João Vitor,
de Belo Horizonte.
Messi marca dois gols e é responsável direto pela vitória da equipe catalã sobre o Real Madrid.
27/04/11 - O jogo começou da forma esperada. O Barcelona privilegiou a posse de bola. Numa das trocas de passes na defesa, Cristiano Ronaldo quase roubou a bola. Na marca dos dez minutos, a primeira chance de perigo. Villa finalizou de canhota e a bola saiu com perigo, à direita de Iker Casillas. Essa seria a tônica do jogo. Devagar, o Barcelona ía chegando e a equipe do Real Madrid deveria marcar muito e pressionar, tentando a roubada de bola. O Real pecava em assistir a troca de passes do Barcelona na saída de bola, dando campo aos catalães.
Aos 24, quando a defesa do Real se postava em linha, Xavi apareceu como elemento surpresa, recebeu belíssimo passe de Messie finalizou para a defesa de Casillas.
O clima quase esquentou quando Pedro e Arbeloa trombaram. Pedro caiu e valorizou o lance. Arbeloa levou amarelo e a confusão não se agravou. Menos mal.
Com o perdão do trocadilho, o Real teve chance real apenas aos 45 minutos quando Valdés fez defesa após chute de Cristiano Ronaldo de fora da área.
Partida muito ruim tecnicamente na primeira etapa. Que falta faz Andrés Iniesta ao Barcelona. Não afirmo aqui que existe uma Iniesta-Mess-Xavi dependência, mas é um assunto que merece ser discutido. Fato é que a equipe catalã só tem uma forma de jogar. Se essa forma é anulada, não há alternativas. O jogo me lembrava um pouco algumas partidas de Libertadores. A catimba era a melhor em campo. Pra aumentar mais ainda a semelhança com a Libertadores, quase uma confusão é formada ao término da primeira etapa. Ânimos acalmados, retorno ao vestiário. O jogo prometia mais para a segunda etapa.
Ao intervalo, saiu Özil e entra Adebayor no Real Madrid. Agora o Real passa a ter um centroavante. Nada mudaria no esquema tático. Apenas as funções iram mudar. Cristiano cairia mais pelos lados e Adebayor fica mais centralizado, função feita por Ronaldo no primeiro tempo. Em Portugal, esse papel é denominado de "vagabundo", pois o jogador fica à frente vagando de um lado para o outro, não ajuda na marcação. Mas essa história eu conto depois.
Com a delicadeza de sempre, Pepe entrou solando Daniel Alves e quase acerta em cheio a perna de seu compatriota. Resultado: Pepe expulso e Real com um a menos em campo. Se já estava difícil, agora ainda mais. Cartão vermelho mais do que merecido. Se o Real chegar à final, Pepe não jogará. Pelo cartão vermelho, a suspensão é de dois jogos. Temos mais um jogo da Semifinal e uma final. A Champions League acabou pra ele.
Pedro também sairia de campo, após levar um pisão no joelho, quando estava caído na área. Affelay entrou em seu lugar. E foi dele o passe para o gol do Barcelona, aos 31 minutos. O holandês recebeu, se aproveitou do escorregão de Marcelo, deu um tapa na frente e cruzou para Messi aparecer como um centroavante para empurrar para o gol.
Simplesmente o necessário para acabar de vez com as chances do Real no jogo. Alguns jogadores da equipe madrilenha perderam a cabeça, como Adebayor, quando praticamente esmurrou Busquets ao levar uma caneta. Recebeu apenas amarelo.
Mas aí Messi resolveu fazer jogada e gol de Messi. Recebeu a bola e driblou meio time do Real antes de marcar um golaço. 2 a 0 para o Barça e fim de papo.
Sérgio Ramos também é desfalque, além de Pepe. Está fora do próximo jogo, pois recebeu o terceiro cartão amarelo. Na próxima terça-feira, o Real Madrid terá uma missão impossível. Tem que vencer o Barcelona marcando três gols, no mínimo.
Ficha do jogo:
Real Madrid: Casillas; Arbeloa,Sérgio Ramos, Raúl Albiol e Marcelo; Pepe, Lass Diarra, Xabi Alonso e Ozil (Adebayor) ; Di Maria e Cristiano Ronaldo. Técnico: José Mourinho.
Barcelona: Valdés, Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Puyol; Xavi, Sérgio Busquets e Keita; Pedro (Affelay) , David Villa (Sergi Roberto) e Lionel Messi. Técnico: Josep Guardiola.
Árbitro: Wolfgang Stark (ALE)
Auxiliares: Jan-Hendrik Salver (ALE) e Mike Pickel (ALE).
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