Em sete clássicos em 2014, o Atlético venceu quatro e empatou três. Nos últimos dois anos, é o terceiro título inédito do clube
De Belo Horizonte.
Por Vinícius Silveira.
27/11/2014 - Como a mais bela história dos super heróis, o Atlético bateu cada adversário e chegou ao topo. Foram lutas inglórias, batalhas inesquecíveis e quando se pensava que tudo estava perdido, o Galo alinhava suas esporas e crescia. Nesta quarta-feira (26), o alvinegro se tornou campeão da Copa do Brasil pela primeira vez ao bater seu arquirrival, o Cruzeiro, por 1 a 0, no Mineirão tomado de azul e com menos de 1800 atleticanos, com gol de Diego Tardelli aos 47 minutos do primeiro tempo. No primeiro jogo, no Independência, o Galo já havia vencido por 2 a 0.
O Atlético conquista mais um título inédito em sua história. A Libertadores de 2013 e a Recopa Sul-Americana de 2014 são parte de uma história altamente positiva nos últimos dois anos. Para ser campeão da Copa do Brasil, o Galo deixou para trás Palmeiras, Corinthians e Flamengo. Rivais que foram apagados de qualquer lembrança triste de hoje mais alegre torcedor do Brasil. O alvinegro tem vaga garantida na Taça Libertadores da América de 2015, a terceira seguida, onde vai lutar pelo segundo título.
Foto: Bruno Cantini/Atlético
O ano ainda não acabou para o Galo; faltam duas partidas pelo Campeonato Brasileiro. A penúltima será contra o Coritiba, domingo (30), às 19h30 (de Brasília), no Independência. Para o Cruzeiro, que confirmou o tetracampeonato nacional, resta cumprir tabela contra a Chapecoense, no mesmo dia, só que às 17h.
Galo controla o jogo e marca após perder várias chances
Precisando buscar o resultado, o Cruzeiro entrou com Nilton no meio-campo para dar uma força maior na marcação e recuperação na segunda bola. Por sua vez, o Atlético encaixou sua melhor formação, explorando a velocidade dos contra-ataques e a pegada mais forte na intermediária. Nos primeiros minutos, a estratégia do técnico Levir Culpi começou a dar efeito e ter uma supremacia durante todo o primeiro tempo.
Com o mando de campo e a torcida a seu favor, o Cruzeiro não fez valer sua vantagem caseira e se mostrou a mercê das imposições e investidas do Atlético. Marcos Rocha teve a primeira grande oportunidade ao sair cara a cara com o goleiro Fábio. Pouco depois, o Galo perdeu Luan, com uma torção no joelho esquerdo. Maicosuel entrou e não deixou o ritmo cair, apesar de ser menos lutador.
Dátolo e Diego Tardelli também perderam ótimas oportunidades, o que trazia desespero ao torcedor do Atlético. O Cruzeiro sempre tentava suas jogadas pela esquerda com Egídio ou Willian, mas a defesa o Galo estava atenta. Éverton Ribeiro também aparecia, mas a marcação em cima do camisa 17 era implacável. No final do primeiro tempo, tantas chances criadas pelo Atlético deram o resultado esperado. Aos 45 minutos, Dátolo cruzou e achou Diego Tardelli, livre e em posição legal, para cabecear a marcar o primeiro gol do jogo.
Diego Tardelli regula contra o Cruzeiro. São 19 jogos e nove gols.
(Foto: Bruno Cantini/Atlético)
Domínio e a confirmação do título
No segundo tempo, esperava-se uma reação e uma vibração maior do Cruzeiro. Ao intervalo, Marcelo Oliveira sacou Henrique, lesionado, e colocou Willian Farias. Contudo, a marcação do Atlético continuava implacável, sem dar espaços e preocupando os celestes quando desciam nos contra-ataques. Por sua vez, o Galo cadenciava o jogo, trabalhava a bola com consciência, principalmente quando as jogadas passavam pelo meia argentino Dátolo.
Como uma segunda cartada, Marcelo tirou Willian, apagado em campo, e entrou com Dagoberto, para dar uma maior pegada ofensiva ao ataque, além da experiência. Mesmo com Dagol, o Cruzeiro não reagia. Por lesão, Levir Culpi sacou Rafael Carioca e Diego Tardelli, ambos com câimbra, e colocou Pierre e Eduardo, que mantiveram a atuação do time.
Ricardo Goulart teve a melhor chance do Cruzeiro ao pegar uma sobra na pequena área e chutar para fora. Dátolo, em cobrança de falta no travessão, respondeu para o Atlético. O árbitro Luiz Flávio de Oliveira sequer deu os acréscimos. Também pudera, marcar quatro gols era um sonho impossível. O Atlético, que ficou conhecido como o time das viradas impossíveis, confirmou o título que era merecido.
Ficha do jogo
Cruzeiro 0x1 Atlético-MG
CRUZEIRO:
Fabio; Ceará (Julio Baptista), Léo, Bruno Rodrigo e Egídio; Henrique (Willian Farias), Nilton, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian (Dagoberto); Marcelo Moreno.
Técnico: Marcelo Oliveira
ATLÉTICO:
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Rafael Carioca (Pierre), Leandro Donizete, Luan (Maicosuel) e Dátolo; Diego Tardelli (Eduardo) e Carlos.
Técnico: Levir Culpi
Segunda partida da final da Copa do Brasil 2014
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Público: 39.786 presentes
Renda: R$7.855.510
Data: 26/11/2014
Horário: 22h (de Brasília)
Horário: 22h (de Brasília)
Gol: Diego Tardelli, aos 45 minutos do primeiro tempo
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (FIFA-SP) e Emerson Augusto de Carvalho (FIFA-SP)
Cartões amarelos: Willian, Bruno Rodrigo e Egídio (Cruzeiro); Rafael Carioca, Luan, Maicosuel, Leonardo Silva e Dátolo (Atlético)
Cartão vermelho: Leandro Donizete (Atlético)
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