Depois de faturar Mineiro, Mundial de Clubes e Supercopa, Raposa fica com a Copa Brasil pela segunda vez, em uma temporada perfeita até aqui
De Belo Horizonte.
Por João Vitor Cirilo.
23/01/2016 - Após a decisão do Mundial de Clubes em 31 de outubro de 2015, em conversa com atletas e comissão técnica do Sada Cruzeiro, constatamos um sentimento comum no clube: a insaciável vontade de vencer. O discurso pode até se tornar um clichê, mas quem acompanha o dia a dia sabe que o desejo de ganhar não sumiu do clube nestas últimas seis ou sete grandes temporadas. Na noite deste sábado (23), mais uma mostra do que estamos falando. Após sair em desvantagem contra o Brasil Kirin, na casa do adversário, em Campinas, na final da Copa Brasil de Voleibol Masculino, o time comandado pelo técnico Marcelo Méndez controlou os altos e baixos para sair vencedor mais uma vez em uma temporada que, até aqui, não tem nada de irregular.
Com 24 pontos do oposto Wallace, o triunfo por 3 sets a 1, com parciais de 24/26, 25/16, 25/21 e 25/20, deu o segundo título da Copa Brasil para o Cruzeiro, que também venceu a competição em 2014, em uma temporada que foi marcante pela conquista de todos os títulos disputados (desconsiderando que foram dois Mundiais, um no início e outro no fim da temporada, e um vencido).
(Foto: Divulgação/CBV)
Assim como naquele ano, 2015/2016 tem tudo para ser novamente especial. Até aqui, foram quatro torneios. Além da Copa Brasil, a lista conta com o Campeonato Mineiro (final contra o Minas), o Mundial de Clubes (final contra o Zenit Kazan) e a Supercopa (contra o Funvic/Taubaté); todos tendo o time celeste como vencedor.
A possibilidade do quinto título, igualando 2013/2014, poderá vir com a Superliga, que tem o Sada Cruzeiro na liderança até aqui. O próximo jogo será no dia 28, próxima quinta, contra o Lebes/Gedore/Canoas, no Rio Grande do Sul. No mesmo dia, mas às 21h, o Brasil Kirin (5º colocado) visita o Minas (6º), em Belo Horizonte. Os jogos são válidos pela 14ª rodada, a terceira do segundo turno.
Quando a bola subiu...
O jogo começou com os ataques levando a melhor contra bloqueios e defesas. Do lado do Sada Cruzeiro, destaque para o jovem Pedrão, dessa vez o escolhido para substituir o ainda lesionado e titular Isac. Já o ponteiro Leal, que reclamou de um incômodo no joelho na semifinal contra o Sesi-SP, começou o jogo como titular e foi importante na abertura de vantagem em 8 a 6. Enquanto o Brasil Kirin foi mantendo o nível de acerto com ótima atuação coletiva (principalmente com Lucas Loh e Wallace), o Cruzeiro errou duas vezes com Filipe e Éder e o empate campineiro veio em 8 a 8. Com melhor aproveitamento nos contra-ataques, o time da casa virou e abriu 16 a 13, logo após Marcelo Méndez colocar o canadense Winters no lugar de Filipe. O bloqueio foi o responsável por parar o ataque do Brasil Kirin e trazer o Cruzeiro de volta ao jogo até o empate em 23 a 23. E foi justamente o fundamento que deu a vitória na parcial ao time de Campinas. Com bloqueio de Maurício, 26 a 24 para os donos da casa no primeiro set.
Winters voltou como titular para o segundo set, que começou com um pouco mais de erros do que a primeira parcial. O Cruzeiro voltou melhor e abriu um de vantagem na primeira parcial, ampliando na sequência com um bloqueio de William, chegando a 10 a 7. O nível de jogo da Raposa aumentou e a vantagem chegou a cinco no segundo tempo técnico. Após desconcentração de Campinas em uma encarada de William contra Wallace, do time da casa, a vantagem celeste só cresceu, chegando a 25 a 16 no fim do set. 1 a 1.
Os campeões.
(Foto: Divulgação/CBV)
O equilíbrio retornou à quadra com a mesma formação para o terceiro set, que começou equilibrado, sempre com uma das equipes em vantagem mínima na primeira parte do set. A parcial foi disputada ponto a ponto. O Cruzeiro chegou a abrir dois de frente, mas com defesa e contra-ataque, o Brasil Kirin empatou em 18 a 18. Nesse cenário, o jovem ponteiro Rodriguinho entrou e resolveu com um belo saque, fazendo o Sada Cruzeiro voltar a abrir dois. Depois, os erros de ataque campineiros determinaram o 25 a 21 para o time mineiro, que virou para 2 a 1.
O Sada Cruzeiro voltou avassalador para o quarto set. Com bela sequência de Leal pelo saque, a folga chegou a cinco pontos ainda antes do primeiro tempo técnico. Depois da pausa, o saque flutuante do levantador argentino González fez um estrago na recepção celeste. Com Winters acumulando erros, a folga celeste foi para apenas um ponto em 9 a 8. Logo depois, Filipe voltou para o jogo no lugar do canadense e o desempenho celeste melhorou consideravelmente. Aproveitando, o Cruzeiro embalou e voltou a abrir, com a folga chegando a sete em 17 a 10, com belo saque de Leal. Não havia como tirar mais um título do Sada Cruzeiro. 25 a 20 e 3 sets a 1.
Ficha do jogo:
Sada Cruzeiro 3x1 Brasil Kirin
24/26, 25/16, 25/21 e 25/20
SADA CRUZEIRO:
Começaram: William, Wallace, Filipe, Leal, Pedrão e Éder. Líbero: Serginho.
Entraram: Alan, Fernando Cachopa e Winters.
Técnico: Marcelo Méndez
BRASIL KIRIN:
Começaram: González, Wallace, Olteanu, Lucas Lóh, Maurício e Luizinho. Líbero: Tiago Brendle.
Entraram:
Técnico: Alexandre Stanzioni
Final da Copa Brasil de Voleibol Masculino
Local: Taquaral, em Campinas (SP)
Data: 23/01/2016
Horário: 21h (de Brasília)
Árbitro principal: Rogério Espicalsky (ES)
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