quinta-feira, 21 de abril de 2011

"Time de Guerreiros": Próximo Capítulo

João Vitor,
de Belo Horizonte.

Tricolor carioca vence o Argentinos Júniors e consegue mais uma vez provar que enquanto houver 1% de chance, é possível acreditar.


Aqueles que puderam assistir à partida na noite de ontem, foram brindados com mais um capítulo na história do tricolor carioca. O Fluminense precisava vencer e torcer para o América. Ou vencer por dois gols, podendo se classificar com um empate entre Nacional e América. Detalhe: O jogo entre uruguaios e mexicanos era em território uruguaio. E o jogo do Fluminense foi em território argentino. Apenas um obstáculo a mais.

O primeiro tempo foi de domínio e controle do Flu. O goleiro Navarro, do Argentinos Júniors era fraquíssimo, e o tricolor deveria saber aproveitar isso. Soube. Muitos chutes de fora da área.

Mas o primeiro gol do jogo não saiu dessa maneira. Marquinho, que teve excelente atuação, colocou Júlio César na cara do gol. O camisa 16 tocou no canto do goleiro. Belo gol do Fluminense, aos 17 minutos. O 1 a 0 ainda não era suficiente. Nacional e América empatavam, eliminando, assim, Brasileiros e Argentinos.

O grande problema tricolor segue sendo o sistema defensivo. Gum, muito inseguro, cometeu pênalti bobo que resultou em gol de Salcedo. Berna não saiu nem na foto. 1 a 1.

Os argentinos batiam muito e cometiam muitas faltas. Queriam se impor de qualquer forma. Não conseguiram, de imediato. Em uma dessas faltas, Fred soltou a bomba e marcou o gol do Flu. O goleiro Navarro falhou espetacularmente ao esperar que a bola viesse no alto. Ela caiu e ele ficou "com as penas do frango nas mãos". 2 a 1 para o Fluminense, aos 40 minutos.

Ainda havia tempo para um susto. Afinal, vitória tricolor sem emoção não é vitória. O baixinho Niell deu uma belíssima bicicleta. A bola pegou na trave.



No segundo tempo, o treinador Pedro Trogglio demonstrava que sua equipe viria para o jogo. Ao tirar o zagueiro Torren e colocar o meia Oberman, ele abria mão do sistema 3-4-3, voltando, assim, para o tradicional 4-4-2.

O Fluminense começou assustando com Marquinho, que recebeu passe com o peito de Fred, mas o goleiro fez grande defesa. Os jogadores reclamaram muito de possível penalidade sofrida por Marquinho, que chegou desequilibrado. O árbitro não marcou nada.

Aos 9, Valência cabeceou a bola nos pés de Oberman, que ainda contou com o desvio do equatoriano para marcar o gol de empate dos argentinos. Nesse momento, Argentinos Jrs. e América se classificavam. 2 a 2.

Estava claro que a bola aérea poderia ser uma saída. A zaga argentina era muito insegura, assim como a brasileira. Aos 28, Marquinho cobra escanteio, Valência cabeceia, Navarro espalma e Rafael Moura estava no lugar certo para empurrar para as redes. O Fluminense voltava ao jogo, mas ainda não se classificava. 3 a 2.

A defesa do Flu é daquelas que "dão frio na espinha" do torcedor. Muito mal no jogo, rebatiam bolas fáceis e erravam muito na saída de bola.

O Flu seguia lutando no ataque. Fred teve sua primeira chance, quando Navarro defendeu. Mas a segunda chance viria. Edinho roubou a bola, puxou o contra ataque, rolou para Araújo, que devolveu para Edinho, sofrendo o pênalti. Fred foi para a cobrança forte, no alto, terminando assim, mais um capítulo na história do "Time de Guerreiros". Fluminense 4x2 Argentinos Júniors.

Como os argentinos não sabem perder, partiram para a pancadaria ao fim do jogo. Mas isso não merece destaque.

Ficha do jogo:

Argentinos Júniors: Navarro; Sabia, Torren (Oberman) e Gentiletti (Sanchez); Prosperi, Mercier, Basualdo (Laba) e Escudero; Ríus, Niell e Salcedo.
Técnico: Pedro Trogglio.

Fluminense: Ricardo Berna; Mariano, Gum, Edinho e Júlio César (Tartá); Valência, Diguinho (Araújo), Marquinho e Conca; Rafael Moura (Fernando Bob) e Fred.
Técnico: Enderson Moreira.

"O Dono do Jogo"
Fred assumiu o papel de capitão em campo, orientou sua equipe e ainda marcou dois gols. Por isso, ele foi "o Dono do Jogo."

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