João Vitor,
de Belo Horizonte.
O retrospecto contra equipes paraguaias era muitíssimo favorável. Em 8 jogos, foram 7 vitórias azuis e um empate, marcando 26 gols e sofrendo 12.
Gilberto foi o desfalque do lado do Cruzeiro, por sofrer com uma tendinite no pé esquerdo.
Primeiro Tempo
Estiveram bem nítidas as propostas das duas equipes em campo. O time azul celeste viria num 4-4-2, com dois meias ofensivos. Wallyson também poderia recompor o meio, se necessário, deixando Wellington Paulista pouco mais a frente. Marquinhos Paraná foi o primeiro volante, com Henrique saindo um pouco mais. Roger e Montillo distribuiriam as jogadas. Já os paraguaios vieram com um esquema fechado. Quando defendendo, atuava com cinco jogadores atrás, e três no meio, fechando um pouco mais. Nos contra golpes, esse esquema se transformava num 4-4-2 novamente.
O Cruzeiro começou a partida com algumas finalizações de Montillo. O argentino era quem mais finalizava pelo lado azul.
Aos 10, um lance de sorte para o Cruzeiro. Após cruzamento vindo de Filippini, o lateral direito do Guaraní, o centrovante Escobar cabeceou muito bem e a bola tocou na trave. Fábio não chegaria nela. Quase o gol inaugural na Arena.
A equipe do Guaraní oferecia muito perigo nos contragolpes. Se não marcasse o gol logo, o Cruzeiro poderia se complicar. Bastaria um descuido. A chave para a tranquilidade celeste era finalizar mais, em qualidade e, principalmente, em quantidade.
Após cobrança de escanteio de Montillo, a zaga cortou e Wallyson emendou de primeira, no cantinho, sem chances para o goleiro Aurrecochea. 1 a 0 para o Cruzeiro aos 30 minutos do primeiro tempo. O gol da tranquilidade.
Apesar do gol, o Cruzeiro não era o melhor time em campo. Falhava muito nas finalizações, talvez porque o principal homem designado a isso não tocara na bola. Wellington Paulista sequer finalizou.
Aos 36, ainda na primeira etapa, um vacilo do Cruzeiro quase estraga todo o meu raciocínio até aqui. Após cruzamento, a defesa tentou fazer a famosa "linha burra" e errou. Filippini cabeceou sozinho e, com perigo, a bola foi para fora.
O primeiro tempo terminou com a vitória momentânea da equipe celeste por 1 a 0. Mas, apesar da vitória, mudanças deveriam ser feitas. Wellington Paulista não ajudava e nem atrapalhava. A entrada de um jogador mais veloz, como Thiago Ribeiro, ou até mesmo de um homem de área, como Farías, pudesse mudar um pouco o rumo das coisas.
Segundo Tempo
Veio a etapa complementar, debaixo de chuva. Cuca manteve a equipe que terminou a primeira etapa.
O Cruzeiro veio com tudo para o segundo tempo. Se antes os paraguaios criavam e exploravam os contragolpes, já não explorariam mais. A raposa tocava a bola, se aproveitava da posse de bola, enquanto o Guaraní se acuava em seu campo defensivo.
A alteração sugerida no intervalo aconteceu aos 16. Ernesto Farías entrou na vaga de Wellington Paulista. Não mudaria o jeito de jogar da equipe, por se tratar de dois jogadores de área.
Aos 18 minutos, a recompensa para o Cruzeiro. O cracásso de bola Walter Montillo fez jogada pela esquerda e deu um passe açucarado para Wallyson. O centroavante dominou e, com tranquilidade, marcou o segundo dele na partida e o quarto gol na Taça Libertadores. 2 a 0. Wallyson estava mesmo iluminado.
Outro que estivera de bem com o torcedor é o meia Roger. Foi substituído aos 28, sendo ovacionado pela torcida. Thiago Ribeiro entrou em seu lugar. Alteração mais do que correta. Ao perceber que a equipe paraguaia não teria mais forças para atacar e marcar gols, Cuca abriu a equipe e foi pra cima afinal, o saldo de gols é muitíssimo importante. Thiago caía pelo setor esquerdo e Wallyson pelo direito, mantendo Farías centralizado.
Aos 37, o "Dono do Jogo" foi substituído. Wallyson saiu para a entrada de Dudu, voltando a equipe ao esquema original.
E se há um jogador iluminado no Cruzeiro, além de Wallyson, esse jogador é Dudu. Ele entrou aos 37 e aos 41, ao receber passe espetacular de Montillo, chutou cruzado. A bola desviou na zaga e sobrou limpa, para Farías apenas empurrar para o gol. 3 a 0 Cruzeiro.
Cuca percebia que tinha um leque de opções no Cruzeiro. E só para complicar um pouco mais, Thiago Ribeiro recebeu o passe, dominou e soltou a bomba de fora da área. Um golaço. 4 a 0, dando números finais ao jogão.
Ficha do Jogo:
Cruzeiro 4x0 Guaraní-PAR | |
Fábio Pablo Gil Victorino Diego Renan Marquinhos Paraná Henrique Roger (Thiago Ribeiro) Montillo Wellington Paulista (Farías) Wallyson (Dudu) | Aurrecochea Filippini Ithurralde (Chávez) Carbalo Elvis Marecos Joel Benítez Ortiz Paniagua Mendoza (Osvaldo Hobecke) Julián Benítez Escobar |
Técnico: Cuca | Técnico: Félix León |
Gols: Wallyson, aos 30 do primeiro tempo e aos 18 do segundo tempo; Farías aos 41 e Thiago Ribeiro aos 43 do segundo tempo. "O Dono do Jogo" | |
Boa vitória! Rumo ao TRI!
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