De Belo Horizonte.
Por João Vitor Cirilo.
03/12/12 - 2012 foi um grande ano para o Atlético Mineiro. Depois de muito tempo, o clube brigou por objetivos sonhados pelos torcedor durante toda a temporada. Encerrou o Brasileirão como vice-campeão, conquistando a vaga direta para a Taça Libertadores da América e, de quebra, batendo o maior rival na última rodada. Melhor campanha do clube na famosa era dos pontos corridos.
Nem o mais otimista dos torcedores alvinegros imaginaria um final assim para a equipe que, apesar de ter sido campeã mineira invicta, não apresentava o futebol desejado naquela época.
Com o início do Brasileiro e, sobretudo, com a chegada de Ronaldinho Gaúcho, isso mudou. O Atlético passou a apresentar bom futebol, com eficiência nas bolas paradas, jogadas em velocidade e qualidade. A chegada de outros atletas como Jô, querendo ou não, também foi importante, tendo visto que o clube não tinha o chamado "homem de referência". Apesar de não fazer muitos gols, ele tinha o seu papel. Sempre com a dura missão de jogar de costas para os zagueiros, muitas vezes conseguia se virar. Em outras, não, esbarrando em sua própria limitação técnica, o que é normal.
Uma das provas da evolução do Galo é que o time teve vários atletas lembrados como os melhores da temporada. Tem a melhor dupla de zaga do país, formada por Léo Silva e Réver; tem excelentes laterais, sobretudo Marcos Rocha pela direita; Victor chegou para dar tranquilidade no gol; Pierre virou o cão de guarda; Bernard se transformou na revelação do campeonato; Ronaldinho voltou a ser respeitado como o grande jogador que é.
Nesta temporada, foram apenas sete derrotas. Isso mesmo. SETE. Já são 15 meses sem perder em casa. Cuca é o primeiro técnico desde 1991 a permanecer por pelo menos um ano inteiro no comando do clube. Após o 6x1 sofrido para o Cruzeiro no último jogo da temporada passada, natural era que vários atletas fossem despedidos e, junto a eles, o treinador, como em várias outras oportunidades foi verificado não só no Atlético como em vários clubes do nosso futebol. O presidente Alexandre Kalil fez o contrário. O Galo provou que apostar em uma sequência de trabalho é um dos primeiros passos rumo ao sucesso.
A tendência é que o crescimento continue. Se o título não veio agora, provavelmente ele virá no (s) próximo (s) ano (s).
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