Recuperado de problemas físicos, Murilo quer apagar o vice do ano passado e tentar o bi pelo Sesi-SP. Jogador reforça desejo de ficar no Brasil
De Belo Horizonte.
Por João Vitor Cirilo.
10/04/2015 - O dia era 24/04/2011. O palco, o mesmo da final da Superliga Masculina de Vôlei do próximo domingo (12). O adversário? Também o mesmo, o Sada Cruzeiro. Grande nome do Sesi-SP, o ponteiro Murilo Endres se consagrou ao ajudar sua equipe ao garantir o primeiro e único título de Superliga – também da carreira dele, inclusive – e, de quebra, foi escolhido o melhor em quadra e terminou o campeonato com a melhor recepção. De lá pra cá, problemas físicos – cirurgias no ombro – atrapalharam o craque, considerado por muitos o melhor jogador da posição no início da década.
Campeão em 2011, Murilo busca segunda Superliga, a segunda pelo Sesi.
(Foto: Alexandre Arruda/CBV)
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Assim como Murilo, o Sesi-SP viveu momentos complicados na última temporada, quando ficou com o vice-campeonato ao perder a decisão para o próprio Cruzeiro – a segunda entre as equipes – por 3 sets a 0. Para a felicidade do técnico Marcos Pacheco, e de Murilo, todo o elenco está disponível para a decisão das 10h (de Brasília) do próximo domingo. "Pelo menos temos a equipe completa. Fisicamente está todo mundo bem. Problemas todas as equipes têm, acredito que o Sada também tenha tido, mas pra final as duas equipes chegam 100% fisicamente e isso acaba criando uma boa expectativa pro jogo", afirma o jogador.
A principal baixa na decisão da temporada passada foi a ausência do oposto Evandro, principal definidor da equipe paulista naquele momento. "Não é uma desculpa, mas descaracterizou o nosso time pra final", destaca Murilo, que também conviveu com problemas no ombro, assim como nesta temporada. "Fiz cirurgia no ano passado e voltei pros playoffs, mas não estava bem. Esse ano fiz outra mais simples, voltei mais rápido. Adoraria estar em melhores condições, mas estou pronto para ajudar naquilo que for possível".
Crescendo na hora certa
O Sesi-SP não teve boa campanha desde o início. Com a ausência de alguns atletas que estavam com a seleção brasileira e outros lesionados, no caso de Murilo, o time foi encontrando a regularidade aos poucos ao longo da temporada, e acabou a primeira fase em terceiro lugar, com 15 vitórias e sete derrotas. Na fase final, principalmente na semi contra o Taubaté, ótimo desempenho.
Murilo ainda não está satisfeito. "É sempre bom crescer nessa hora, mas o que nós buscamos é a regularidade na temporada toda e disputar títulos. Equipes grandes precisam de desafios e estar credenciadas a isso. Esse ano não foi assim, mas aos trancos e barrancos chegamos muito bem. Contra Maringá (quartas de final), foram três jogos difíceis, aproveitamos o mando de quadra. Com Taubaté já saímos com uma vitória que acabou os pressionando muito para jogar na Vila Leopoldina, e soubemos aproveitar esse fator casa para matar o segundo jogo contra um time que poderia estar na final", avalia Murilo.
Passado
Murilo esteve nas duas finais anteriores entre as duas equipes e reforça: cada jogo é uma história. Segundo o ponteiro, o que dá pra tirar é apenas "a experiência do Mineirinho. Os jogos são únicos, não adianta. No primeiro ano (2010/2011) fizemos uma temporada espetacular, uma primeira fase quase invicta. O time estava muito bem e quase não tivemos problema de lesão. No ano passado, completamente o inverso, tivemos muitos problemas. E esse ano, não foi uma temporada espetacular, mas chegamos muito bem. Quem for mais eficiente será campeão".
Futuro
O momento é de decisão, mas muito já se fala sobre o futuro profissional de Murilo. A ideia inicial era de ficar mais perto de sua esposa, a ponteira Jaqueline, que defendeu o Camponesa/Minas nesta temporada e foi eliminada na semifinal nesta quinta-feira (9). Apesar de não querer falar diretamente sobre o assunto, Murilo não negou a possibilidade de jogar no exterior, mas afirmou o desejo de ficar no Brasil.
"Não digo que é cedo (pra falar) porque a Superliga acaba no domingo, mas estamos (Murilo e Jaque) empurrando tudo pra segunda-feira (13). Muita coisa tem saído, mas são boatos. De concreto, não tem nada". Quando perguntado sobre a proposta da Polônia para ele e Jaqueline, Murilo não negou: "Não é que não tem nada, mas de concreto não tem. A nossa intenção é ficar no Brasil".
Ouça a entrevista com Murilo:
Ficha do jogo:
Sada Cruzeiro x Sesi-SP
Final da Superliga Masculina de Vôlei 2014/2015
Local: Mineirinho, em Belo Horizonte (MG)
Data: 12/04/2015
Horário: 10h (de Brasília)
SADA CRUZEIRO: William, Wallace, Filipe, Leal, Isac e Éder. Líbero: Serginho.
Técnico: Marcelo Méndez
SESI-SP: Marcelinho, Théo, Murilo, Lucarelli, Riad e Lucão. Líbero: Serginho.
Técnico: Marcos Pacheco
Arbitragem: Paulo Turci (PR) e Silvio Silveira (RS)
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