terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Análise: Cruzeiro 4x0 Guaraní-PAR

João Vitor,
de Belo Horizonte.

Em jogo válido pela segunda rodada da Taça Libertadores, o Cruzeiro enfrentou o Guaraní, do Paraguai, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

O retrospecto contra equipes paraguaias era muitíssimo favorável. Em 8 jogos, foram 7 vitórias azuis e um empate, marcando 26 gols e sofrendo 12.
Gilberto foi o desfalque do lado do Cruzeiro, por sofrer com uma tendinite no pé esquerdo.

Primeiro Tempo

Estiveram bem nítidas as propostas das duas equipes em campo. O time azul celeste viria num 4-4-2, com dois meias ofensivos. Wallyson também poderia recompor o meio, se necessário, deixando Wellington Paulista pouco mais a frente. Marquinhos Paraná foi o primeiro volante, com Henrique saindo um pouco mais. Roger e Montillo distribuiriam as jogadas. Já os paraguaios vieram com um esquema fechado. Quando defendendo, atuava com cinco jogadores atrás, e três no meio, fechando um pouco mais. Nos contra golpes, esse esquema se transformava num 4-4-2 novamente.

O Cruzeiro começou a partida com algumas finalizações de Montillo. O argentino era quem mais finalizava pelo lado azul.

Aos 10, um lance de sorte para o Cruzeiro. Após cruzamento vindo de Filippini, o lateral direito do Guaraní, o centrovante Escobar cabeceou muito bem e a bola tocou na trave. Fábio não chegaria nela. Quase o gol inaugural na Arena.

A equipe do Guaraní oferecia muito perigo nos contragolpes. Se não marcasse o gol logo, o Cruzeiro poderia se complicar. Bastaria um descuido. A chave para a tranquilidade celeste era finalizar mais, em qualidade e, principalmente, em quantidade.

Após cobrança de escanteio de Montillo, a zaga cortou e Wallyson emendou de primeira, no cantinho, sem chances para o goleiro Aurrecochea. 1 a 0 para o Cruzeiro aos 30 minutos do primeiro tempo. O gol da tranquilidade.


Apesar do gol, o Cruzeiro não era o melhor time em campo. Falhava muito nas finalizações, talvez porque o principal homem designado a isso não tocara na bola. Wellington Paulista sequer finalizou.

Aos 36, ainda na primeira etapa, um vacilo do Cruzeiro quase estraga todo o meu raciocínio até aqui. Após cruzamento, a defesa tentou fazer a famosa "linha burra" e errou. Filippini cabeceou sozinho e, com perigo, a bola foi para fora.

O primeiro tempo terminou com a vitória momentânea da equipe celeste por 1 a 0. Mas, apesar da vitória, mudanças deveriam ser feitas. Wellington Paulista não ajudava e nem atrapalhava. A entrada de um jogador mais veloz, como Thiago Ribeiro, ou até mesmo de um homem de área, como Farías, pudesse mudar um pouco o rumo das coisas.

Segundo Tempo

Veio a etapa complementar, debaixo de chuva. Cuca manteve a equipe que terminou a primeira etapa.

O Cruzeiro veio com tudo para o segundo tempo. Se antes os paraguaios criavam e exploravam os contragolpes, já não explorariam mais. A raposa tocava a bola, se aproveitava da posse de bola, enquanto o Guaraní se acuava em seu campo defensivo.

A alteração sugerida no intervalo aconteceu aos 16. Ernesto Farías entrou na vaga de Wellington Paulista. Não mudaria o jeito de jogar da equipe, por se tratar de dois jogadores de área.

Aos 18 minutos, a recompensa para o Cruzeiro. O cracásso de bola Walter Montillo fez jogada pela esquerda e deu um passe açucarado para Wallyson. O centroavante dominou e, com tranquilidade, marcou o segundo dele na partida e o quarto gol na Taça Libertadores. 2 a 0. Wallyson estava mesmo iluminado.


Outro que estivera de bem com o torcedor é o meia Roger. Foi substituído aos 28, sendo ovacionado pela torcida. Thiago Ribeiro entrou em seu lugar. Alteração mais do que correta. Ao perceber que a equipe paraguaia não teria mais forças para atacar e marcar gols, Cuca abriu a equipe e foi pra cima afinal, o saldo de gols é muitíssimo importante. Thiago caía pelo setor esquerdo e Wallyson pelo direito, mantendo Farías centralizado.

Aos 37, o "Dono do Jogo" foi substituído. Wallyson saiu para a entrada de Dudu, voltando a equipe ao esquema original.

E se há um jogador iluminado no Cruzeiro, além de Wallyson, esse jogador é Dudu. Ele entrou aos 37 e aos 41, ao receber passe espetacular de Montillo, chutou cruzado. A bola desviou na zaga e sobrou limpa, para Farías apenas empurrar para o gol. 3 a 0 Cruzeiro.


Cuca percebia que tinha um leque de opções no Cruzeiro. E só para complicar um pouco mais, Thiago Ribeiro recebeu o passe, dominou e soltou a bomba de fora da área. Um golaço. 4 a 0, dando números finais ao jogão.

Ficha do Jogo:

Cruzeiro 4x0 Guaraní-PAR

Fábio

Pablo

Gil

Victorino

Diego Renan

Marquinhos Paraná

Henrique

Roger (Thiago Ribeiro)

Montillo

Wellington Paulista (Farías)

Wallyson (Dudu)

Aurrecochea

Filippini

Ithurralde (Chávez)

Carbalo

Elvis Marecos

Joel Benítez

Ortiz

Paniagua

Mendoza (Osvaldo Hobecke)

Julián Benítez

Escobar

Técnico: Cuca

Técnico: Félix León

Gols: Wallyson, aos 30 do primeiro tempo e aos 18 do segundo tempo; Farías aos 41 e Thiago Ribeiro aos 43 do segundo tempo.

"O Dono do Jogo"

Wallyson comprovou a boa fase ao marcar dois gols na partida.

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