segunda-feira, 2 de julho de 2012

Fla vence o lanterna com grande exibição de Adryan e dois de Renato Abreu

Do Rio de Janeiro.

Por Pedro Muxfeldt.

02/07/2012 - Sempre que um jovem atleta da base sobe para os profissionais, jornalistas e treinadores comentam sobre o risco de queimar o jogador. Nas atuais condições do Flamengo, contudo, é urgente a injeção de sangue novo (e talentoso) no time. A prova irrefutável dessa necessidade veio ontem, na vitória por 3 a 2 sobre o Atlético Goianiense, em jogo válido pela sétima rodada do Brasileirão. Após um primeiro tempo de terror, a entrada do menino Adryan deu novo ânimo à equipe que conseguiu chegar à vitória. Para não perder o costume, ainda teve um pouco de tensão no final.

Os primeiros 45 minutos foram melancólicos. Sem qualidade no meio de campo, as duas equipes erravam passes aos borbotões (foram 51 no total) e passaram 20 minutos sem criar uma chance de gol sequer.

O lance-símbolo dessa fase negra da partida ocorreu aos 14 minutos. Após tiro de meta do goleiro Márcio, cariocas e goianos trocaram uma sequência de cinco cabeçadas, cada um querendo se livrar mais da bola do que o outro.

Na metade final do primeiro tempo, o Atlético se soltou mais e, explorando a avenida deixada por Magal na lateral-esquerda, chegou com perigo em dois chutes de Joílson.
Na terceira oportunidade, o gol saiu. O camisa 7 lançou Felipe, nas costas da zaga. O veterano atacante dominou e, de canhota, estufou as redes de Paulo Victor.

Correndo atrás no marcador, o Fla foi em busca do empate. Como vem sendo escalado sem um meia capaz de colocar os atacantes na cara do gol, a principal jogada dos rubro-negros atualmente é Vagner Love sofrer uma falta nas imediações da área para Renato Abreu cobrar. Dessa maneira, aos 34, o camisa 11 guardou uma bomba no gol de Márcio.

Após os dois tentos, o que se viu no Engenhão foi mais do mesmo. Os dois lados abusavam dos chutões e os ataques nada conseguiram produzir até o intervalo.

Na volta do vestiário, Joel Santana, precisando da vitória para tentar manter seu emprego, lançou o jovem Adryan no lugar do terrível Wellington Silva, deslocando Luiz Antônio para o lado direito.

Adryan celebra seu gol, que coroou a bela atuação do menino. 
(Foto: Paulo Sérgio/Lancenet!)
Em 10 minutos, o garoto de 17 anos mostrou porque tem que ser titular do mambembe time vermelho e preto. Em seu primeiro toque na bola, cruzamento na cabeça de Diego Maurício e defesaça de Márcio. Aos 4, outro centro preciso e, dessa vez, foi Marllon quem desperdiçou.

Se seus companheiros ficaram no quase, o menino não perdoou. Amaral foi no fundo e tocou para ele, que chapou de esquerda para virar o jogo. Na comemoração, recebeu o afago de um agradecido Joel.

O Mengo ficou empolgado e, quatro minutos após a virada, ampliou novamente na sua “jogada característica”. Renato Abreu cobrou falta, agora colocado, e fez seu segundo na partida.

Como é do métier rubro-negro, o time recuou inteiro após o 3 x 1. É inexplicável essa atitude recorrente da equipe, dona de uma das piores defesas do país. Sem conseguir roubar a bola para sair em contra-ataque, o jeito era rechaçar as chegadas do adversário e torcer para que a zaga não falhasse.

É claro, porém, que ela falhou. Aos 34, González entregou a bola nos pés de Elias. Dois toques depois, Felipe saiu na cara de Paulo Victor e diminuiu a contagem.

Os dez minutos finais foram de sufoco. Sorte do Fla que o Atlético é muito fraco e não teve poder de fogo para empatar.

Na próxima rodada, o Dragão, lanterninha do Brasileiro, recebe o Náutico, no Serra Dourada. Já o Flamengo tem pela frente o Fluminense, celebrando os 100 anos do clássico mais famoso do Brasil.

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