonte.
(29-06-2011) Keiton Lima dá de 'professor pardal', Brasil joga mal, mas Rosana faz golaço que garante vitória.
A Seleção começou marcando bem a saída de bola australiana e conseguia tomar algumas bolas em campo ofensivo, mas não prosseguia com as jogadas. O Brasil começou atuando num esquema bem diferente do que estava acostumado e isso atrapalhou as jogadoras em relação à marcação e mesmo em jogadas ofensivas.
As jogadoras conseguiram assimilar o que queria o técnico Kleiton Lima, mas não conseguiram colocar em prática. Pudera. Uma seleção que jogou num 3-4-3 a maior parte do tempo, tinha uma atacante, Érica, improvisada como uma das zagueiras. Rosana que sempre atuou de lateral-esquerda foi deslocada pro ataque na posição de centroavante. A saída de jogo não era bem feita pelas volantes Formiga e Ester e Cristiane saía de sua posição para buscar a bola.
As laterais foram adiantadas para o meio campo, mas apenas Maurini chegava à linha de fundo.
As principais jogadas ofensivas do Brasil saíram da ponta esquerda com descidas da jogadora que fez boa atuação nesta primeira etapa.
A primeira boa oportunidade brasileira foi num cruzamento de Marta, a bola sobrou para Rosana dentro da pequena área que chutou por cima aos oito minutos. O time australiano só chegou à meta brasileira aos vinte e dois num chute de Simon que obrigou Andreia fazer bela defesa. A Austrália era melhor e saía com consciência para o ataque. O time era formado por duas linhas de 4 e duas atacantes que quase não voltavam para marcar. Melhor na partida, mas sem conseguir criar chances claras de gol, a Austrália assustou-se novamente aos vinte e seis num chute de Rosana dentro da área, mas indo pra fora.
O Brasil mudou então a forma de jogar com Marta e Cristiana no ataque e Rosana fazendo o papel de ligar o meio com o ataque. Também não deu certo. Marta quase não apareceu por estar muito bem marcada e a seleção não evoluía.
No segundo tempo o Brasil começou melhor e em cima buscado o primeiro gol que veio aos nove minutos. Cristiane faz linda jogada na entrada da área dando dois balões e tocando de cabeça para Rosana dominar tirando da marcação e chutar no canto esquerdo de Barbiere.
A seleção australiana sentiu o golpe e não se acertava mais defensivamente, além de não conseguir criar jogadas. O Brasil permaneceu melhor até certo tempo, quando as adversárias se estabilizaram novamente.
Apesar de estar atrás no placar, a Austrália não atacava desorganizadamente e sabia que se fizesse isso correria um sério risco de tomar uma golada. A equipe se defendia ainda com 9 jogadoras atrás da linha da bola, mas sempre que conseguia retomar a posse dela saía com velocidade para o ataque sempre buscando De Vanna, a principal jogadora da equipe.
Sem conseguir jogadas de efeito e infiltrações na área brasileira, as australianas arriscavam de fora da área, mas sem pontaria. O Brasil marcava muito mal e tinha problemas na saída de bola errando passes na sua intermediária.
No fim do jogo muita pressão. Aos quarenta e um minutos De Vanna saiu na cara da goleira Andréia, tentou mandar por cima, mas exagerou na dose. No minuto final ainda tiveram um escanteio que a defesa brasileira rebateu mal, mas contou com a incompetência das adversárias para não mandarem a bola pra rede.
Ficha do Jogo:
Brasil: Andreia, Maurine, Daiane e Aline; Rosana, Ester, Erika e Fabiana; Formiga (Francielle), Marta e Cristiane
Austrália: Barbiere, Foord, Uzunlar, Carroll e Knight; Callum. Butt (Polkinghorne), Van Egmond (Shipard) e Garriock; Simon e De Vanna
Local: Borussia Park, em Mönchengladbach-ALE
Árbitra:Jenny Palmqvist (SUE)
Auxiliares: Helen Karo (SUE) e Anna Nystrom (SUE)
Fotos: Reteurs/AP
0 comentários :
Postar um comentário