Entre a classificação para a final e o jogo decisivo, um espaço de duas semanas. Serginho e Leal não ficaram satisfeitos. Marcelo Méndez vê com mais naturalidade
Por João Vitor Cirilo.
11/04/2015 - Durante a fase classificatória da Superliga Masculina de Vôlei, cada equipe fazer três jogos em 10 dias é uma situação comum. Nos playoffs, isso é diferente. Entre o primeiro e segundo jogos das semifinais, por exemplo, "folga" de 10 dias. E entre a semi e a final, quase duas semanas de espaço. Essa disparidade entre um calendário apertado na fase inicial e espaçado no momento decisivo não deixou felizes o ponteiro cubano Leal e o líbero Serginho, ambos do Sada Cruzeiro, que enfrenta o Sesi-SP às 10h deste domingo (12), no Mineirinho, com cobertura total do Boleiros da Arquibancada.
Leal e Serginho (dois à esquerda da foto) não ficaram satisfeitos com a interrupção do ritmo de jogo.
(Foto: Thomás Santos/Estúdio Treze)
Para Serginho, o calendário deve ser revisto. "Se formos observar bem, já fizemos quatro jogos em 10 dias durante a temporada. É incoerente porque quando chega a final temos 10, 12 dias de um jogo pro outro e, durante a temporada, a gente corre igual louco, se mata. Às vezes, abrimos mão de Natal, Carnaval e outras datas comemorativas para encurtar o calendário durante o ano e na final ter essa disparidade. Não é benéfico", posiciona-se o líbero. "Precisamos de uma revisão nessa tabela pros jogos, principalmente na fase final, ficarem mais próximos e na fase classificatória ficarem mais diluídos", completou.
Leal concorda plenamente com Serginho. "Também acho um absurdo. Não pode se tirar o ritmo de jogo. Viemos num ritmo muito forte e agora quebra, quase 15 dias. São muitos dias que ficamos só treinando, é muito chato. Aí fica um pouco mais cansativo também mas, enfim, é uma final, então temos que estar concentrados", argumenta o cubano.
A situação se repetirá na decisão da Superliga Feminina. Ficou definido nesta sexta (10) que Rexona-Ades e Molico/Nestlé se enfrentarão no Rio, mas apenas daqui a duas semanas, no dia 26. Em entrevista ao Globoesporte.com, a central Thaísa também reclamou da distância entre a semi e a decisão e quanto ao calendário apertado durante a temporada regular.
"Estamos acostumados"
O técnico cruzeirense, o argentino Marcelo Méndez, encara essa distância de forma mais natural. "Se você me fizesse essa pergunta cinco anos atrás eu diria que sim, que atrapalharia muito. Agora, já estamos acostumados. Está acontecendo em todas as Superligas mesmo, então sabemos conviver com isso", opina o comandante, que esteve à frente do Cruzeiro nas últimas cinco finais, contando com a deste domingo.
Ouça a entrevista com Serginho:
Ouça a entrevista com Leal:
Ouça a entrevista com Marcelo Méndez:
Ficha do jogo:
Sada Cruzeiro x Sesi-SP
Final da Superliga Masculina de Vôlei 2014/2015
Local: Mineirinho, em Belo Horizonte (MG)
Data: 12/04/2015
Horário: 10h (de Brasília)
SADA CRUZEIRO: William, Wallace, Filipe, Leal, Isac e Éder. Líbero: Serginho.
Técnico: Marcelo Méndez
SESI-SP: Marcelinho, Théo, Murilo, Lucarelli, Riad e Lucão. Líbero: Serginho.
Técnico: Marcos Pacheco
Arbitragem: Paulo Turci (PR) e Silvio Silveira (RS)
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