João Vitor,
de Belo Horizonte.
Dorival mescla bem juventude e experiência e Galo goleia América-TO
Quem foi à Arena do Jacaré na tarde de hoje, pôde acompanhar uma bela partida, com a equipe atleticana incorporando o espírito que consagrou e marcou essa equipe ao longo da história. Na base da raça e da vontade e, por que não, da técnica e da habilidade, o Galo goleou o América de Teófilo Otoni, melhor equipe do interior, por 7 a 1 e confirmou a segunda posição do campeonato.
Um Atlético de Renan, Patric, Réver, Léo Silva e Guilherme; Felipe Soutto, Serginho, Renan Oliveira, depois Daniel Carvalho, e Jackson, depois Giovanni; Mancini, depois Berola e Magno Alves, contra um América-TO de Eládio, Osvaldir, Luís Henrique, Jadson, depois Júnior Pereira e Bruno Barros; Luisinho, Felipe Dias, Leandrinho, depois Chrys e Wellington Bruno, depois Araújo; Rogélio e Jonatas Obina.
Desde o primeiro minuto de partida, Mancini e Magno Alves já demonstravam o que seria o ataque alvinegro. Muita vontade na marcação na saída de bola e toques rápidos, para envolver a zaga americana. Para não deixar por menos, o América saía com muitíssimo perigo nos contra golpes, nos lampejos de Jonatas Obina, o futuro (ou não) centroavante do Atlético. Digo ou não, porque apesar de muitos membros da imprensa já haverem confirmado a transferência após o fim da competição, o jogador e a diretoria alvinegra negam veementemente a contratação.
Para exemplificar o que eu disse sobre o ataque alvinegro: Mancini recebe na esquerda, rola para Magno Alves que leva dois zagueiros consigo e bate no canto direito baixo de Eládio, que nem se mexeu. Galo 1 a 0.
Logo aos 18 minutos, a sorte se demonstrava contra a equipe de Teófilo Otoni. O meia Leandrinho se lesionou e teve de ser substituído. Tempo depois, quem sairia era o zagueiro Jadson. Jackson, pelo lado alvinegro, também seria substituído. O curioso é que as três lesões, à princípio, foram por problemas no joelho. Substituições que nos levariam a voltar a uma velha discussão: o efeito e o perigo causado pelas chuteiras de travas quadradas. Mas essa é uma longa história em que prometo voltar depois. Voltemos à partida.
A substituição de Jackson, com respeito ao jogador, trouxe uma grata surpresa à torcida do Atlético. Giovanni Augusto, que entrara em seu lugar, deu nova movimentação ao jogo. Um garoto que pensa o jogo, toca bem a bola, joga com tranquilidade e tem calma e frieza para finalizar. Assim foi quando o garoto recebeu sua primeira bola. Magno Alves rolou para Giovanni que, de primeira, tocou de calcanhar para Mancini, desmontando completamente o sistema defensivo do América. Mancini guardou. 2 a 0.
O garoto Giovanni ainda perdera gol incrível, quando abusou da frieza dita anteriormente.
Mancini e Serginho eram os destaques até então. Que partidássa. Mancini jogou com vontade não vista há muito, além de desempenhar um papel importante no ataque, voltava para ajudar a marcação e roubaba a bola antes do meio campo. Serginho, idem. Sólido na marcação, preciso no desarme e veloz no contra ataque.
Renan Oliveira também resolveu mostrar futebol. Foram deles o terceiro e o quarto gols. No terceiro, recebeu, carregou e finalizou de direita, rasteiro, no canto do goleiro. No quarto gol, tabelou com Magno Alves e finalizou de bico, num toque sutil rasteiro.
Enquanto isso, Renan Ribeiro segurava as investidas de Jonatas Obina, único nome a se destacar no América.
Se Mancini, Renan, Giovanni e Serginho se destacavam, o "Magnata" Magno Alves não deixou por menos. Serviu Giovanni no quinto gol. O meia dominou e finalizou no ângulo esquerdo alto de Eládio.
Mas sabem aquela história de "Alético sem tomar gol não é Atlético?". Jonatas Obina marcou tentou duas vezes até conseguir marcar o gol do América, de cabeça.
Mas o Magnata ainda marcaria mais dois gols. O sexto após pôr na frente e finalizar de canhota. O sétimo após tocar no canto esquerdo de Eládio.
Assim terminou a partida entre Atlético e América. Vitória do Galo por 7 a 1. Uma goleada que não significa muito, mas o suficiente para levantar os ânimos de sua apaixonada torcida.
O Galo enfrentará o Coelho pela semifinal do Mineiro.
"O Dono do Jogo"
Poderia ser Giovanni, Mancini. Mas pelos três gols marcados, Magno Alves foi "O Dono do Jogo". Como diriam os antigos, "futebol é bola na rede."
Foto: Pedro Vilela/AE
Poucos atleticanos falam que de peito aberto isso, mas eu acredito e muito no time do Atlético para o título do estadual e para o decorrer do ano, essa molecada é boa de bola e alguns reforços vão encorpar o elenco. Tá o Dorival testou mais de 30 jogadores esse ano, é melhor testar no Campeonato Mineiro que testar no Campeonato Brasileiro. Como dizia um técnico cruzeirense... "VAMOS AGUARDAR"
ResponderExcluir