De São Paulo.
Por Arthur Stabile.
Por Arthur Stabile.
25/02/11 - Amigos, apresentamos a vocês mais uma entrevista. O entrevistado da vez é o narrador Nivaldo Prieto, da Rede Bandeirantes de Televisão.
Boa noite, Nivaldo. Gostaria de agradecer a sua atenção e por me conceder o privilégio de entrevistá-lo, além de dizer que sou fã do seu trabalho e o considero um dos melhores locutores do Brasil.
Começarei com uma pergunta um pouco clichê, mas sempre oportuna. Como você descobriu o dom para narrar fatos?
Narrar, é parte de uma carreira profissional construída ao longo de quase 30 anos. Ainda adolescente, trabalhava como DJ em casas noturnas. Foi a partir desta oportunidade que descobri a vocação para a comunicação.
Narrar, é parte de uma carreira profissional construída ao longo de quase 30 anos. Ainda adolescente, trabalhava como DJ em casas noturnas. Foi a partir desta oportunidade que descobri a vocação para a comunicação.
Qual o primeiro contato com a profissão?
A Rádio Antena 1 FM em 1982. Depois de inúmeras reprovações nos testes que eu fazia, resolveram me dar uma oportunidade num programa chamado “Varig, a dona da noite”. Fiz minha primeira apresentação e fui contratado pela Rádio Metropolitana, uma concorrente.
Foi tranquilo ingressar na carreira?A Rádio Antena 1 FM em 1982. Depois de inúmeras reprovações nos testes que eu fazia, resolveram me dar uma oportunidade num programa chamado “Varig, a dona da noite”. Fiz minha primeira apresentação e fui contratado pela Rádio Metropolitana, uma concorrente.
Absolutamente não, como disse anteriormente, foram dois anos de muitos testes e insistências. Num primeiro momento acho que venci pelo cansaço, e com o tempo fui aprendendo.
O senhor foi locutor de várias rádios famosas aqui em São Paulo. Como você define o trabalho em rádio?
Deslumbrante. Eu era apaixonado pelo rádio, mas sabia do meu principal objetivo, chegar à televisão. Estive no rádio por 12 anos, foi muito trabalho mesmo, horas de dedicação durante o dia e a madrugada. Fiz de tudo em radio, fui animador em FM, locutor noticiarista, programas musicais de vários gêneros – jazz, blues, música de concerto, erudita, MPB, programas de entretenimento, cultura, política, economia, etc.
Deslumbrante. Eu era apaixonado pelo rádio, mas sabia do meu principal objetivo, chegar à televisão. Estive no rádio por 12 anos, foi muito trabalho mesmo, horas de dedicação durante o dia e a madrugada. Fiz de tudo em radio, fui animador em FM, locutor noticiarista, programas musicais de vários gêneros – jazz, blues, música de concerto, erudita, MPB, programas de entretenimento, cultura, política, economia, etc.
A transição para a televisão foi fácil ou no começo foi difícil se adaptar?
Não foi tão difícil. Eu era jovem, mas tinha uma ampla experiência em vários segmentos da comunicação. Fui juntando o que tinha aprendido nos tempos dos bailes com a bagagem do radio, tudo isso me ajudou bastante.
Não foi tão difícil. Eu era jovem, mas tinha uma ampla experiência em vários segmentos da comunicação. Fui juntando o que tinha aprendido nos tempos dos bailes com a bagagem do radio, tudo isso me ajudou bastante.
Em que momento preferiu seguir a carreira esportiva?
Exatamente quando me cansei de um programa político e econômico que apresentava. O país vivia um momento difícil com inflação altíssima e entrava numa crise política com o presidente Fernando Collor de Melo. Eu me sentia muito desgastado e resolvi trabalhar com coisas mais relaxantes. Tive programas no rádio de artes e espetáculos e resolvi inserir o esporte no roteiro. Me envolvi tanto com o esporte que ele tomou conta do programa.
Exatamente quando me cansei de um programa político e econômico que apresentava. O país vivia um momento difícil com inflação altíssima e entrava numa crise política com o presidente Fernando Collor de Melo. Eu me sentia muito desgastado e resolvi trabalhar com coisas mais relaxantes. Tive programas no rádio de artes e espetáculos e resolvi inserir o esporte no roteiro. Me envolvi tanto com o esporte que ele tomou conta do programa.
É visível a sua versatilidade em narrar esportes distintos, tem algo específico que te proporciona essa desenvoltura? E você tem preferência por algum esporte?
Eu gosto de vários esportes, não me sinto refém do futebol. E também não conheço esporte chato, queria conhecer, por exemplo, a Ginástica Artística. Estudei muito e sempre fui dedicado e insistente. Quando comecei entender um pouco da ginástica e conviver com a Luiza Parente, me apaixonei de vez. A minha preferência é trabalhar, não consigo ficar parado.
Eu gosto de vários esportes, não me sinto refém do futebol. E também não conheço esporte chato, queria conhecer, por exemplo, a Ginástica Artística. Estudei muito e sempre fui dedicado e insistente. Quando comecei entender um pouco da ginástica e conviver com a Luiza Parente, me apaixonei de vez. A minha preferência é trabalhar, não consigo ficar parado.
Quase sempre o senhor que narra os jogos de Vôlei da seleção brasileira, tanto masculina quanto feminina. Como definiria narrar jogos da nossa seleção de Vôlei?
Narrar jogos da seleção é diferente de tudo. Pode ser vôlei, basquete, futebol, tênis, ginástica... É envolvente e emocionante, o público tem uma visão de jogo muito semelhante a do narrador. Diferente de narrar um pênalti num clássico de grandes torcidas. O torcedor do time que fez o pênalti, às vezes não consegue ver, é muita paixão.
Narrar jogos da seleção é diferente de tudo. Pode ser vôlei, basquete, futebol, tênis, ginástica... É envolvente e emocionante, o público tem uma visão de jogo muito semelhante a do narrador. Diferente de narrar um pênalti num clássico de grandes torcidas. O torcedor do time que fez o pênalti, às vezes não consegue ver, é muita paixão.
Como se sente estando à frente dos jogos do Sul-Americano Sub 20 com esse magnífico time brasileiro? (Pra que dormir né? rs)
Temos uma ótima seleção, desde o inicio da competição eu acreditava nesse time. É uma garotada maravilhosa que ainda vai dar muitas alegrias.
Temos uma ótima seleção, desde o inicio da competição eu acreditava nesse time. É uma garotada maravilhosa que ainda vai dar muitas alegrias.
Qual a sua opinião sobre a ‘invasão’ dos ex-craques no jornalismo esportivo brasileiro? E trabalhar com ex-jogadores é muito diferente de jornalistas formados?
(Sem qualquer preconceito na pergunta, muito pelo contrário, admiro demais o trabalho deles e considero o Neto como melhor comentarista brasileiro)
Esses ex-jogadores tem uma visão diferente que acrescenta muito numa transmissão. Eles possuem olho clínico e sabem do que estão falando, tem conhecimento de fato. Mas já tive comentaristas jornalistas que me ensinaram muito, eles trazem uma bagagem de informações e histórias do esporte que também acho fundamental numa transmissão.
(Sem qualquer preconceito na pergunta, muito pelo contrário, admiro demais o trabalho deles e considero o Neto como melhor comentarista brasileiro)
Esses ex-jogadores tem uma visão diferente que acrescenta muito numa transmissão. Eles possuem olho clínico e sabem do que estão falando, tem conhecimento de fato. Mas já tive comentaristas jornalistas que me ensinaram muito, eles trazem uma bagagem de informações e histórias do esporte que também acho fundamental numa transmissão.
Você é o narrador nacional oficial do game FIFA da EA Sports desde 2007, é muito diferente narrar uma partida real e uma partida virtual?
São coisas diferentes porque no game se trabalha mais a técnica e a imaginação. Não existe jogo, eu imagino um determinado lance e narro com emoção, depois eles colocam a imagem e constroem o jogo.
São coisas diferentes porque no game se trabalha mais a técnica e a imaginação. Não existe jogo, eu imagino um determinado lance e narro com emoção, depois eles colocam a imagem e constroem o jogo.
Como definiria a experiência de ser dublador?
É mais um trabalho que acrescenta e me ensina no dia a dia. Interpretar é fundamental, me ajuda também fora dos estúdios.
É mais um trabalho que acrescenta e me ensina no dia a dia. Interpretar é fundamental, me ajuda também fora dos estúdios.
Agora uma pergunta um tanto complicada. Qual empresa em que trabalhou você define como a melhor para se trabalhar e qual a mais desenvolvida na área da comunicação?
A melhor empresa para se trabalhar é a que estou hoje. Me proporciona fazer o que gosto e me dá todas as ferramentas necessárias, inclusive os campeonatos pra eu narrar. Rs
A melhor empresa para se trabalhar é a que estou hoje. Me proporciona fazer o que gosto e me dá todas as ferramentas necessárias, inclusive os campeonatos pra eu narrar. Rs
Tem o desejo de voltar a alguma delas?
Hoje tenho contrato com a Band, vai até dezembro de 2014. Espero que a Band me queira até lá!
Hoje tenho contrato com a Band, vai até dezembro de 2014. Espero que a Band me queira até lá!
Sua profissão é incrível. O que daria de dica para os jovens que desejam se tornar locutores?
Seja insistente, não é fácil. E tenha certeza de que é isso que você quer pra sua vida.
Seja insistente, não é fácil. E tenha certeza de que é isso que você quer pra sua vida.
Continuem acompanhando nosso blog. Continuaremos trazendo mais entrevistas e novidades em breve.
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