quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Cheia de sorrisos, Jaqueline é apresentada como reforço do Minas

Sem prazo para estrear, bicampeã olímpica defende o Camponesa/Minas até o fim da temporada da Superliga Feminina de Vôlei


De Belo Horizonte.
Por João Vitor Cirilo.

19/11/2014 - A alegria estava estampada no rosto de Jaqueline. A ponteira, bicampeã olímpica pela seleção brasileira, foi apresentada oficialmente nesta quarta-feira (19) como reforço do Minas Tênis Clube para a temporada 2014/2015 da Superliga Feminina de Vôlei. A atleta chegou a Belo Horizonte no fim da manhã e conversou com a imprensa na Arena do clube. Ao longo da coletiva, muitos sorrisos e também lágrimas. Jaque se mostrou emocionada por receber o apoio de sua nova equipe, o Camponesa/Minas, após um momento de indefinição na carreira.

Apesar de toda a ansiedade e vontade de entrar em quadra, a ponta ainda não sabe quando poderá estrear. O provável é que os treinamentos comecem na próxima semana. A apresentação à torcida será feita na terça-feira (25), antes do duelo contra o Rexona-Ades, atual campeão da Superliga, às 18h30 (de Brasília).

Confira logo mais, na Rádio B.A., o áudio da entrevista com Jaqueline.

Foto: Orlando Bento/Minas TC

As especulações quanto à contratação de Jaqueline pelo Minas já duravam alguns meses, período talvez tão longo quanto o de negociação. Sem defender um clube há um ano e meio, quando recebeu o filho Arthur, e parada após a disputa do Grand Prix (24 de agosto) e do Campeonato Mundial (11 de outubro) com a seleção brasileira, Jaque se junta à extensa lista de craques brasileiras que defenderam as cores do Minas. Ela terá a oportunidade de voltar a jogar com duas delas, Walewska e Carol Gattaz, companheiras em clubes e na seleção.

A intenção inicial de Jaqueline era permanecer em São Paulo, perto do filho e do marido Murilo, que joga no Sesi-SP. O longo período de indefinição foi considerado como um aprendizado pela atleta. "Não acho que seja um drama, e sim um aprendizado na minha vida. Tenho uma família linda. Dias atrás eu estava em casa cuidando do meu filho e não sabia o que iria acontecer. Sabia que iria voltar a jogar, mas não imaginava ser dessa maneira aqui no Minas. Não imaginava tudo isso, essa recepção, esse carinho. Estou muito emocionada, mas espero mais: títulos", comemorou a esperançosa Jaqueline.

O Minas conta com o apoio de dois patrocinadores para conseguir pagar o salário de Jaqueline. Luiz Gustavo Lage, o presidente do Minas Tênis Clube, agradeceu a ajuda e também se emocionou. "Estamos realizando um sonho. Agradecemos a todos os parceiros, que acreditaram no projeto. Temos que construir uma parceria de sucesso e ganhar será uma consequência do trabalho", afirmou Lage.

Ranking

Além da dificuldade para encontrar patrocinadores que bancassem o salário, Jaqueline não pôde permanecer em São Paulo devido ao ranqueamento da CBV, que limita o número de atletas com pontuação máxima e também a formação da equipe com a soma dos pontos das atletas. "Sofri na pele. Espero que isso acabe. Imagine o que é uma jogadora que nem é de seleção brasileira ter que sair do Brasil por não ter lugar para jogar? Aprendi muito com isso, não estamos seguras de nada", comentou Jaqueline.

Camponesa/Minas em quadra

Na atual temporada, o Minas tem duas derrotas e apenas um ponto em dois jogos, aparecendo em nono lugar. Na estreia, em casa, parou no Pinheiros por 3 a 0. Na sequência, perdeu o clássico para o Dentil/Praia Clube, em Uberlândia, por 3 a 2.

Ainda sem Jaqueline, o Minas joga contra o Molico/Nestlé, ex-time da ponteira, em Osasco, às 19h30 da quarta-feira (19). 

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