De Belo Horizonte.
Por Matheus de Oliveira.
24/11/2012 - O cronômetro marcava 21 minutos do primeiro tempo quando Mahatma Gandhi, o volante do Atlético Goianiense que tem no nome uma homenagem ao líder e pensador indiano, invadiu a área e foi atropelado por Gilsinho, atacante do Sport. O árbitro Péricles Bassols não hesitou em marcar pênalti.
No Serra Dourada quase vazio pela fraca campanha dos atleticanos, o Sport via mais uma barreira na interminável luta contra o rebaixamento, enquanto Patrick posicionava-se para cobrar a penalidade em jogo válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Autorizado, o atacante bateu forte, mas o goleiro Saulo acertou o canto, fez a defesa e não segurou a emoção. Chorou e levantou as mãos aos céus. Agradeceu, se levantou, repôs a bola em jogo e continuou a chorar. Consigo, milhões de pernambucanos que torcem que vestem a tradicional camisa rubro-negra vibraram com o histórico momento.
Saulo é reserva e substituiu Magrão, ídolo da torcida do Sport, que se lesionou e não pôde atuar. Sem dúvida, o garoto de 23 anos, natural de Piranhas, cidade do interior de Alagoas, não previa ser manchete dos principais cadernos de esporte antes de entrar em campo.
A defesa de sua vida ficará na memória dos sportistas que viram o “São Saulo” ser o jogador mais importante na suada vitória por 1 a 0 sobre o Atlético de Goiás. Também não será esquecida tão cedo pelos torcedores do clube goiano, que sofreram ao ver a bola não entrar. Para os amantes do futebol, as lágrimas derramadas por causa da defesa serão lembradas por muito tempo pela beleza da emoção sincera que vale mais que qualquer gol.
Autorizado, o atacante bateu forte, mas o goleiro Saulo acertou o canto, fez a defesa e não segurou a emoção. Chorou e levantou as mãos aos céus. Agradeceu, se levantou, repôs a bola em jogo e continuou a chorar. Consigo, milhões de pernambucanos que torcem que vestem a tradicional camisa rubro-negra vibraram com o histórico momento.
Foto: Rodrigo Lôbo / JC Imagem |
A defesa de sua vida ficará na memória dos sportistas que viram o “São Saulo” ser o jogador mais importante na suada vitória por 1 a 0 sobre o Atlético de Goiás. Também não será esquecida tão cedo pelos torcedores do clube goiano, que sofreram ao ver a bola não entrar. Para os amantes do futebol, as lágrimas derramadas por causa da defesa serão lembradas por muito tempo pela beleza da emoção sincera que vale mais que qualquer gol.
Sérgio Guedes, técnico do Sport, disse que Saulo “mudou a história do jogo”. E não foi a primeira partida que ganhou contornos diferentes por causa do nobre goleiro. Em janeiro de 2011, pelo Campeonato Pernambucano, sua equipe empatava por 1 a 1 com o Vitória, time do interior do estado, quando, aos 45 minutos do segundo tempo, Saulo foi para a área, recebeu falta cobrada por Carlinhos Bala e cabeceou para desempatar o jogo. Na comemoração chorou, mas dessa vez de dor. O vibrante jogador foi tão afoito para comemorar que torceu o joelho e ficou fora de combate por um bom tempo naquela temporada.
Atualmente, a luta contra o rebaixamento ainda é uma realidade para o Sport, mas Gandhi (não aquele do pênalti), o pensador, disse em algum momento que “a alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita”.
A defesa de Saulo pode não garantir a permanência do time pernambucano na série A, mas se Mahatma acreditou que a alegria está na luta, quem sou eu para discordar? Cada vez mais engessado e capitalizado, o futebol ainda aceita e sempre dará boas vindas a quem joga como se fosse torcedor. Precisamos de mais Saulos!
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