Com duas bicadas, uma de Luan e outra de Dátolo, Galo larga em vantagem de dois gols contra a Raposa e segue mandando no Horto
De Belo Horizonte.
Por Vinícius Silveira.
13/11/2014 - A final da Copa do Brasil 2014 já começou e o Galo cantou em seu terreiro. Diferentemente das últimas duas fases, onde o Atlético se viu em desvantagem após perder os primeiros jogos por 2 a 0, agora, a situação se inverteu. Na primeira primeira partida da decisão histórica do torneio, o time alvinegro venceu o Cruzeiro por 2 a 0, com gols de Luan, impedido, e Dátolo, um em cada tempo. O jogo foi realizado no Independência, que a despeito do altíssimo preço do ingresso, recebeu um ótimo público para a capacidade do estádio. Pouco mais de 18 mil pessoas pagaram ingresso.
Dátolo e Luan foram os responsáveis diretos pela vitória do Atlético sobre o Cruzeiro.
(Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)
Com o resultado, o Atlético larga na frente e pode perder por até um gol de diferença, que mesmo assim fica com o título inédito. Para o Cruzeiro, é vencer pela vantagem de três gols e sem tomar nenhum. Repetindo o placar, disputa por pênaltis.
O próximo jogo será realizado no dia 26 de novembro, uma quarta-feira, às 22h (de Brasília). No final de semana, Atlético e Cruzeiro têm compromissos pelo Brasileiro. Ambos jogam no domingo (16). A Raposa vai até a Vila Belmiro encarar o Santos, às 17h. Mais tarde, o Galo recebe o Figueirense, às 19h30, no Independência.
Antes da bola rolar...
Enfim, o futebol mineiro está aos olhos do Brasil inteiro. Todos os cantos de nosso país reverenciam os maiores times do futebol brasileiro na atualidade. De um lado, a melhor equipe, e do outro, a que mais impressiona. Difícil escolher para quem torcer e melhor seria bradar a ideia de um jogo épico, como há muito tempo Atlético e Cruzeiro não fazem.
Não havia como disfarçar o clima de tensão em todas as partes. Existia um nervosismo e também uma expectativa quanto ao rendimento dos dois times em uma final inédita. O Independência recebeu um público positivo para um preço tão salgado e a imprensa especializada comprou o produto com a certeza do sucesso. Porém, no Terreiro do Galo, só o dono pode ciscar.
Quando a bola rolou...
Nos primeiros minutos, o Cruzeiro tentou demonstrar uma audácia que, aos poucos, foi ficando tímida, quase imperceptível. O Atlético, matreiro e esperto, não se deixou abalar pela forte marcação dos celestes que tentavam um gol logo de cara para impor uma pressão ao adversário. Contudo, quem comemorou primeiro foi o lado alvinegro das Minas Gerais. Após cruzamento de Marcos Rocha, Luan, impedido, fez de cabeça o primeiro gol do Galo aos oito minutos. Foi o quinto do Menino Maluquinho na Copa do Brasil.
O Cruzeiro enfrentava dificuldades. Os jogadores mais agudos do time, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian, estavam apagados e a estrela que carregam não brilhava. Mayke era fortemente marcado pelo jovem Carlos, que também era acompanhado pelo lateral direito. Foi uma briga sadia e de alto nível. Quem se aproveitou foi o Atlético, para dominar, envolver e crescer para cima do adversário e sair da etapa inicial com a vantagem mínima.
No segundo tempo, o técnico cruzeirense Marcelo Oliveira tirou Lucas Silva, sumido, e colocou Nilton, que alia força e técnica muito bem. Ainda, o Cruzeiro não acendia suas cinco estrelas espalhadas na camisa azul celeste. O Atlético seguiu como dono do poleiro e fez o segundo gol com Dátolo, após cobrança de lateral por Marcos Rocha e ajeitada do garoto Carlos, aos 13 minutos.
Marcelo Oliveira seguiu tentando alguma solução para fazer o Cruzeiro ser o mesmo de outrora. Sacou o apagado Éverton Ribeiro e colocou Júlio Baptista, o que só fez endurecer o setor ofensivo. Com o camisa 10, os celestes reduziram sua capacidade de criação. Como última cartada, o treinador entrou com Dagoberto no lugar de Ricardo Goulart. Dagol parecia estar em outro plano e nada contribuiu. Ao contrário, cedeu contra-ataques ao Atlético que o alvinegro tratou de descartar.
O técnico atleticano Levir Culpi só fez uma mudança e ainda assim por ordem médica. Luan deu lugar para Marion, que parecia um carro velho. Custou a pegar, mas deu sua parcela de construção para a vitória atleticana. No final, a pressão atleticana só não resultou em mais um ou dois gols por excesso de preciosismo, aliado ao bom procedimento do goleiro Fábio. Talvez o mais lúcido do time celeste.
Ficha do jogo
Atlético-MG 2 x 0 Cruzeiro
ATLÉTICO:
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Josué, Leandro Donizete, Luan (Marion) e Dátolo; Diego Tardelli e Carlos
Técnico: Levir Culpi
CRUZEIRO:
Fábio; Mayke, Léo, Bruno Rodrigo e Samúdio; Lucas Silva (Nilton), Henrique, Everton Ribeiro (Julio Baptista), Ricardo Goulart (Dagoberto) e Willian; Marcelo Moreno.
Técnico: Marcelo Oliveira
1ª partida da final da Copa do Brasil 2014
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Público: 18.578 torcedores
Renda: R$4.741.300,00
Data: 12/11/2014
Horário: 22h (de Brasília)
Horário: 22h (de Brasília)
Gols: Luan, aos oito minutos do primeiro tempo; Dátolo, aos 13 minutos do segundo tempo
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (FIFA-RJ)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Rodrigo Corrêa (RJ)
Cartões amarelos: Josué (CAM); Samúdio (CRU)
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