quinta-feira, 26 de maio de 2011

Neymar decide novamente

Arthur Stabile,
de São Paulo

Momentos decisivos na Libertadores. Nesta quarta, 25, o Santos recebeu no Pacaembu a equipe do Cerro Porteño, em partida valida pelo jogo de ida das semifinais da competição Sul-Americana. Como anfitrião o time brasileiro não quis deixar o adversário por as manguinhas de fora e foi cumprir com o seu objetivo: vencer e bem para definir aqui a classificação.


O placar final não foi exatamente este, mas o número de chances criadas e desperdiçadas foi grande. No começo o Cerro até teve algumas chances, apostando em jogadas de bola parada ensaiadas, que apesar da obviedade deram certo sufoco na zaga santista, mas não conseguiu impor números no marcador.

Rafael salvou lá atrás quando foi preciso. Em uma cobrança de falta o camisa 1 fez brilhante defesa em cabeceio a queima luvas do atacante do time paraguaio. A zaga alvinegra foi bem na partida, bem consistente, mesmo com as decidas de Léo e Pará. O último era mais coberto pelos zagueiros do que Léo, que voltava para marcar. Uma ou outra jogada do Cerro surgiu ali no canto do lateral direito, porém, não foram efetivas.

Mais uma vez o meio campo também foi muito bem. Os volantes da equipe (Arouca, Danilo e Adriano) fizeram bem os dois papeis, tanto ofensivo como defensivo, favorecendo e muito na criação e até mesmo na definição de jogadas. Apesar de não tem um meia de ofício, como Ganso ou Alan Patrik (que ficou no banco), os jogadores que entraram fizeram bem seu papel e deram liberdade para os companheiros criarem mais, sem que um jogador ficasse sobrecarregado.


Neymar não conta. O craque faz o que quer no jogo. Claro que existe uma ‘neymardependencia’, entretanto, que time não teria? Um jogador com tanta habilidade é decisivo para uma equipe, porque não aproveitar isso? Em contra partida, Zé Eduardo realmente não vive bom momento com as traves. EM mais uma partida o atacante não marcou gols e perdeu chances, mas fez papel tático muito importante, puxando parte da marcação do adversário.

Quando Zé puxava um marcador as coisas ficavam ‘simples’ para Neymar, pois ‘somente’ dois zagueiros o acompanhavam. O que são dois zagueiros para o 11? Num dos lances ofensivos da segunda etapa ele tinha três em sua frente. Passou limpo pelo primeiro, cortou para dentro e o segundo também se foi, quando o terceiro chegou ele tocou para o companheiro. A jogada não deu em nada, porém deixou claro a facilidade de jogo do garoto.

No momento do gol adivinha quem criou a jogada? Ele mesmo. Neymar, dominou bola na entrada da área, cortou por fora e passou pelos defensores, quando a bola estava prestes a sair pela linha de fundo cruzou, ou melhor, colocou a bola na cabeça de Edu Dracena, que acertou a trave e a bola pingou dentro do gol. 1x0 tranquilo, que poderia ter tido um resultado bem mais tranquilo.


No fim do jogo, exatamente no lance final, Alan Patrik perdeu de maneira bizarra o que seria o segundo gol brasileiro. Sim, o goleiro adversário tem seus méritos, entretanto, o meia santista jogou a bola em cima do arqueiro, sendo que se chutasse para o lado poderia ter deixado a equipe com vida mais fácil.

Apesar das numerosas perdas de gol o resultado foi satisfatório. Em casa o importante é não levar gols em um campeonato de mata-mata quando o gol fora tem valor maior que o marcado em casa. A partida ainda esta aberta, qualquer resultado é possível lá em Assunção, lá no Paraguai. Bom início para o Santos, basta agora manter o jogo e o placar favorável.

Fotos: Ivan Storti / Tom Dib

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